Convenção Coletiva resultante da mobilização da categoria será assinada com a Fenaban nos próximos dias. Primeira parcela da PLR tem de ser creditada até dez dias depois e salários virão com valores retroativosSão Paulo – O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) assinam nesta quarta-feira, dia 18, a Convenção Coletiva Nacional da categoria bancária. A reunião será realizada na sede da Fenaban (rua Líbero Badaró, 425, 22º andar), às 16h.
A partir da assinatura, os bancos privados e a Nossa Caixa têm até dez dias para fazer o crédito da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados, que a mobilização deste ano estabeleceu junto aos banqueiros que será de 80% do salário mais o valor fixo de R$ 828.
O valor total da PLR desses bancos, conquistada após seis dias de greve da categoria, é de 80% do salário mais R$ 828, acrescidos de um valor adicional variável, entre R$ 1.000 e 1.500, que vai depender do crescimento do lucro de cada banco e será pago até março de 2007.
Retroativo – O reajuste nos salários será de 3,5%, percentual que será aplicado também às demais verbas e pisos da categoria. Como a data-base da categoria é em 1º de setembro, os bancários também receberão diferenças nos salários e verbas (veja aqui).
Federais – Pela primeira vez, o Banco do Brasil e Caixa Federal serão signatários da Convenção. Os bancários também terão o reajuste de 3,5%, mas há diferenças nas regras da PLR.
Os bancários do BB receberão 95% do salário, a parte fixa de R$ 412, mais R$ 1.819,49 (equivalente a 4% do lucro líquido linear dividido por todos os funcionários), mais o módulo-bônus, segundo os critérios de variação. O pagamento será feito após 48 horas da assinatura do acordo (veja mais).
Na Caixa, a PLR dos empregados é o equivalente a 80% do salário (sem teto), mais o valor linear de R$ 3.167. O pagamento será feito em duas parcelas: 60% em até 10 dias após a assinatura do acordo e o restante em março de 2007 (leia aqui).
“Os bancários saíram, mais uma vez, vitoriosos de uma greve. Se dependesse da vontade dos banqueiros, nem aumento real teríamos. Foi a mobilização dos trabalhadores que garantiu o reajuste e ainda uma nova conquista que é o adicional da PLR, que ninguém mais tira dos bancários”, garante o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Danilo Pretti Di Giorgi – SEEB SP17/10/2006