(Porto Alegre) A quinta edição do Fórum Social Mundial (FSM) foi encerrada ontem, dia 31 de janeiro, durante cerimônia na Usina do Gasômetro, com a marca de 155 mil participantes de 135 países, 2,5 mil atividades e 352 propostas, afixadas em um mural. Além dos pedidos principais, como a luta pela paz no mundo, o fim das guerras e o combate à pobreza, a implementação de um novo sistema monetário na América do Sul e a redução da jornada de trabalho sem a redução salarial foram outras reivindicações dos participantes do evento.

No chamado “muro de propostas”, organizações e participantes, cada um à sua maneira, deixaram suas idéias reunidas a partir das conclusões surgidas ao longo dos seis dias de debates. O mural foi dividido em 11 partes, de acordo com os assuntos apresentados em cada um dos espaços temáticos do Fórum.

Para simbolizar a diversidade, os dados foram apresentados pela índia Ariana Morinico e pelo representante do movimento negro Valério Lopes. O evento deste ano superou a marca dos anteriores, com 35 mil pessoas instaladas no Acampamento da Juventude, 6.588 organizações envolvidas e 6.823 comunicadores.

Após a leitura do texto de encerramento, representantes de diferentes manifestações culturais subiram ao palco, montado à beira do Guaíba, com um tema em comum: a luta pela igualdade e paz. Uma grande bandeira formada por bandeiras de vários países foi levada por jovens do Acampamento da Juventude.

O fim do Fórum também contou com uma marcha de protesto, que reuniu mais de 10 mil participantes, sob um sol forte de meio-dia, contra a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e o presidente americano George W. Bush. O retorno dos participantes do evento às suas cidades e países começou ontem, movimentando ainda mais a capital gaúcha.

Tanto o Aeroporto Salgado Filho quanto a Rodoviária de Porto Alegre tiveram grande movimentação ao longo do dia. No Acampamento da Juventude e nos locais de acolhimento voluntário, o clima era de despedida e nostalgia.

Fonte: Correio do Povo/Seeb PoA