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Trabalhadores protestam por emprego e salário em todo o país

Trabalhadores paranaenses fazem mobilizações no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Salários

Dezenas de trabalhadores ligados aos sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores [CUT] no Paraná saíram às ruas nesta quarta-feira [11] – Dia Nacional de Luta em Defesa dos Empregos e Salários. Manifestações semelhantes, todas organizadas pela CUT, ocorreram em algumas das principais cidades do país e são a resposta dos trabalhadores para a crise financeira internacional, que tem causado muitas demissões e redução dos salários.

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos [Dieese], somente no mês de dezembro de 2008 foram registradas 655 mil demissões no Brasil. Nesse mesmo período, 49.800 paranaenses perderam seus empregos. Por isso, os protestos do Dia Nacional de Luta tiveram o objetivo de mostrar a toda sociedade que a classe trabalhadora não irá aceitar as dispensas como algo natural e inevitável. Na visão da CUT, as dificuldades financeiras foram causadas por especuladores e burocratas do capitalismo. Todavia, quem deve pagar essa conta são justamente aqueles que criaram a crise, e não os trabalhadores, que são os que realmente contribuem para o desenvolvimento do país.

Diante desse cenário, a CUT têm tomados diversas medidas para exigir que os empresários, que arrecadaram muito nos últimos anos, com lucros exorbitantes e sucessivos recordes de vendas, dêem agora sua parcela de contribuição e mantenham os empregos dos brasileiros. São assembléias nas portas das empresas, atrasos nas entradas de turno, passeatas, e até mesmo greves quando necessário. Além da pressão nas ruas, a Central construiu propostas para que trabalhadores, governos e empresários encontrem alternativas inteligentes e responsáveis para enfrentar a crise criada no exterior, e garantir que a economia brasileira cresça em 2009, tais como redução dos impostos para as empresas que mantiverem os empregos, liberação do crédito para quem precisa produzir, redução significativa da taxa básica de juros, e a utilização do superávit primário para garantir programas sociais e investimentos em obras que gerem empregos, entre outros.

Para Eliana Maria dos Santos, secretária estadual sobre a mulher trabalhadora da CUT, que participou ativamente da manifestação em Curitiba, “a crise é resultado da especulação perversa e da ganância daqueles que querem o lucro pelo lucro, sem a força de trabalho. Não podemos permitir que esses mesmos especuladores se oportunizem da crise para demitir e precarizar ainda mais as relações de trabalho, com redução de salários e direitos, e, principalmente, onerar o fundo público para socorrer seus prejuízos. Esses mesmos que sempre defenderam o Estado mínimo e o livre mercado, agora querem que o Estado os salve dos prejuízos do risco mercado. Este é um momento importante para discutirmos o Estado que queremos, com desenvolvimento econômico e social, pleno emprego e garantia de crédito e de consumo”.

:: Protestos

As mobilizações paranaenses no Dia Nacional de Luta se concentraram em quatro cidades: Curitiba, Londrina, Maringá e Umuarama. Na capital, os militantes se concentraram a partir das 09h00, na Boca Maldita, e distribuíram o jornal da CUT especial sobre a crise. Representantes de 15 entidades sindicais se revezaram no microfone e ‘soltaram o verbo’ contras as demissões e a alta rotatividade do mercado de trabalho.

Os trabalhadores cutistas de Londrina promoveram ato público das 10h00 às 12h00, no calçadão da cidade, com carro de som e entrega de jornais e carta aberta à população.

Já em Maringá, os militantes sindicais realizaram panfletagem no terminal de ônibus da cidade, entre as seis e oito horas. À tarde, se reuniram na Praça Raposo Tavares e promoveram manifestação e mais panfletagem.

Em Umuarama, por sua vez, os dirigentes e militantes da CUT fizeram protesto das nove horas até o meio dia, na Praça Santos Dummont, local de maior circulação de pessoas no município.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cutpr.org.br.

