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Por 21:47 Sem categoria

Trabalhadores bancários definem itens da minuta 2016

Aumento real de 5% nos salários e PLR de 3 salários mais 8317,90 reais

Bancários querem emprego, melhores condições e aumento real

Plenária final aprovou reivindicações que irão compor a minuta da Campanha Nacional 2016.

Foi encerrada na manhã deste domingo, 31 de julho, a 18ª Conferência Nacional dos Bancários. Após três dias de debates, o evento – que reuniu 633 delegados, sendo 233 mulheres e 400 homens, além de 34 observadores e 51 convidados, em São Paulo – definiu a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2016. O documento será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 09 de agosto, juntamente com uma proposta de calendário para as negociações.

5% de ganho real nos salários, piso de ingresso de R$ 3.940,24 e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 3 salários mais R$ 8.317,90; garantia de emprego, com mais contratações, fim das demissões imotivadas e da rotatividade, além de combate às terceirizações e ao correspondente bancário; melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas, do assédio moral e sexual e da violência organizacional; mais saúde, segurança e igualdade de oportunidades. Esse será o conjunto de reivindicações da categoria em 2016.

“Encerramos mais uma produtiva Conferência Nacional dos Bancários, repleta de divergências que enriquecem o debate e nos ajudam a construir uma minuta democrática, sólida e que representa, de fato os anseios da categoria. Agora, estamos prontos para negociar, lutar e, sobretudo, resistir aos ataques aos direitos”, afirma Elias Jordão, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região e membro do Comando Nacional dos Bancários. “O passo mais importante vem em seguida: mobilizar toda a categoria para fortalecer a mesa de negociação e deixar claro aos patrões que não aceitaremos nenhum direito a menos”, acrescenta.

Remuneração
Conforme aprovado na Plenária final, em 2016, os bancários querem reajuste salarial que corresponde à correção da inflação (projetada em 9,31% para setembro) mais aumento real de 5%. A categoria também aprovou a reivindicação de piso de ingresso equivalente ao salário mínimo necessário calculado pelo Dieese, no valor de R$ 3.940,24 (junho de 2016), além de Plano de Cargos e Salários para todos os trabalhadores. Já a PLR a ser negociada deverá ser de três salários-base mais R$ 8.317,90 fixos, sem compensação de programas próprios de remuneração.

Para a remuneração fixa indireta (benefícios), os bancários reivindicam auxílios refeição, alimentação, 13ª cesta-alimentação, 13ª cesta-refeição, auxílio-creche e 13º auxílio creche no valor do atual salário mínimo, de R$ 880 cada. Também querem auxílio-educação para todos, com custeio integral da graduação ou pós-graduação. Para combater as metas abusivas individuais, pedem a regulamentação da remuneração variável, com pagamento linear sobre as vendas de produtos a título de remuneração complementar e sobre a prestação de serviços.

“Os lucros dos bancos referentes ao primeiro semestre já divulgados mostram que a crise passou longe do Sistema Financeiro Nacional e não poderá ser usada como desculpa no momento das negociações. Sabemos que os bancos têm plenas condições de valorizar seus trabalhadores e atender nossas reivindicações; seremos firmes em nosso posicionamento pelo aumento real de salários e a distribuição justa da PLR”, afirma o presidente do Sindicato.

Emprego
A prioridade da Campanha Nacional 2016 será, no entanto, a defesa e garantia do emprego da categoria, sobretudo frente ao corte de quase 6 mil vagas nos bancos, ocorrido entre janeiro e maio de 2016. Para isso, os representantes dos trabalhadores aprovaram a necessidade de lutar por mais contratações em bancos públicos e privados, pelo fim das demissões imotivadas, com reconhecimento dos termos da Convenção 158 da OIT, e da rotatividade.

Os bancários também reivindicam a suspensão de projetos de terceirização no ramo financeiro e o fim dos correspondentes bancários, com a universalização do atendimento com serviços desempenhados por bancários. Para promover a igualdade de oportunidade, a categoria irá lutar ainda pelo fim das discriminações nas contratações, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBTs e Pessoas com Deficiência (PCDs).

