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Em 2004, 459 mil acidentes de trabalho no Brasil

Brasília – Em 2004, foram registrados 459 mil acidentes de trabalho em todo o país. Esses dados abrangem apenas trabalhadores formais e incluem acidentes no local do trabalho, no trajeto e doenças causadas no ambiente de trabalho. No mesmo ano, mais de 2,8 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trabalho.

De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para cada mil trabalhadores formais, 17,21 se acidentaram em 2004 e, em cada grupo de 100 mil, 11,53 morreram. “É uma taxa alta, altíssima. Na Europa temos índices muito mais baixos e com dados mais confiáveis. Em alguns países temos um índice menor que 10 acidentados para cada mil trabalhadores”, explicou o diretor de Saúde e Segurança do Trabalho do ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho.

Para fiscalizar os locais de trabalho, o ministério conta com três mil auditores, que cuidam da segurança do trabalho, da legislação trabalhista e do combate ao trabalho escravo e infantil. Eles cuidam, por ano, de 166 mil ações de fiscalização. “É muito pouco. Publicamos edital para concurso e temos expectativa de preencher mais 300 vagas em 2006 e 2007”, disse Marinho.

Ele explicou que o tipo de acidente de trabalho que mais preocupa o ministério é o que ocorre com máquinas industriais. Quanto às doenças, Marinho destaca a silicose, doença pulmonar gerada pela inalação de poeira contendo sílica. “Temos, também, um crescimento bem grande nas doenças ósteo-musculares relacionadas ao trabalho, também conhecidas como LER”, destacou.

Marinho aconselha que o trabalhador recuse enfrentar situações de risco no trabalho. “Se o trabalhador está numa situação em que claramente a integridade física ou sua saúde pode ser prejudicada, ele tem o direito de se recusar a desenvolver esse trabalho”, disse. Caso haja receio de perder o emprego ou algum tipo de ameaça por parte do empregador, ele deve procurar o sindicato “ou, em último caso, pode procurar a unidade do Ministério do Trabalho, a delegacia regional, ou a sub-delegacia e fazer uma denúncia, para que seja feita uma fiscalização na empresa”, explicou.

O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho é celebrado no dia 28 de abril. A data foi criada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2003 e desde o ano passado é adotada no Brasil. Apesar de ter sido criada no Canadá, a escolha do dia 28 é em memória às vítimas de uma explosão ocorrida em 1969 nos Estados Unidos e que matou 78 mineiros.

Por Priscilla Mazenotti – Agência Brasil – 28/04/2006.

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Em 2004, 459 mil acidentes de trabalho no Brasil

Brasília – Em 2004, foram registrados 459 mil acidentes de trabalho em todo o país. Esses dados abrangem apenas trabalhadores formais e incluem acidentes no local do trabalho, no trajeto e doenças causadas no ambiente de trabalho. No mesmo ano, mais de 2,8 mil pessoas morreram em decorrência de acidentes de trabalho.
De acordo com as estatísticas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para cada mil trabalhadores formais, 17,21 se acidentaram em 2004 e, em cada grupo de 100 mil, 11,53 morreram. “É uma taxa alta, altíssima. Na Europa temos índices muito mais baixos e com dados mais confiáveis. Em alguns países temos um índice menor que 10 acidentados para cada mil trabalhadores”, explicou o diretor de Saúde e Segurança do Trabalho do ministério do Trabalho e Emprego, Rinaldo Marinho.
Para fiscalizar os locais de trabalho, o ministério conta com três mil auditores, que cuidam da segurança do trabalho, da legislação trabalhista e do combate ao trabalho escravo e infantil. Eles cuidam, por ano, de 166 mil ações de fiscalização. “É muito pouco. Publicamos edital para concurso e temos expectativa de preencher mais 300 vagas em 2006 e 2007”, disse Marinho.
Ele explicou que o tipo de acidente de trabalho que mais preocupa o ministério é o que ocorre com máquinas industriais. Quanto às doenças, Marinho destaca a silicose, doença pulmonar gerada pela inalação de poeira contendo sílica. “Temos, também, um crescimento bem grande nas doenças ósteo-musculares relacionadas ao trabalho, também conhecidas como LER”, destacou.
Marinho aconselha que o trabalhador recuse enfrentar situações de risco no trabalho. “Se o trabalhador está numa situação em que claramente a integridade física ou sua saúde pode ser prejudicada, ele tem o direito de se recusar a desenvolver esse trabalho”, disse. Caso haja receio de perder o emprego ou algum tipo de ameaça por parte do empregador, ele deve procurar o sindicato “ou, em último caso, pode procurar a unidade do Ministério do Trabalho, a delegacia regional, ou a sub-delegacia e fazer uma denúncia, para que seja feita uma fiscalização na empresa”, explicou.
O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho é celebrado no dia 28 de abril. A data foi criada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2003 e desde o ano passado é adotada no Brasil. Apesar de ter sido criada no Canadá, a escolha do dia 28 é em memória às vítimas de uma explosão ocorrida em 1969 nos Estados Unidos e que matou 78 mineiros.
Por Priscilla Mazenotti – Agência Brasil – 28/04/2006.

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