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Protestos por emprego e salário

Em todo o Brasil, atos lembraram que trabalhadores não podem pagar pela crise

São Paulo – São Paulo, ABC, Rio de Janeiro, Porto Alegre foram algumas das cidades que serviram de palco para alguns dos maiores atos do Dia Nacional de Luta pelo Emprego e Salário, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A quarta-feira, 11, amanheceu com a Rodovia Anchieta parada pelos metalúrgicos da Volkswagen do Brasil que interromperam o trânsito por cerca de 20 minutos em frente ao portão principal da empresa, na altura do km 23 para exigir respeito aos trabalhadores durante a crise.

O presidente Nacional da CUT, Artur Henrique, participou do ato e destacou que em 2008, cerca de 15 mil trabalhadores foram demitidos. “Nesse país é fácil demitir. O mercado é flexível e o custo da demissão já está embutido no valor final do produto”, criticou o sindicalista.

Fazendo uma retrospectiva sobre 2008, indicou que o país na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um saldo positivo na geração de empregos com a contratação, no ano passado de 16,5 milhões de trabalhadores. Para ele, são injustificadas as ameaças de dispensas.

Entre as medidas que defende como saída para contornar a crise financeira internacional estão a concessão de mais linhas de financiamento a um custo menor, e a oferta de isenção temporária de tributos às empresas em troca do compromisso de não ocorrerem demissões.

Artur Henrique considera que o exemplo poderia começar com queda nas taxas de juros cobradas sobre os empréstimos concedidos nos bancos públicos.

No Rio de Janeiro, a manifestação foi em frente à empresa Vale, que demitiu mais de mil trabalhadores em dezembro. A portaria da sede da mineradora foi bloqueada por um grupo de policiais militares. Segundo a organização, o ato contou com a participação de 1.500 pessoas.

Em Porto Alegre, trabalhadores fizeram uma manifestação em frente à federação das indústrias, e na calçada junto à Gerdau durante a manhã.

Em São Paulo – A Praça do Patriarca foi tomada por bandeiras da CUT, dos sindicatos e pela cruzes das 400 demissões promovidas pelo Santander e que estão assombrando os bancários. Por volta das 11h, trabalhadores de dezenas de categorias profissionais reuniram-se no ato que terminou com uma caminhada pelas ruas do centro de São Paulo.

“Nos últimos quatro anos as empresas somaram resultados recordes, mas não reverteram seus ganhos para os trabalhadores. Agora, no primeiro sinal de alerta, e ainda assim mantendo seus patamares de lucro, os empresários querem se aproveitar para retirar direitos. O mínimo que eles podem fazer é investir no país, e investimento neste momento significa: emprego, para gerar renda e movimentar a economia”, disse o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

A secretária-geral do Sindicato, Juvândia Moreira, reforçou o recado da CUT aos empresários e à população brasileira, lembrando dos altos lucros dos bancos no país, que vem demitindo trabalhadores por razões imotivadas. “Temos que cobrar a liberação do crédito e a redução da taxa de juros, para girar a economia e manter o país em crescimento, como vem fazendo o governo Lula”, afirma Juvândia.

Por Cláudia Motta com agências – 11/02/2009.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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Dia Nacional de Luta: fala, Serra!

Ato público no centro de SP lança a pergunta: o que o governo de São Paulo está fazendo contra a crise?

Às 10h30 desta quarta-feira (11), os primeiros manifestantes desfraldavam as primeiras bandeiras e iniciavam mais um ato público em São Paulo, desta vez na Praça do Patriarca, centro da capital.

As faixas e adesivos colados no peito deixavam clara a posição da CUT e dos sindicatos comprometidos com o desenvolvimento do Brasil: “a classe trabalhadora não vai pagar pela crise”.

“Não negamos a existência da crise, mas a intensidade no Brasil é diferente dos Estados Unidos e da Europa, porque nos últimos seis anos o governo Lula adotou medidas para desenvolver o mercado interno. Agora, existem atores que se aproveitam do momento para tentar impor a agenda negativa, a flexibilização de direitos, a supressão de benefício e a redução de salários, apontando como será da eleições em 2010”, afirmou Sebastião Cardozo, o Tião, presidente da CUT-SP, referindo-se às eleições para presidente e ao virtual candidato tucano, o governador paulista José Serra.

O dirigente também destacou a omissão da gestão do PSDB em São Paulo, “que se esconde, foge do debate e não sinaliza com medidas para impulsionar a produção”.

