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Dantas perde controle da Brasil Telecom

A Assembléia Geral Extraordinária da Brasil Telecom destituiu ontem o Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, da administração da empresa. Ricardo Knoepfelmacher substituiu a italiana Carla Cico, ligada ao Opportunity, na presidência da empresa, o que encerrou uma das maiores disputas empresariais do país.
Dantas disputava com fundos de pensão estatais, com o americano Citigroup e com a Telecom Italia o controle da operadora, que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte do país e, no ano passado, teve faturamento de R$ 12,8 bilhões.
A escolha do novo presidente foi definida pelo novo Conselho de Administração, eleito na manhã de ontem e que tem dois membros indicados pelo Citigroup, dois pelos fundos, dois pelos italianos e um pelos acionistas minoritários. O presidente é Sergio Spinelli, indicado pelo Citigroup, e o vice é Pedro Paulo Elejalde de Campos, dos fundos.
A empresa afirmou que, para o consumidor, não haverá nenhuma mudança. A nova diretoria divulgou que tem audiência marcada com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, no próximo dia 11, e, até o final do mês, deve realizar uma reunião com analistas de mercado para anunciar suas novas estratégias.
A principal mudança já definida é de gestão. Serão feitos ajustes na estrutura, que, na avaliação da nova diretoria, estava muito centralizada na presidência.
Knoepfelmacher, conhecido como Ricardo K., não quis comentar a negociação da empresa para a Telecom Italia. “Essa é uma diretoria independente. Se os acionistas vão vender ou não, é irrelevante para os executivos.”
Disse também que os desentendimentos com Dantas não serão levados em consideração. “Não temos ação persecutória. Queremos permear a administração com ética e transparência. O objetivo não é olhar o passado.”
Dantas começou a perder a administração da empresa em março, em um processo no qual tentou todos os recursos judiciais e políticos possíveis para permanecer na empresa e que teve desdobramentos no Tribunal de Contas da União e na Justiça dos EUA.
A disputa é complicada: a Telecom Italia comprou a parte do Opportunity, mas o negócio só será efetivado se os italianos detiverem o controle da empresa, adquirindo as participações dos fundos ou do Citi.
Os fundos, por sua vez, se comprometeram a adquirir as ações do Citigroup em 2007 e se desentenderam com Dantas. Alegam que o Opportunity não deu aos sócios o “tag along” (venda conjunta dos ativos) e estaria gerindo a empresa sem transparência. Além disso, há acusações de espionagem, cobrança de taxas indevidas e pagamentos irregulares, o que Dantas nega.
Na quinta-feira, fracassou mais uma tentativa de negociação porque os italianos consideraram inaceitáveis as condições exigidas pelos sócios para venda.
A contenda na Brasil Telecom pode acabar em intervenção na empresa se até outubro de 2006 não for resolvido o problema entre os sócios. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) poderá intervir pois há uma superposição na prestação de serviço de telefonia celular e de longa distância, o que não é permitido.
A Brasil Telecom, além de telefonia fixa local na sua área de atuação, tem licença para operar serviços de longa distância e tem uma operadora de celular, a Brasil Telecom GSM, que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e no Acre, em Rondônia e no Tocantins.
A Telecom Italia também tem licença para operar longa distância e uma operadora de celular, a TIM, que oferece serviços no Brasil todo, inclusive na área de atuação da Brasil Telecom.
A lei proíbe grupos que façam parte do controle de uma mesma empresa concorram em serviços (no caso, celular e longa distância) na mesma região. Para resolver isso, ou os italianos compram a Brasil Telecom e acabam com a Brasil Telecom GSM ou saem do grupo. A Brasil Telecom divulgou que estuda o assunto e há tempo para resolvê-lo.
As principais ações da Brasil Telecom encerraram o pregão da Bovespa de ontem em alta. A ação preferencial da Brasil Telecom Participações registrou valorização de 2,98%, e a ordinária subiu 0,30%.
Fonte: www.fenae.org.br

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Dantas perde controle da Brasil Telecom

A Assembléia Geral Extraordinária da Brasil Telecom destituiu ontem o Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, da administração da empresa. Ricardo Knoepfelmacher substituiu a italiana Carla Cico, ligada ao Opportunity, na presidência da empresa, o que encerrou uma das maiores disputas empresariais do país.

