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Apesar dos lucros dos bancos, sobram reclamações de clientes e funcionários

Instituições como o Idec, o Banco Central e o TST têm os bancos como campeões de ações judiciais e reclamações

São Paulo – O que esperar de empresas que quintuplicaram seus lucros nos últimos quatro anos? O que esperar do tratamento dado por elas a seus funcionários e clientes? Os 11 maiores bancos brasileiros, que lucraram juntos cerca de R$ 4,5 bi em 2001, fecharam 2005 contabilizando ganhos de quase R$ 24 bi.

Fica claro que não falta dinheiro para oferecer um bom atendimento e condições dignas aos bancários. Então, como explicar a enxurrada de reclamações que os bancos recebem todos os dias? “Os bancos só querem ganhar, ganhar e ganhar, sem limites e não contratam mais trabalhadores. Por isso, acabam prestando um atendimento ruim aos clientes e não cumprem suas obrigações trabalhistas”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Clientes reclamam – O Banco Central recebeu, apenas no mês de julho de 2006, mais de duas mil reclamações provenientes de clientes dos bancos consideradas procedentes. O campeão é o Santander Banespa, com 376 reclamações, seguido pelo ABN, com 297. Mas isso apenas considerando as reclamações que chegam ao BC.

Segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o setor bancário é o terceiro com maior número de reclamações dos clientes que procuram o instituto, perdendo apenas para os planos de saúde e para as empresas de telefonia.

Bancários na Justiça – Segundo dados dos próprios bancos, publicados em matéria do dia 28 de agosto no jornal Valor Econômico, os nove maiores bancos brasileiros respondem por mais de 74 mil ações trabalhistas impetradas por seus funcionários e ex-funcionários. Isso representa um terço do total de pouco mais de 226 mil funcionários dos conglomerados destes bancos.

Por essa razão, os bancos estão no topo de uma lista que inclui todas as instituições públicas e privadas do Brasil, divulgada em março pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O ranking mostra as instituições que, além de terem desrespeitado as leis trabalhistas do País e sido condenadas por isso, fazem de tudo para não pagar aos seus ex-funcionários o valor definido pela Justiça.

O Grupo Santander Banespa, com 4.253 ações no TST, é o segundo colocado no ranking (perdendo apenas para o INSS, com 4.345), seguido pelo Banco do Brasil (3.400), Itaú (2.523) e a Caixa Econômica Federal (2.297). Outros bancos como o Unibanco, Bradesco e ABN Real figuram entre os vinte mais reclamados pelos funcionários em todo o país.

Muitas destas ações são consideradas causas perdidas, mas os bancos têm como padrão recorrer das condenações até a última instância, em Brasília, o que emperra o sistema judiciário e prejudica o País. O TST deu início este ano a um movimento para sanear o Tribunal de processos repetidos com jurisprudência contra as empresas e os bancos foram os principais convocados. Das 15 mil ações eliminadas, 10 mil eram contra os bancos.

Terceirização e precarização – Apesar dos lucros e do dinheiro sobrando, os bancos também economizam e precarizam o mercado de trabalho ao repassar grande parte dos serviços bancários para empresas terceirizadas. Segundo uma matéria publicada no dia 28 de agosto no jornal Folha de S.Paulo, os bancos utilizam mais terceirizados do que funcionários próprios: são 400 mil contratados diretamente e 600 mil que executam serviços para os bancos mas são empregados de empresas terceirizadas contratadas por eles. Esses trabalhadores ganham muitas vezes menos da metade dos salários dos bancários e não têm acesso a conquistas da categoria, como vale-refeição, cesta-alimentação e PLR.

Danilo Pretti Di Giorgi – 30/08/2006
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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Apesar dos lucros dos bancos, sobram reclamações de clientes e funcionários

Instituições como o Idec, o Banco Central e o TST têm os bancos como campeões de ações judiciais e reclamações
São Paulo – O que esperar de empresas que quintuplicaram seus lucros nos últimos quatro anos? O que esperar do tratamento dado por elas a seus funcionários e clientes? Os 11 maiores bancos brasileiros, que lucraram juntos cerca de R$ 4,5 bi em 2001, fecharam 2005 contabilizando ganhos de quase R$ 24 bi.
Fica claro que não falta dinheiro para oferecer um bom atendimento e condições dignas aos bancários. Então, como explicar a enxurrada de reclamações que os bancos recebem todos os dias? “Os bancos só querem ganhar, ganhar e ganhar, sem limites e não contratam mais trabalhadores. Por isso, acabam prestando um atendimento ruim aos clientes e não cumprem suas obrigações trabalhistas”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Clientes reclamam – O Banco Central recebeu, apenas no mês de julho de 2006, mais de duas mil reclamações provenientes de clientes dos bancos consideradas procedentes. O campeão é o Santander Banespa, com 376 reclamações, seguido pelo ABN, com 297. Mas isso apenas considerando as reclamações que chegam ao BC.
Segundo o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor), o setor bancário é o terceiro com maior número de reclamações dos clientes que procuram o instituto, perdendo apenas para os planos de saúde e para as empresas de telefonia.
Bancários na Justiça – Segundo dados dos próprios bancos, publicados em matéria do dia 28 de agosto no jornal Valor Econômico, os nove maiores bancos brasileiros respondem por mais de 74 mil ações trabalhistas impetradas por seus funcionários e ex-funcionários. Isso representa um terço do total de pouco mais de 226 mil funcionários dos conglomerados destes bancos.
Por essa razão, os bancos estão no topo de uma lista que inclui todas as instituições públicas e privadas do Brasil, divulgada em março pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O ranking mostra as instituições que, além de terem desrespeitado as leis trabalhistas do País e sido condenadas por isso, fazem de tudo para não pagar aos seus ex-funcionários o valor definido pela Justiça.
O Grupo Santander Banespa, com 4.253 ações no TST, é o segundo colocado no ranking (perdendo apenas para o INSS, com 4.345), seguido pelo Banco do Brasil (3.400), Itaú (2.523) e a Caixa Econômica Federal (2.297). Outros bancos como o Unibanco, Bradesco e ABN Real figuram entre os vinte mais reclamados pelos funcionários em todo o país.
Muitas destas ações são consideradas causas perdidas, mas os bancos têm como padrão recorrer das condenações até a última instância, em Brasília, o que emperra o sistema judiciário e prejudica o País. O TST deu início este ano a um movimento para sanear o Tribunal de processos repetidos com jurisprudência contra as empresas e os bancos foram os principais convocados. Das 15 mil ações eliminadas, 10 mil eram contra os bancos.
Terceirização e precarização – Apesar dos lucros e do dinheiro sobrando, os bancos também economizam e precarizam o mercado de trabalho ao repassar grande parte dos serviços bancários para empresas terceirizadas. Segundo uma matéria publicada no dia 28 de agosto no jornal Folha de S.Paulo, os bancos utilizam mais terceirizados do que funcionários próprios: são 400 mil contratados diretamente e 600 mil que executam serviços para os bancos mas são empregados de empresas terceirizadas contratadas por eles. Esses trabalhadores ganham muitas vezes menos da metade dos salários dos bancários e não têm acesso a conquistas da categoria, como vale-refeição, cesta-alimentação e PLR.
Danilo Pretti Di Giorgi – 30/08/2006
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

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