Omissão

Secretário de Comunicação da CUT-SP, Daniel Reis, acrescentou. “É possível enfrentar esse período sem demissão, coisa que os governos Serra e Kassab não estão sabendo fazer. Enquanto o governo Lula amplia programas sociais, diminui o IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, aumenta o valor do mínimo e aumenta a oferta de crédito para o mercado, na cidade e no Estado de São Paulo não vemos qualquer ação semelhente”, disse, destacando que o governador poderia reduzir tributos como ICMS (Imposto Sobre a Propriedade de Veículo Automotor) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículo Automotor).

Ao contrário, o secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif, sugeriu a suspensão do contrato de trabalho sem custos para a empresa. “Ambos colaboram com ainda com a recessão ao apostarem na estagnação dos salários dos servidores públicos estaduais e municipais, diminuindo a capacidade de compra dos trabalhadores”

Para Adi dos Santos Lima, secretário-geral da CUT-SP, os debates que surgiram a partir da turbulência do mercado financeiro escancararam o real objetivo daqueles que não desejam ver o Estado como indutor do desenvolvimento. “Não podemos aceitar as propostas de redução de salário e retirada de direitos para não cairmos em uma situação de degradação social. Em 2001, se não agíssemos e elegêssemos um governo comprometido com nossa classe, os patrões teriam campo livre para acabar com a carteira assinada, férias e décimo terceiro”, comentou.

Privatização e mais propostas

O Secretário Nacional de Política Sindical da CUT, Vagner Freitas, destacou ainda a atuação da entidade que não se amedrontou diante da dificuldade, ao contrário de outros grupos. “Nossas ações são sempre de ampliar direitos e não de diminuir. Repudiamos centrais sindicais que no primeiro obstáculo entregam aquilo que os trabalhadores conquistaram após árdua luta. A saída é desoneração do mercado interno para aquecer a economia e o investimento na produção”, defendeu.

Ironicamente, ele ainda convocou os teóricos do neoliberalismo a apresentarem contribuições. “Onde estão os pensadores que repudiavam a atuação do Estado na economia? Quando o mercado regula só há vez para os mais fortes”, ressaltou ele, que lembrou o processo de sucateamento das empresas estatais, lançadas ao colo de grupos estrangeiros por meio de privatizações promovidas ao longo de mais de uma década de gestões tucanas no Estado de São Paulo.

Os sindicatos e a marcha – “Muitos patrões chamam os trabalhadores para reduzir salário, não porque a empresa está para fechar, mas porque querem manter tamanho do lucro”, disse Isaac do Carmo, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Taubaté – CUT/SP.

“O ramo químico da CUT definiu que não vai fazer acordo e não apóia a precarização. Vamos cobrar dos governos municipal, estadual e federal as demissões que estão acontecendo”, sublinhou Nilson Mendes da Silva, diretor executivo do Sindicato dos Químicos de São Paulo – CUT/SP.

Já Irene Batista, do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo, lembrou que apesar dos estados e municípios baterem recorde de arrecadação, os governos apostam no arrocho salarial. “Um servidor público municipal da maior cidade do país recebe um salário inicial inferior ao mínimo”.

Um dos destaques da manifestação foi o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que levou ao ato cruzes representando as demissões no banco Santander. “Os bancos, que ganham muito dinheiro no Brasil, são exemplo de como alguns empresários se aproveitam da crise para demitir. O Santander lucrou quase R$ 3 bilhões em 2008 e ainda assim demitiu 400 bancários. Resolveram cortar custos para tirar dinheiro de nossa sociedade e mandar para a Espanha”, criticou Juvandia Leite, Secretária Geral do Sindicato dos Bancários.

Por volta do meio-dia, os manifestantes deixaram a praça para caminhar pelas ruas do centro da cidade dialogando com a população. A movimentação terminou na Praça Antonio Prado. Diante da sede do Banco Santander e da Bolsa de Mercadorias e Futuros, os trabalhadores reafirmaram o “sim” ao desenvolvimento com emprego e renda e o “não” à redução de salários e à especulação.

Por Luiz Carvalho, da CUT-SP.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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