fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 10:02 Notícias

BANCOS SE AJUSTAM À QUEDA DO JURO BÁSICO

O Valor
A safra de balanços do terceiro trimestre dos bancos continua nesta semana com o Itaú divulgando seus números amanhã. O Bradesco soltou o resultado na semana passada e, na próxima, dia 13, será a vez de Unibanco e Banco do Brasil. Como confirmou o balanço do Bradesco, os maiores bancos privados brasileiros devem trazer números bons, apesar da queda dos juros de 4,5 pontos percentuais que reduziu a receita com títulos públicos. Essa perda foi compensada pelo retorno obtido com os negócios de tesouraria e com a alta da bolsa e ainda com a baixa necessidade de reforço das reservas.
Estudo do UBS mostra que os grandes bancos devem fechar o terceiro trimestre com o impacto do dissídio dos bancários, que incluiu um abono a ser pago de uma vez, segundo relatório do analista Bruno Pereira.
O Itaú é a única recomendação de compra do UBS entre as grandes instituições brasileiras. Pereira espera que o Itaú tenha um lucro de R$ 7,16 por ação, 14,6% acima da média das projeções do mercado. O lucro líquido seria de R$ 819 milhões, representando um retorno de 29,6% sobre o patrimônio. O preço alvo para o papel é de R$ 288,00, contra R$ 231,20 de sexta-feira, uma diferença de 24,5%.
O UBS vê o Itaú bem posicionado para reagir à queda de margens de ganhos com juros por sua forte receita não financeira. O banco brasileiro deve apresentar maior retorno sobre o patrimônio, maior dividendo e melhor capitalização entre as instituições em termos anualizados.
O analista reviu as estimativas para os bancos para este ano e para 2004, estimando uma taxa de juros menor no ano que vem. O UBS trabalha com uma expectativa de 16% para a Selic na média em 2004, contra 23,7% neste ano. O analista avalia também um ambiente mais competitivo e um crescimento mais gradual dos lucros dos bancos em 2004, em torno de 2% a 3%. O resultado deve ser uma queda no retorno sobre o patrimônio nos próximos anos.
O UBS estima que a margem média de ganhos dos grandes bancos sobre seus ativos (spread sobre ativos) incluído aí o Santander/Banespa, deve cair de 10% a 12% neste ano para 7% a 8% no próximo ano. O banco estima um crescimento das carteiras de crédito entre 17% e 20% em 2003 e 2004, o que não deve ser suficiente para compensar a queda dos juros.
Olhando para as ações, Pereira considera que o desempenho dos bancos tem sido sofrível nos últimos seis meses em relação ao índice Bovespa, com os investidores antecipando a queda nos lucros. Mas mesmo com essa alta menor, o UBS acha que não é hora de entrar comprando agressivamente papéis do setor. O analista do UBS diz que a adaptação dos bancos a um cenário de juro mais baixo aumenta o risco de mudanças do setor, incluindo posições do ranking e fatias do mercado, por isso a cautela. Apesar disso, o UBS aposta nos papéis dos bancos no longo prazo. No caso do Bradesco, o UBS rebaixou a projeção de preço alvo de R$ 14,00 para R$ 13,50. O banco deverá enfrentar redução nas margens dos spreads e maiores custos com funcionários.
Já o Unibanco teve o preço justo de seus papéis aumentado de R$ 135 para R$ 140,00 por lote de Units. O lucro deve ser menor em 2004 por conta dos custos com funcionários e da redução do retorno total sobre os ativos.
O Banco do Brasil está sendo negociado acima do preço de R$ 18,20 projetado pelo UBS, a R$ 19,00. Pereira rebaixou a projeção de lucro do banco para 2003 e 2004, levando em conta o reajuste para os funcionários e a maior sensibilidade da instituição à queda das taxas de juros. O UBS está recomendando a redução dos investimentos em papéis Banco do Brasil, uma vez que o papel já está acima do preço alvo.