Dantas disputava com fundos de pensão estatais, com o americano Citigroup e com a Telecom Italia o controle da operadora, que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte do país e, no ano passado, teve faturamento de R$ 12,8 bilhões.

A escolha do novo presidente foi definida pelo novo Conselho de Administração, eleito na manhã de ontem e que tem dois membros indicados pelo Citigroup, dois pelos fundos, dois pelos italianos e um pelos acionistas minoritários. O presidente é Sergio Spinelli, indicado pelo Citigroup, e o vice é Pedro Paulo Elejalde de Campos, dos fundos.

A empresa afirmou que, para o consumidor, não haverá nenhuma mudança. A nova diretoria divulgou que tem audiência marcada com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, no próximo dia 11, e, até o final do mês, deve realizar uma reunião com analistas de mercado para anunciar suas novas estratégias.

A principal mudança já definida é de gestão. Serão feitos ajustes na estrutura, que, na avaliação da nova diretoria, estava muito centralizada na presidência.

Knoepfelmacher, conhecido como Ricardo K., não quis comentar a negociação da empresa para a Telecom Italia. “Essa é uma diretoria independente. Se os acionistas vão vender ou não, é irrelevante para os executivos.”

Disse também que os desentendimentos com Dantas não serão levados em consideração. “Não temos ação persecutória. Queremos permear a administração com ética e transparência. O objetivo não é olhar o passado.”

Dantas começou a perder a administração da empresa em março, em um processo no qual tentou todos os recursos judiciais e políticos possíveis para permanecer na empresa e que teve desdobramentos no Tribunal de Contas da União e na Justiça dos EUA.

A disputa é complicada: a Telecom Italia comprou a parte do Opportunity, mas o negócio só será efetivado se os italianos detiverem o controle da empresa, adquirindo as participações dos fundos ou do Citi.

Os fundos, por sua vez, se comprometeram a adquirir as ações do Citigroup em 2007 e se desentenderam com Dantas. Alegam que o Opportunity não deu aos sócios o “tag along” (venda conjunta dos ativos) e estaria gerindo a empresa sem transparência. Além disso, há acusações de espionagem, cobrança de taxas indevidas e pagamentos irregulares, o que Dantas nega.

Na quinta-feira, fracassou mais uma tentativa de negociação porque os italianos consideraram inaceitáveis as condições exigidas pelos sócios para venda.

A contenda na Brasil Telecom pode acabar em intervenção na empresa se até outubro de 2006 não for resolvido o problema entre os sócios. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) poderá intervir pois há uma superposição na prestação de serviço de telefonia celular e de longa distância, o que não é permitido.

A Brasil Telecom, além de telefonia fixa local na sua área de atuação, tem licença para operar serviços de longa distância e tem uma operadora de celular, a Brasil Telecom GSM, que atua nas regiões Sul, Centro-Oeste e no Acre, em Rondônia e no Tocantins.

A Telecom Italia também tem licença para operar longa distância e uma operadora de celular, a TIM, que oferece serviços no Brasil todo, inclusive na área de atuação da Brasil Telecom.

A lei proíbe grupos que façam parte do controle de uma mesma empresa concorram em serviços (no caso, celular e longa distância) na mesma região. Para resolver isso, ou os italianos compram a Brasil Telecom e acabam com a Brasil Telecom GSM ou saem do grupo. A Brasil Telecom divulgou que estuda o assunto e há tempo para resolvê-lo.

As principais ações da Brasil Telecom encerraram o pregão da Bovespa de ontem em alta. A ação preferencial da Brasil Telecom Participações registrou valorização de 2,98%, e a ordinária subiu 0,30%.

Fonte: www.fenae.org.br

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