“Sabemos que a conjuntura é difícil e que os direitos da classe trabalhadora estão em risco. Mas não podemos aceitar que os bancos sigam lucrando e, mesmo assim, cortando postos de trabalho. Por isso, é de extrema importância que, nesta campanha salarial, a categoria intensifique a luta em defesa do emprego. Vamos cobrar incisivamente a responsabilidade social e coerência dos bancos na mesa de negociação”, afirma Elias Jordão.

Saúde, condições de trabalho e segurança
Assim como o emprego, a melhoria das condições de trabalho e a promoção da saúde também são temas caros à categoria bancária. Entre as reivindicações aprovadas na Plenária final estão o fim das metas abusivas, com participação dos trabalhadores na estipulação dos objetivos coletivos e não individuais, a não divulgação dos rankings individuais e o fim do assédio moral, sexual e da violência organizacional. Foi deliberado ainda pela renovação dos Acordos de Prevenção de Conflitos no Ambiente de Trabalho.

No dia anterior, os delegados já haviam discutido a necessidade de melhorias no Programa de Retorno ao Trabalho, a participação dos trabalhadores e dos Sindicatos nas questões relativas à promoção da saúde, além de mais transparência no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com acesso às informações retidas pelos bancos. Também será cobrado que os Planos de Saúde sejam mantidos após a aposentadoria, custeados pelas empresas, que todos os locais de trabalho tenham Cipa e que os treinamentos e a Sipat sejam presenciais e com participação dos funcionários.

Em relação à segurança, os bancários reforçaram a necessidade de melhorias e mais investimento para proteger a vida das pessoas. Para isso, exigem portas giratórias em todas as agências, já que muitas delas ainda não possuem o item de segurança, e presença de vigilantes durante o expediente. A instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim das guardas das chaves pelos trabalhadores também estarão na minuta.

Estratégia
Durante a Plenária final, também foram aprovadas as estratégias para a Campanha Nacional 2016. Entre os principais pontos debatidos estiveram organização do movimento, unidade da categoria, bandeiras de luta, prioridades, disputada da sociedade e Sistema Financeiro Nacional (SFN). “Trata-se de um momento ímpar, em que os trabalhadores precisam estar unidos, organizados e motivados a realizar o enfrentamento”, destaca Elias Jordão.

Os bancários reiteraram a importância de resistir aos ataques aos direitos da classe trabalhadora, priorizando a luta em defesa do emprego, pelo fim da terceirização, pela manutenção dos bancos públicos e contra a flexibilização das leis trabalhista, entre outros. Ficou evidente a preocupação da categoria com a conjuntura econômica e política atual e a necessidade de unidade, com manutenção da mesa de negociação unificada com a Fenaban.

Os delegados da Conferência também ratificaram o posicionamento político contra o golpe, em defesa da democracia, pelo “Fora Temer” e por nenhum direito a menos, endossando o manifesto aprovado pelos Centrais Sindicais que propõe a construção de uma mobilização nacional que represente a união da classe trabalhadora contra os ataques aos direitos, promovidos pelo governo interino de Michel Temer.

Por Renata OrtegaRede Nacional de Comunicação dos Bancários

Notícia colhida no sítio http://www.bancariosdecuritiba.org.br/noticias-interna/5/geral/25382/bancarios-querem-emprego-melhores-condicoes-e-aumento-real

soalutategarante

Bancários reivindicam 14,78% de reajuste salarial, defendem emprego e se mobilizam contra a perda de direitos

Pauta de reivindicações será entregue aos bancos no dia 9 de agosto, em São Paulo

31/07/2016

Jaílton Garcia/ Contraf-CUT

A 18ª Conferência Nacional dos Bancários contou com a participação de 633 delegados - Jaílton Garcia/ Contraf-CUT

A 18ª Conferência Nacional dos Bancários contou com a participação de 633 delegados

A Conferência Nacional dos Bancários definiu, em plenária final realizada neste domingo (31) estratégias de luta da categoria para o próximo período e aprovou a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2016. Os representantes dos bancários e bancárias de todo o país também definiram os eixos para a organização e mobilização contra a retirada de direitos trabalhistas, previdenciários e defesa da democracia. Reunidos, desde sexta-feira (29), no hotel Holiday Inn, em São Paulo, a Conferência contou com a participação de 633 delegados, sendo 233 mulheres e 400 homens, além de 34 observadores e 51 convidados.

