A insatisfação com a proposta de reajuste salarial de 5,5% feita pelos banqueiros, que sequer cobre a inflação do período, fez com que os trabalhadores e trabalhadoras do Centro de Apoio aos Negócios e Operações (Cenop) do Banco do Brasil em Curitiba aderissem em massa à greve, iniciada nesta terça-feira, 6 de outubro.
De acordo com a secretária de assuntos de políticas sociais e estudos socioeconômicos do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Ana Luiza Smolka, a maioria absoluta entrou na luta deste ano. “A insatisfação está na cara dos bancários e bancárias deste setor. É uma reação à proposta cínica feita pelos banqueiros. Posso dizer que 90% do Cenop do Palladium e 70% do Cenop do Estação resolveram cruzar os braços nesta paralisação”, informa.
Para Smolka, a participação destes bancários e bancárias só foi possível graças a ações desenvolvidas pelo Sindicato ao longo do ano. “O trabalho do Sindicato fez com que estes profissionais compreendessem melhor o que é uma consciência de classe. Nós fizemos reuniões, roteiros e organizamos atividades para que eles entendessem melhor como é importante lutar em benefício da categoria. Isso explica o sucesso no número de adesão”, avalia.
Cabb
Porém, nem tudo são flores no Cenop. Nesta quarta-feira, 7 de outubro, o Sindicato descobriu que havia uma estação clandestina no local, em que foram colocados trabalhadores e trabalhadoras da Central de Atendimento do Banco do Brasil (Cabb). Segundo Smolka, 126 pessoas estavam confinadas em um lugar que cabiam 30. “Essas pessoas estavam em um ambiente totalmente insalubre. O responsável por este absurdo não mandou uma ordem por escrito informando deste local. O banco feriu a lei de greve e também a jornada de trabalho. Muitas pessoas que estavam ali dentro nos agradeceram por tira-los daquele ambiente. Por conta disto, o responsável será punido por permitir esta situação”, informa.
Autor: Flávio Augusto Laginski
Fonte: Seeb Curitiba