Por 10:02 Sem categoria

BANCOS SE AJUSTAM À QUEDA DO JURO BÁSICO

O Valor

A safra de balanços do terceiro trimestre dos bancos continua nesta semana com o Itaú divulgando seus números amanhã. O Bradesco soltou o resultado na semana passada e, na próxima, dia 13, será a vez de Unibanco e Banco do Brasil. Como confirmou o balanço do Bradesco, os maiores bancos privados brasileiros devem trazer números bons, apesar da queda dos juros de 4,5 pontos percentuais que reduziu a receita com títulos públicos. Essa perda foi compensada pelo retorno obtido com os negócios de tesouraria e com a alta da bolsa e ainda com a baixa necessidade de reforço das reservas.

Estudo do UBS mostra que os grandes bancos devem fechar o terceiro trimestre com o impacto do dissídio dos bancários, que incluiu um abono a ser pago de uma vez, segundo relatório do analista Bruno Pereira.

O Itaú é a única recomendação de compra do UBS entre as grandes instituições brasileiras. Pereira espera que o Itaú tenha um lucro de R$ 7,16 por ação, 14,6% acima da média das projeções do mercado. O lucro líquido seria de R$ 819 milhões, representando um retorno de 29,6% sobre o patrimônio. O preço alvo para o papel é de R$ 288,00, contra R$ 231,20 de sexta-feira, uma diferença de 24,5%.

O UBS vê o Itaú bem posicionado para reagir à queda de margens de ganhos com juros por sua forte receita não financeira. O banco brasileiro deve apresentar maior retorno sobre o patrimônio, maior dividendo e melhor capitalização entre as instituições em termos anualizados.

O analista reviu as estimativas para os bancos para este ano e para 2004, estimando uma taxa de juros menor no ano que vem. O UBS trabalha com uma expectativa de 16% para a Selic na média em 2004, contra 23,7% neste ano. O analista avalia também um ambiente mais competitivo e um crescimento mais gradual dos lucros dos bancos em 2004, em torno de 2% a 3%. O resultado deve ser uma queda no retorno sobre o patrimônio nos próximos anos.

O UBS estima que a margem média de ganhos dos grandes bancos sobre seus ativos (spread sobre ativos) incluído aí o Santander/Banespa, deve cair de 10% a 12% neste ano para 7% a 8% no próximo ano. O banco estima um crescimento das carteiras de crédito entre 17% e 20% em 2003 e 2004, o que não deve ser suficiente para compensar a queda dos juros.

Olhando para as ações, Pereira considera que o desempenho dos bancos tem sido sofrível nos últimos seis meses em relação ao índice Bovespa, com os investidores antecipando a queda nos lucros. Mas mesmo com essa alta menor, o UBS acha que não é hora de entrar comprando agressivamente papéis do setor. O analista do UBS diz que a adaptação dos bancos a um cenário de juro mais baixo aumenta o risco de mudanças do setor, incluindo posições do ranking e fatias do mercado, por isso a cautela. Apesar disso, o UBS aposta nos papéis dos bancos no longo prazo. No caso do Bradesco, o UBS rebaixou a projeção de preço alvo de R$ 14,00 para R$ 13,50. O banco deverá enfrentar redução nas margens dos spreads e maiores custos com funcionários.

Já o Unibanco teve o preço justo de seus papéis aumentado de R$ 135 para R$ 140,00 por lote de Units. O lucro deve ser menor em 2004 por conta dos custos com funcionários e da redução do retorno total sobre os ativos.

O Banco do Brasil está sendo negociado acima do preço de R$ 18,20 projetado pelo UBS, a R$ 19,00. Pereira rebaixou a projeção de lucro do banco para 2003 e 2004, levando em conta o reajuste para os funcionários e a maior sensibilidade da instituição à queda das taxas de juros. O UBS está recomendando a redução dos investimentos em papéis Banco do Brasil, uma vez que o papel já está acima do preço alvo.

Close