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Ipea diz que Brasil tem 53,9 mi de pobres

O “Radar Social” divulgado ontem pelo Ipea aponta a existência de cerca de 9 milhões de brasileiros pobres além do número considerado pelo governo como público-alvo de seu principal programa social.
Até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa-Família pretende alcançar 11,2 milhões de famílias pobres.
Considerando que cada família tem quatro pessoas, o programa deverá atender a 44,8 milhões de pessoas em 2006. Número menor que os 53,9 milhões de pobres indicados pelo documento do Ipea, com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2003. A meta do governo fala apenas em número de famílias, enquanto o “Radar” fala apenas em número de pessoas.

Com transferências de renda mensais que variam de R$ 15 a R$ 95 por família, o programa foi lançado oficialmente por Lula, com as metas, em outubro de 2003, um mês depois da divulgação dos dados da Pnad daquele ano.

Mas o governo optou por considerar pobres e indigentes não aqueles cuja renda por pessoa da família não alcança, respectivamente, meio salário mínimo ou um quarto desse valor, conforme o critério usado pelo “Radar”. O Bolsa-Família considera pobres as famílias com renda per capita até R$ 100, e indigentes, até R$ 50. A meta para 2006 baseia-se no número de pobres apontado pela Pnad de 2001.

Questionado ontem se a publicação do Ipea poderia levar à reformulação das metas do Bolsa-Família, Paulo Bernardo (Planejamento) disse que não reparara a diferença no número de pobres.

Anna Peliano, diretora de Estudos Sociais do Ipea e coordenadora do “Radar”, disse que a dimensão da pobreza seria mais bem avaliada pelo poder de compra das famílias. A publicação, no entanto, teria optado pelo salário mínimo por falta de uma linha oficial de pobreza no país. Esse novo indicador foi encomendado por ato de Lula em seu primeiro dia de mandato, mas os estudos não foram concluídos.

O documento divulgado ontem pelo Planejamento em resposta aos principais problemas apontados pelo “Radar” registra que quase 60% do público-alvo do Bolsa-Família já vem sendo atendido. O programa começou com 3,6 milhões de famílias e alcança atualmente 6,6 milhões em quase todos os municípios brasileiros.

Contra a desigualdade
As principais iniciativas do governo para combater a desigualdade de renda do país seriam a reforma agrária e a política de acesso ao crédito. O “Radar”, com base em dados de 2001, afirma que o país tem uma das piores distribuições de renda do mundo -1% dos brasileiros mais ricos se apropriam de parcela de renda semelhante à que detém metade dos brasileiros mais pobres.

Para combater o crescimento do desemprego (de 6,2% em 1995 para 10% em 2003), o governo conta, entre outras iniciativas, com o Primeiro Emprego, programa que, segundo Paulo Bernardo, “não deslanchou”.
Numa comparação com outras regiões do mundo, o Brasil só perde em taxa de desemprego para Oriente Médio e Norte da África e África Sub-Saariana.

Os programas Brasil Alfabetizado e de Educação de Jovens e Adultos aparecem como as principais iniciativas para combater o analfabetismo, que ainda atinge 11,6% da população. Pesquisa no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos da União) mostra que 0,16% dos programas saíram do papel em 2005 até 20 de maio.

No capítulo Moradia, o “Radar Social” diz que 6,6 milhões de brasileiros vivendo em favelas ou em assentamentos precários. A resposta à falta de moradia é a única área em que o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos, Ariel Pares, reconheceu que “ainda titubeamos”.

Fonte: Folha de São Paulo – Marta Salomon

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Ipea diz que Brasil tem 53,9 mi de pobres

O “Radar Social” divulgado ontem pelo Ipea aponta a existência de cerca de 9 milhões de brasileiros pobres além do número considerado pelo governo como público-alvo de seu principal programa social.
Até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa-Família pretende alcançar 11,2 milhões de famílias pobres.
Considerando que cada família tem quatro pessoas, o programa deverá atender a 44,8 milhões de pessoas em 2006. Número menor que os 53,9 milhões de pobres indicados pelo documento do Ipea, com base na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2003. A meta do governo fala apenas em número de famílias, enquanto o “Radar” fala apenas em número de pessoas.
Com transferências de renda mensais que variam de R$ 15 a R$ 95 por família, o programa foi lançado oficialmente por Lula, com as metas, em outubro de 2003, um mês depois da divulgação dos dados da Pnad daquele ano.
Mas o governo optou por considerar pobres e indigentes não aqueles cuja renda por pessoa da família não alcança, respectivamente, meio salário mínimo ou um quarto desse valor, conforme o critério usado pelo “Radar”. O Bolsa-Família considera pobres as famílias com renda per capita até R$ 100, e indigentes, até R$ 50. A meta para 2006 baseia-se no número de pobres apontado pela Pnad de 2001.
Questionado ontem se a publicação do Ipea poderia levar à reformulação das metas do Bolsa-Família, Paulo Bernardo (Planejamento) disse que não reparara a diferença no número de pobres.
Anna Peliano, diretora de Estudos Sociais do Ipea e coordenadora do “Radar”, disse que a dimensão da pobreza seria mais bem avaliada pelo poder de compra das famílias. A publicação, no entanto, teria optado pelo salário mínimo por falta de uma linha oficial de pobreza no país. Esse novo indicador foi encomendado por ato de Lula em seu primeiro dia de mandato, mas os estudos não foram concluídos.
O documento divulgado ontem pelo Planejamento em resposta aos principais problemas apontados pelo “Radar” registra que quase 60% do público-alvo do Bolsa-Família já vem sendo atendido. O programa começou com 3,6 milhões de famílias e alcança atualmente 6,6 milhões em quase todos os municípios brasileiros.
Contra a desigualdade
As principais iniciativas do governo para combater a desigualdade de renda do país seriam a reforma agrária e a política de acesso ao crédito. O “Radar”, com base em dados de 2001, afirma que o país tem uma das piores distribuições de renda do mundo -1% dos brasileiros mais ricos se apropriam de parcela de renda semelhante à que detém metade dos brasileiros mais pobres.
Para combater o crescimento do desemprego (de 6,2% em 1995 para 10% em 2003), o governo conta, entre outras iniciativas, com o Primeiro Emprego, programa que, segundo Paulo Bernardo, “não deslanchou”.
Numa comparação com outras regiões do mundo, o Brasil só perde em taxa de desemprego para Oriente Médio e Norte da África e África Sub-Saariana.
Os programas Brasil Alfabetizado e de Educação de Jovens e Adultos aparecem como as principais iniciativas para combater o analfabetismo, que ainda atinge 11,6% da população. Pesquisa no Siafi (sistema de acompanhamento de gastos da União) mostra que 0,16% dos programas saíram do papel em 2005 até 20 de maio.
No capítulo Moradia, o “Radar Social” diz que 6,6 milhões de brasileiros vivendo em favelas ou em assentamentos precários. A resposta à falta de moradia é a única área em que o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos, Ariel Pares, reconheceu que “ainda titubeamos”.
Fonte: Folha de São Paulo – Marta Salomon

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