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VOTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA É ADIADA DE NOVO

Após ouvir ontem ponderações políticas e apelos dos líderes de sua base de sustentação na Câmara dos Deputados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, ontem, avaliar até a próxima segunda-feira, junto com o núcleo de governo, se é viável fazer novas concessões na reforma da Previdência. Lula dará a palavra final antes de viajar para a África e após ter consultado os governadores. Participarão da reunião de segunda-feira os ministros da Previdência, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, José Dirceu, e o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Diante dessas negociações e com a votação da Lei de Falências marcada para a próxima semana, alguns líderes acreditam que a votação da reforma poderá ser adiada por uma semana.

Durante almoço com os líderes na residência do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Lula escutou pacientemente os seus aliados e considerou legítimas as ponderações. No entanto, apesar do clima descontraído, Lula não sinalizou de imediato com nenhuma flexibilização e reiterou que o governo continua defendendo o relatório do deputado José Pimentel (PT-CE) sobre a proposta de emenda constitucional 40, que muda a Previdência. Ele disse que se houver alguma alteração, ela terá que ser feita por todos os líderes da base.

Os líderes de todos os partidos da base falaram durante a reunião. Aldo Rebelo fez o discurso de abertura e lembrou que a base, de maneira disciplinada, votou a reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão Especial. “O presidente ouviu, mas não se manifestou sobre as ponderações da base na reunião de hoje (ontem). Na segunda-feira vamos tirar uma posição”, disse Aldo Rebelo. .

Os parlamentares saíram otimistas da reunião. “Há extrema boa vontade para aceitar nossas teses. Em hipótese alguma fica o subteto de 75%”, sentenciou o vice-líder do governo, Vicente Cascione (PTB-SP). Todos relataram ao presidente as dificuldades em suas bases eleitorais devido à reforma. Os principais pedidos dos líderes são: elevar o subteto do Judiciário nos Estados para 90,25% do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal e evitar problemas jurídicos no futuro; garantir que o corte das pensões acima de R$ 1.058 será apenas de 30% ou que as pensões sejam integrais até R$ 2,4 mil e tenham corte de 50% acima deste valor; discutir uma regra de transição para os que estão prestes a se aposentar; assegurar que a previdência complementar será pública e estatal.

“O presidente disse que nos ouviu e que estávamos nos 15 minutos da prorrogação. Na segunda-feira ele disse que estaremos aos 25 minutos da prorrogação. O Congresso nunca foi um problema para Lula. Temos sido parceiros e vamos continuar sendo. Isso dá ao outro lado (ao governo) a responsabilidade do diálogo”, avaliou o líder do PSB.

O líder do PT, Nelson Pellegrino, disse que Lula adotou uma postura de esfinge e ninguém conseguiu decifrá-lo. “O PT gostaria de mudanças nas pensões, quer discutir se é possível uma transição ou um bônus para os servidores que já atingiram as condições da emenda 20 (idade mínima de 48 anos para as mulheres e 53 anos para os homens)”, disse Pellegrino (BA).

Maria Lúcia Delgado, De Brasília
Fonte: Valor Econômico

Por 10:21 Notícias

VOTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA É ADIADA DE NOVO

Após ouvir ontem ponderações políticas e apelos dos líderes de sua base de sustentação na Câmara dos Deputados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, ontem, avaliar até a próxima segunda-feira, junto com o núcleo de governo, se é viável fazer novas concessões na reforma da Previdência. Lula dará a palavra final antes de viajar para a África e após ter consultado os governadores. Participarão da reunião de segunda-feira os ministros da Previdência, Ricardo Berzoini, e da Casa Civil, José Dirceu, e o líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Diante dessas negociações e com a votação da Lei de Falências marcada para a próxima semana, alguns líderes acreditam que a votação da reforma poderá ser adiada por uma semana.
Durante almoço com os líderes na residência do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, Lula escutou pacientemente os seus aliados e considerou legítimas as ponderações. No entanto, apesar do clima descontraído, Lula não sinalizou de imediato com nenhuma flexibilização e reiterou que o governo continua defendendo o relatório do deputado José Pimentel (PT-CE) sobre a proposta de emenda constitucional 40, que muda a Previdência. Ele disse que se houver alguma alteração, ela terá que ser feita por todos os líderes da base.
Os líderes de todos os partidos da base falaram durante a reunião. Aldo Rebelo fez o discurso de abertura e lembrou que a base, de maneira disciplinada, votou a reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e na Comissão Especial. “O presidente ouviu, mas não se manifestou sobre as ponderações da base na reunião de hoje (ontem). Na segunda-feira vamos tirar uma posição”, disse Aldo Rebelo. .
Os parlamentares saíram otimistas da reunião. “Há extrema boa vontade para aceitar nossas teses. Em hipótese alguma fica o subteto de 75%”, sentenciou o vice-líder do governo, Vicente Cascione (PTB-SP). Todos relataram ao presidente as dificuldades em suas bases eleitorais devido à reforma. Os principais pedidos dos líderes são: elevar o subteto do Judiciário nos Estados para 90,25% do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal e evitar problemas jurídicos no futuro; garantir que o corte das pensões acima de R$ 1.058 será apenas de 30% ou que as pensões sejam integrais até R$ 2,4 mil e tenham corte de 50% acima deste valor; discutir uma regra de transição para os que estão prestes a se aposentar; assegurar que a previdência complementar será pública e estatal.
“O presidente disse que nos ouviu e que estávamos nos 15 minutos da prorrogação. Na segunda-feira ele disse que estaremos aos 25 minutos da prorrogação. O Congresso nunca foi um problema para Lula. Temos sido parceiros e vamos continuar sendo. Isso dá ao outro lado (ao governo) a responsabilidade do diálogo”, avaliou o líder do PSB.
O líder do PT, Nelson Pellegrino, disse que Lula adotou uma postura de esfinge e ninguém conseguiu decifrá-lo. “O PT gostaria de mudanças nas pensões, quer discutir se é possível uma transição ou um bônus para os servidores que já atingiram as condições da emenda 20 (idade mínima de 48 anos para as mulheres e 53 anos para os homens)”, disse Pellegrino (BA).
Maria Lúcia Delgado, De Brasília
Fonte: Valor Econômico

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