PRESSÃO PSICOLÓGICA

O ABN Real, de forma velada e ostensiva, vem ameaçando os gerentes com demissão, caso não melhorem as vendas de seguros. Como mais uma confirmação desta prática desumana e desrespeitosa, o diretor de Rede III Sérgio Murray enviou e-mail a todos os gerentes, com uma clara insinuação sobre a disposição do banco de demitir quem não atingir as metas de venda.
Este tipo de pressão é mais uma forma utilizada pelo banco para forçar os funcionários a cumprir metas inatingíveis de venda de produtos, estabelecidas pelo Projeto Arte. Apesar do nome, o único objetivo deste programa é aumentar a produtividade a qualquer preço.

Investigação – A nova denúncia foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e passou a integrar o pedido de investigação do assédio moral imposto pelo Projeto Arte. “A solicitação foi entregue ao órgão pelo Sindicato e pela Federação dos Bancários do Rio e do Espírito Santo, no último dia 20, e lista uma série de situações provocadas pelo programa do banco sobre os funcionários”, afirma o diretor do Sindicato Adriano Garcia. Outra diretora da entidade, Fátima Guimarães, explica que o objetivo é, a partir da instauração de um inquérito civil público, fazer com que o ABN Real se comprometa a acabar com o problema, através da assinatura de um termo de ajustamento de conduta. Caso isto não seja possível, o MPT moverá uma ação civil pública contra o banco.
No último dia 28, a Comissão de Organização dos Empregados reuniu-se com representantes do banco para exigir o fim dos aspectos do Projeto Arte que prejudicam os bancários. O problema é tão sério que no mesmo dia em que foi entregue o pedido de investigação, os sindicatos realizaram um Dia Nacional de Luta Contra o Assédio Moral do Projeto Arte. Houve protestos em várias cidades, entre elas o Rio de Janeiro.

Federação dos Bancários do Rio de Janeiro