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A CASA DOS SONHOS

Uma ótima notícia: a Caixa Econômica reabriu o financiamento imobiliário para a classe média. Duas más notícias: os juros subiram e a parte financiada pelo banco ficou menor.

Agora, além da TR que substituiu a correção monetária, os juros são de 13,7% a.a. para quem tem renda familiar acima de R$ 4.500,00. Se você considerar apenas a parte fixa, os juros são super altos. Ter que pagar 13,7% a.a., durante 15 anos, é uma temeridade. Entretanto, a parte variável (TR) tem levado uma surra da inflação, nos últimos cinco anos.

Resumo da ópera: o negócio pode até ser bom se a TR continuar perdendo para a inflação. O problema é que o mutuário assina um contrato sem saber o que irá acontecer com essa taxa. É quase um cheque em branco. Não raramente os governos mudam a fórmula de cálculo da TR, apertando demais o mutuário. Quer um exemplo? Em 1998, a TR deu 10% além da inflação medida pelo IPC-Fipe. A propósito, durante os cinco primeiros anos do Real, a TR disparou, explodindo o saldo devedor dos financiamentos imobiliários. Quem precisa do financiamento tem que rezar para isso não acontecer de novo.

A outra má notícia é que a Caixa Econômica só vai financiar 60% do valor do imóvel. O candidato a mutuário precisa ter, pelo menos, 40% na mão para dar de entrada. É de desanimar…como é duro comprar casa própria neste país… Enquanto o governo continuar pagando juros altos nos títulos públicos, poucos bancos vão se interessar em financiar o setor imobiliário. Ruim para quem quer vender, pior para quem quer comprar…

Alternativas existem, mas nenhuma resolve o problema imediato de quem precisa fugir do aluguel. Consórcios são ótimos para os primeiros da fila e ruins para os últimos. Títulos de capitalização são muito bons para os poucos sortudos que garantem um prêmio suficiente para comprar a casa; os normais vão receber apenas o capital corrigido. Por isso, o financiamento acaba sendo o instrumento mais seguro, apesar do já conhecido risco de forte aumento no saldo e na prestação.

O Leitor Pergunta:

Tenho 31 anos e vou me casar em maio. Minha renda é de R$ 1.700,00. Gostaria de comprar uma casa própria para fugir do aluguel. Vale a pena tomar um financiamento? Qual?

Penso que sim. A Caixa Econômica tem uma linha de crédito com juros baixos para quem tem renda familiar até R$ 3 250,00: o mutuário paga TR + 8,16% a.a. Nos últimos 12 meses, isso deu pouco mais de 13%. Nada mau, já que a inflação pelo IPCA, no mesmo período, acumulou mais de 15%. Houve uma boa vantagem para o mutuário aqui, principalmente se lembrarmos que, por incoerência, a população de menor renda paga aluguéis, relativamente, mais caros.

Em resumo, o Gustavo deve lutar para fugir do aluguel o quanto antes e procurar um financiamento como o que foi descrito. O nome formal é Carta de Crédito FGTS. Tem esse nome porque os recursos vêm do Fundo de Garantia dos trabalhadores brasileiros. Detalhe: o tomador do empréstimo não precisa ter FGTS. É uma linha de crédito permite comprar também lotes urbanizados e imóveis usados.

Em tempo: para renda entre R$ 3.250,01 e R$ 4.500,00, os juros são de 10,16%, além da TR.

Por 10:46 Notícias

A CASA DOS SONHOS

Uma ótima notícia: a Caixa Econômica reabriu o financiamento imobiliário para a classe média. Duas más notícias: os juros subiram e a parte financiada pelo banco ficou menor.
Agora, além da TR que substituiu a correção monetária, os juros são de 13,7% a.a. para quem tem renda familiar acima de R$ 4.500,00. Se você considerar apenas a parte fixa, os juros são super altos. Ter que pagar 13,7% a.a., durante 15 anos, é uma temeridade. Entretanto, a parte variável (TR) tem levado uma surra da inflação, nos últimos cinco anos.
Resumo da ópera: o negócio pode até ser bom se a TR continuar perdendo para a inflação. O problema é que o mutuário assina um contrato sem saber o que irá acontecer com essa taxa. É quase um cheque em branco. Não raramente os governos mudam a fórmula de cálculo da TR, apertando demais o mutuário. Quer um exemplo? Em 1998, a TR deu 10% além da inflação medida pelo IPC-Fipe. A propósito, durante os cinco primeiros anos do Real, a TR disparou, explodindo o saldo devedor dos financiamentos imobiliários. Quem precisa do financiamento tem que rezar para isso não acontecer de novo.
A outra má notícia é que a Caixa Econômica só vai financiar 60% do valor do imóvel. O candidato a mutuário precisa ter, pelo menos, 40% na mão para dar de entrada. É de desanimar…como é duro comprar casa própria neste país… Enquanto o governo continuar pagando juros altos nos títulos públicos, poucos bancos vão se interessar em financiar o setor imobiliário. Ruim para quem quer vender, pior para quem quer comprar…
Alternativas existem, mas nenhuma resolve o problema imediato de quem precisa fugir do aluguel. Consórcios são ótimos para os primeiros da fila e ruins para os últimos. Títulos de capitalização são muito bons para os poucos sortudos que garantem um prêmio suficiente para comprar a casa; os normais vão receber apenas o capital corrigido. Por isso, o financiamento acaba sendo o instrumento mais seguro, apesar do já conhecido risco de forte aumento no saldo e na prestação.
O Leitor Pergunta:
Tenho 31 anos e vou me casar em maio. Minha renda é de R$ 1.700,00. Gostaria de comprar uma casa própria para fugir do aluguel. Vale a pena tomar um financiamento? Qual?
Penso que sim. A Caixa Econômica tem uma linha de crédito com juros baixos para quem tem renda familiar até R$ 3 250,00: o mutuário paga TR + 8,16% a.a. Nos últimos 12 meses, isso deu pouco mais de 13%. Nada mau, já que a inflação pelo IPCA, no mesmo período, acumulou mais de 15%. Houve uma boa vantagem para o mutuário aqui, principalmente se lembrarmos que, por incoerência, a população de menor renda paga aluguéis, relativamente, mais caros.
Em resumo, o Gustavo deve lutar para fugir do aluguel o quanto antes e procurar um financiamento como o que foi descrito. O nome formal é Carta de Crédito FGTS. Tem esse nome porque os recursos vêm do Fundo de Garantia dos trabalhadores brasileiros. Detalhe: o tomador do empréstimo não precisa ter FGTS. É uma linha de crédito permite comprar também lotes urbanizados e imóveis usados.
Em tempo: para renda entre R$ 3.250,01 e R$ 4.500,00, os juros são de 10,16%, além da TR.

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