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UNI Mulheres debate impactos dos retrocessos do governo Temer nas questões de gênero

Encontro abordou a construção do golpe de 2016, os impactos na vida das mulheres e a importância do feminismo enquanto resistência.

Entre os dias 14 e 17 de maio, a Rede de Mulheres da UNI América Brasil realizou a VIII oficina em Praia Grande, SP, para debater os impactos do golpe de 2016 na vida das mulheres. O evento, de caráter formativo, tem como objetivo fortalecer e ampliar a atuação da Rede de Mulheres em defesa da democracia e dos direitos das trabalhadoras.

“Neste ano discutimos a engenharia do golpe de 2016, o papel da comunicação, os ataques aos direitos das trabalhadoras  e os impactos de violência e na saúde da vida das mulheres”, resume Vandira Martins de Oliveira, diretora da Secretaria da Mulher da FETEC-CUT-PR, que participou do encontro junto das dirigentes bancárias Clarice Weisheimer e Gisele Falat, Secretária de Igualdade e Diversidade do Sindicato de Curitiba. O diretor da Secretaria de Combate ao Racismo, Ivaí Lopes Barroso, também acompanhou o encontro.

A programação abordou os temas “Engenharia do Golpe e seus consequências”, com o jornalista Paulo Vanucchi, ex-ministro de direitos humanos, e Marilane Teixeira; “Dados do Golpe e impacto na vida das Trabalhadoras (os)”, com Barbara Vallejos Vasquez, do Dieese; “Papel da Mídia na Construção do Golpe X Comunicação e Resistência”, com Paulo Salvador, da Rede Brasil Atual, e Rachel Moreno, da Rede Mulher e Mídia; e “Violência Física e Psicológica Contra a Mulher”, com Marina Ganzaroli, da Rede Feminista de Juristas, e Claudia Luna.

Vandira descreve que Paulo Vanucchi traço um histórico para deixar claro que a história é uma seguência de ciclos. “O que está acontecendo com o Brasil nos últimos anos é a desconstrução da democracia, desconstrução dos direitos humanos, não é a primeira vez que ocorre, pois a história é uma história de ciclos. De um modo geral no movimento sindical, os movimentos democráticos, modernos, movimentos socialistas, dos trabalhadores, eles tem um vinculação comum, que é uma visão otimista da história”.

A advogada Marina Zanatta Ganzarolli, doutoranda em Sociologia Jurídica, abordou o tema feminismo. “Ser feminista é defender os direitos das mulheres. Algum dia, algum homem  já te colocou em uma situação que você nem percebeu como violência, mas se sentiu constrangida. Ou você conhece uma mulher que já apanhou. Ser feminista é isso: olhar para as violências que as mulheres sofrem e ver um ponto em comum. É, de fato, entender que não estamos sozinhas, estamos juntas. É a construção dessa sororidade. Porque todas sofremos violência. O machismo te afeta diariamente”, sintetiza. Marina contextualizou a importância do feminismo descrevendo dados e históricos das diversas violências e opressões que as mulheres sofrem.

Para Vandira Martins Oliveira, participar de eventos de formação, especialmente de gênero, é o diferencial para o movimento sindical realizar os enfrentamentos pela manutenção dos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores, para que as mobilizações sejam transversais e não tenham como pano de fundo um cenário machista.

Saiba mais: Oficina da Rede de mulheres discute conjuntura política nacional

Edição: Paula Zarth Padilha
FETEC-CUT-PR

 

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