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Juros podem subir para segurar inflação

Pela primeira vez no ano, BC reconhece que custo de vida tende a ser maior que o previsto
Brasília (AE) – Com a piora das previsões de inflação para 2004 e 2005, os diretores do Banco Central (BC) praticamente enterraram a possibilidade de redução da taxa de juros até o fim do ano. A avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC é de que a manutenção da Selic nos atuais 16% ao ano, por um “período prolongado de tempo”, permitirá a volta da inflação a níveis mais baixos. Na ata da última reunião do Comitê, divulgada ontem, os diretores admitem até a possibilidade de uma elevação dos juros, caso a inflação não dê sinais de melhora diante do cenário de recuperação da economia.
Pela primeira vez no ano, o BC reconheceu que a projeção de inflação para 2005 já está acima da meta de 4,5% fixada pelo governo e que o ritmo acelerado de retomada do nível de atividade é um fator de risco para o controle dos preços que já foi detectado. O tom da ata é exatamente o mesmo dado por Rodrigo Azevedo, indicado nesta semana para ocupar a diretoria de Política Monetária do BC, no último relatório que escreveu como economista-chefe do Crédit Suisse First Boston.
Além do temor de descontrole dos preços num ambiente de maior crescimento, o Copom justifica que a piora nas estimativas de inflação foi reforçada pelo reajuste das tarifas de telefonia fixa, pela maior inflação verificada em junho e pela deterioração das expectativas de mercado. Isso foi decisivo para que, na reunião da semana passada, o comitê mantivesse inalterada a taxa Selic pela terceira vez consecutiva. “Os membros do Copom avaliam que a manutenção da taxa de juros básica nos níveis atuais por um período prolongado de tempo deverá permitir a concretização de um cenário benigno para a inflação”, afirmam os diretores do BC. A afirmação foi considerada como um sinal de que novos cortes de juros só virão em 2005.
Numa das atas mais incisivas dos últimos tempos, o Copom avisa que estará pronto para uma atitude “ativa” caso venha a se consolidar um cenário de “divergência entre a inflação projetada e a trajetória das metas”. Para os analistas, isso foi um sinal claro de que, se a inflação apresentar qualquer piora ao longo dos próximos meses, o comitê não hesitará em elevar os juros. A intenção dos diretores com esse recado é coordenar as expectativas dos agentes econômicos, mostrando que o BC não irá tolerar aumentos generalizados de preços.
O cenário externo, que vinha sendo uma das principais fontes de preocupação para o controle da inflação, está aparentemente tranqüilo, na avaliação dos diretores do BC, apesar de admitirem que ainda existem dúvidas sobre a evolução das taxas de juros nos EUA.
Se lá fora os ventos são parcialmente favoráveis, internamente as estimativas feitas anteriormente pelo Copom para o reajuste dos preços de alguns bens e serviços com peso significativo nos índices de inflação tiveram de ser revistas para cima. É o caso das tarifas de telefonia fixa. Em junho, a aposta do BC era a de um reajuste de 6,1% este ano. Agora, a projeção é de uma alta de 12,8%. Para as tarifas de energia elétrica residencial, o BC elevou sua estimativa de 11% para 11,6%. Como resultado desses aumentos, a projeção de alta dos preços administrados por contratos em 2004 saltou de 7,7% para 8,3%.
Fonte: Gazeta do Povo

Por 10:13 Sem categoria

Juros podem subir para segurar inflação

Pela primeira vez no ano, BC reconhece que custo de vida tende a ser maior que o previsto

Brasília (AE) – Com a piora das previsões de inflação para 2004 e 2005, os diretores do Banco Central (BC) praticamente enterraram a possibilidade de redução da taxa de juros até o fim do ano. A avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC é de que a manutenção da Selic nos atuais 16% ao ano, por um “período prolongado de tempo”, permitirá a volta da inflação a níveis mais baixos. Na ata da última reunião do Comitê, divulgada ontem, os diretores admitem até a possibilidade de uma elevação dos juros, caso a inflação não dê sinais de melhora diante do cenário de recuperação da economia.

Pela primeira vez no ano, o BC reconheceu que a projeção de inflação para 2005 já está acima da meta de 4,5% fixada pelo governo e que o ritmo acelerado de retomada do nível de atividade é um fator de risco para o controle dos preços que já foi detectado. O tom da ata é exatamente o mesmo dado por Rodrigo Azevedo, indicado nesta semana para ocupar a diretoria de Política Monetária do BC, no último relatório que escreveu como economista-chefe do Crédit Suisse First Boston.

Além do temor de descontrole dos preços num ambiente de maior crescimento, o Copom justifica que a piora nas estimativas de inflação foi reforçada pelo reajuste das tarifas de telefonia fixa, pela maior inflação verificada em junho e pela deterioração das expectativas de mercado. Isso foi decisivo para que, na reunião da semana passada, o comitê mantivesse inalterada a taxa Selic pela terceira vez consecutiva. “Os membros do Copom avaliam que a manutenção da taxa de juros básica nos níveis atuais por um período prolongado de tempo deverá permitir a concretização de um cenário benigno para a inflação”, afirmam os diretores do BC. A afirmação foi considerada como um sinal de que novos cortes de juros só virão em 2005.

Numa das atas mais incisivas dos últimos tempos, o Copom avisa que estará pronto para uma atitude “ativa” caso venha a se consolidar um cenário de “divergência entre a inflação projetada e a trajetória das metas”. Para os analistas, isso foi um sinal claro de que, se a inflação apresentar qualquer piora ao longo dos próximos meses, o comitê não hesitará em elevar os juros. A intenção dos diretores com esse recado é coordenar as expectativas dos agentes econômicos, mostrando que o BC não irá tolerar aumentos generalizados de preços.

O cenário externo, que vinha sendo uma das principais fontes de preocupação para o controle da inflação, está aparentemente tranqüilo, na avaliação dos diretores do BC, apesar de admitirem que ainda existem dúvidas sobre a evolução das taxas de juros nos EUA.

Se lá fora os ventos são parcialmente favoráveis, internamente as estimativas feitas anteriormente pelo Copom para o reajuste dos preços de alguns bens e serviços com peso significativo nos índices de inflação tiveram de ser revistas para cima. É o caso das tarifas de telefonia fixa. Em junho, a aposta do BC era a de um reajuste de 6,1% este ano. Agora, a projeção é de uma alta de 12,8%. Para as tarifas de energia elétrica residencial, o BC elevou sua estimativa de 11% para 11,6%. Como resultado desses aumentos, a projeção de alta dos preços administrados por contratos em 2004 saltou de 7,7% para 8,3%.

Fonte: Gazeta do Povo

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