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Os eixos centrais da Campanha são: reajuste de 14,78%, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, fim da terceirização, defesa das empresas públicas e contra a perda de direitos.

A pauta de reivindicações será entregue aos bancos no dia 9 de agosto. Durante a Conferência Nacional, os bancários analisaram a atual conjuntura econômica e política, com vários ataques aos direitos dos trabalhadores.

O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, afirmou que diante deste cenário, a negociação com os banqueiros tende a ser ainda mais dura, mas que os trabalhadores estão prontos para a luta. “Com o fim da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, temos uma minuta unificada que nós vamos apresentar para os banqueiros, defender com determinação e fazer uma grande Campanha Nacional rumo à inflação mais o ganho real que nossa categoria merece. Vamos também defender nossos direitos, a democracia e lutar contra a terceirização e qualquer tipo de retirada de direitos. Nenhum direito a menos, foi o que decidimos nesses três dias”.

“Os bancários estão mobilizados para uma campanha forte e vamos nos unir com trabalhadores de outras categorias que fazem campanha no segundo semestre. Aprovamos um manifesto contra a retirada de direitos dos trabalhadores, contra a Reforma da Previdência, o congelamento dos gastos com saúde e educação, em defesa do Pre-Sal, e contra o PL da terceirização”, disse Juvandia Moreira, vice-presidenta da Contraf-CUT, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma  das coordenadoras do Comando. “Somos milhões em todo o Brasil e haverá uma grande mobilização caso avancem contra conquistas históricas dos trabalhadores”, concluiu.

Paridade de Gênero

Os bancários e bancárias aprovaram o indicativo de paridade de gênero para a próxima Conferência Nacional, com linha de corte 30%. A orientação visa o empoderamento das mulheres no setor. As bancárias ainda que representem metade da categoria e sejam mais escolarizadas, permanecem sendo discriminadas pelos bancos na sua remuneração, recebendo, em média,  26,3% a menos que os homens, conforme levantamento do Dieese.

Manifesto: Nenhum Direito a Menos!

Durante a Conferência, as centrais sindicais CUT, CTB, UGT, e Intersindical  assinaram, conjuntamente, um manifesto contra o governo interino de Michel Temer e seu programa de retirada de direitos dos trabalhadores. O documento foi aprovado por unanimidade pelos delegados e delegadas da Conferência Nacional.

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Moções

Os bancários aprovaram moções durante a Conferência, entre elas, de apoio ao ex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo,  João Vaccari Neto, por sua prisão arbitrária, e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra a decisão da justiça de torna-lo réu no processo da operação Lava Jato. Os trabalhadores denunciam que a decisão judicial representa mais uma armação da direita golpista.

Outra moção aprovada é de repúdio a qualquer forma de violência contra as mulheres, seja física, psicológica, simbólica, doméstica, ou no âmbito do trabalho. A presidenta do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, Eliana Brasil, recebeu manifesto de apoio pelos ataques que vem sofrendo desde a eleição da atual diretoria.

Houve também manifestações de apoio aos dirigentes sindicais Juary Chagas, empregado da Caixa do Rio Grande do Norte, que enfrenta processo disciplinar do banco, e à diretora do Sindicato de Bauru (SP), Priscila Rodrigues, perseguida e demitida pelo Banco Votorantim.

Principais reivindicações aprovadas na Conferência

Reajuste salarial: 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$8.317,90

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

Notícia colhida no sítio http://www.contrafcut.org.br/noticias/bancarios-reivindicam-14-78-de-reajuste-salarial-defendem-emprego-e-se-mobilizam-a559

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