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Golpe de 1964 foi ação da elite contra mudanças no país

Golpe de 1964 foi ação da elite contra mudanças no país, avalia historiador
Brasília – O golpe militar vivido pelo país em 1964, contou com interesse das elites, segundo Delmo Oliveira Arguêlhes, professor de História e Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), em entrevista hoje (31) à Rádio Nacional. Arguêlhes afirma ainda que houve apoio norte-americano aos golpes de Estado na América Latina, como parte da política externa dos Estados Unidos na época. O golpe militar no Brasil foi deflagrado há 42 anos, exatamente no dia 31 de março.
“Eles não aceitariam dentro dessa área de influência, nenhuma guinada à esquerda, já bastava Cuba. Não seria tolerado mais nada, principalmente num país como o Brasil”, analisou o professor. Para Arguêlhes, o que predominou, no caso brasileiro, no entanto, foi a ascensão de grupos antes reprimidos que acabaram por pedir o golpe. “As classes dominantes optaram pelo golpe. No momento que antecedeu o golpe, a própria classe média foi às ruas pedir o golpe de Estado. Isso que foi a marcha pela família”, destacou.
O professor dividiu a ditadura, no Brasil, em duas partes. A primeira iria de 64 a 74, um período classificado por Arguêlhes como “endurecimento do regime” e de aumento da repressão. “De Castelo Branco até Médici, foi o período mais radical da ditadura, com maiores desaparecimentos, repressão e tortura”, relatou. Ele enfatizou que esse período coincidiu com a era do milagre econômico. Com o fim dessa era, veio então a abertura política, classificada por Arguêlhes de lenta e gradual. “Geisel estabelece a democracia relativa e Figueiredo fala que vai impor a democracia, nem para isso tenha que prender e arrebentar. É bem o método da democracia à moda militar”, registrou.
Por Lana Cristina – Repórter da Agência Brasil – NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.radiobras.gov.br.

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Golpe de 1964 foi ação da elite contra mudanças no país

Golpe de 1964 foi ação da elite contra mudanças no país, avalia historiador

Brasília – O golpe militar vivido pelo país em 1964, contou com interesse das elites, segundo Delmo Oliveira Arguêlhes, professor de História e Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (UniCeub), em entrevista hoje (31) à Rádio Nacional. Arguêlhes afirma ainda que houve apoio norte-americano aos golpes de Estado na América Latina, como parte da política externa dos Estados Unidos na época. O golpe militar no Brasil foi deflagrado há 42 anos, exatamente no dia 31 de março.

“Eles não aceitariam dentro dessa área de influência, nenhuma guinada à esquerda, já bastava Cuba. Não seria tolerado mais nada, principalmente num país como o Brasil”, analisou o professor. Para Arguêlhes, o que predominou, no caso brasileiro, no entanto, foi a ascensão de grupos antes reprimidos que acabaram por pedir o golpe. “As classes dominantes optaram pelo golpe. No momento que antecedeu o golpe, a própria classe média foi às ruas pedir o golpe de Estado. Isso que foi a marcha pela família”, destacou.

O professor dividiu a ditadura, no Brasil, em duas partes. A primeira iria de 64 a 74, um período classificado por Arguêlhes como “endurecimento do regime” e de aumento da repressão. “De Castelo Branco até Médici, foi o período mais radical da ditadura, com maiores desaparecimentos, repressão e tortura”, relatou. Ele enfatizou que esse período coincidiu com a era do milagre econômico. Com o fim dessa era, veio então a abertura política, classificada por Arguêlhes de lenta e gradual. “Geisel estabelece a democracia relativa e Figueiredo fala que vai impor a democracia, nem para isso tenha que prender e arrebentar. É bem o método da democracia à moda militar”, registrou.

Por Lana Cristina – Repórter da Agência Brasil – NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.radiobras.gov.br.

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