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Por 11:03 Sem categoria

Trabalhadores no Sistema S, mais um passo rumo à democracia participativa

Nos anos 1960 nosso país foi submetido a um regime de exceção que durou mais de 20 anos. Duas gerações inteiras dedicaram suas vidas ao enfrentamento desse regime que soterrou as liberdades, amordaçou a imprensa e emudeceu todas as formas de expressão.

Após a derrota da ditadura a tarefa era implementar, formalizar e consolidar a democracia, e assim se fez.

As liberdades foram se restabelecendo e o cidadão voltou a participar da vida do país.

O exercício do voto, através das eleições diretas, foi a maior expressão do processo de consolidação da democracia formal.

As manifestações que levaram ai impeachment do presidente Collor marcaram a plena consolidação do processo democrático, ainda na sua etapa formal.

Os anos FHC marcaram o amadurecimento dos movimentos sociais em um ambiente de democracia, sendo todo o tempo desafiados a se organizar, elaborar e apresentar propostas.

A chegada do presidente Lula à Presidência marcou o início de uma nova etapa no processo democrático, onde a formalidade sazonal do voto precisa dar lugar à participação permanente e ativa do cidadão.

Nesse processo ganham sentido os conselhos, as câmaras, os espaços tripartites e as comissões.

Várias conferências sobre os mais variados temas – gênero, raça, trabalho, etnia, imigração, saúde, cultura, saúde alimentar e outros – passam a ter uma efetiva participação da sociedade civil organizada, abrindo caminho para o empoderamento dos trabalhadores e trabalhadoras.

É nesse contexto que nesse momento os trabalhadores ocupam espaço no chamado Sistema S (Sesc, Senac, Sesi e Senai). Após muitos meses de debates e embates, nos últimos dias 17 e 18 realizamos o Seminário de Integração dos Representantes dos Trabalhadores nos Conselhos Nacionais do Sistema.

Sabemos que a chegada de um novo ator nesse ambiente irá provocar algum desconforto, apreensão e expectativa. Sabemos também que a obrigação do diálogo nos trará a evidência do conflito e das diferenças, mas por outro lado, as boas e eficazes idéias.

O Sistema S completa mais de meio século e agora, com a participação dos trabalhadores em seus conselhos nacionais e regionais, dá uma significativa contribuição para uma nova etapa de nossa democracia, baseada na participação e no empoderamento da sociedade para o pleno exercício da cidadania.

Penso que está lançado o desafio de preparamos nossos conselheiros para uma contribuição inteligente, estratégia, crítica, conseqüente, eficaz e unitária com as outras centrais, para que nossa participação seja plenamente exitosa, corresponda aos anseios da classe trabalhadora e seja mais um passo adiante rumo à democracia participativa.

Por Adeilson Telles é diretor executivo da CUT e a representa como conselheiro nacional do Sistema S.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.

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