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Movimentos sociais unificados lutam por mudanças na política econômica

A União Nacional de Estaduantes (UNE) lançou na manhã desta segunda-feira (4), na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo, a campanha “Uma outra luta política econômica é possível – com valorização do trabalho, desenvolvimento e distribuição de renda”. O debate foi aberto pelo presidente da UNE, Gustavo Petta, que esclareceu que o objetivo da campanha é unificar os movimentos sociais em busca da reordenação da política econômica do país.

Além de lideranças dos movimentos sociais, participaram do debate o economista e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzo e o também economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) da USP, Paulo Nogueira Batista. A CUT, a UBES, o MST, a CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e representantes de partidos políticos também participaram do lançamento.

As discussões giraram em torno da formação de um novo cenário político para o Brasil a partir de uma agenda econômica construída em parceira com o conjunto dos movimentos sociais.

Petta criticou duramente a política econômica atual e cobrou um rompimento com o Banco Central. “Os movimentos sociais organizados em parceria com intelectuais podem pressionar o governo com objetivo de transformar a realidade em busca de mais desenvolvimento”, enfatizou.

De acordo com o presidente da UNE, o conservadorismo do BC durante o primeiro mandato do governo Lula impediu um maior desenvolvimento do país com a imposição de uma agenda de juros altos, arrocho fiscal e superávit. “Os movimentos sociais que querem uma mudança radical na economia, não concordam com a política implementada pela equipe do Henrique Meirelles. Nós queremos que Lula mude a direção do BC colocando quadros mais comprometidos com o desenvolvimento”, ressaltou.

Intelectuais – O professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzo, fez uma breve explanação sobre a questão e enfatizou que a luta política econômica só é possível por meio da mobilização popular. “Só com a pressão dos movimentos sociais organizados poderá ocorrer alguma mudança, é a famosa luta de classes”.

Para Paulo Nogueira Batista, o enfoque da questão está na reorientação da política que se fará nesse momento. “O importante é sabermos exatamente quem ocupará as secretarias. Nossa expectativa é para que seja alguém identificado com a pauta de desenvolvimento almejada pelos movimentos sociais. É a hora de Lula cumprir a promessa de crescimento econômico feita no primeiro turno, salientou”.

Segundo Nogueira, avanços positivos ocorreram no primeiro mandato como a ampliação da política internacional e uma melhora na distribuição de renda em forma de projetos sociais. “A grande frustação ficou por conta do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) e da geração de emprego.

Parlamentares – A deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) lembrou que nos últimos tempos a palavra desenvolvimento passou a ser “badalada”. “Tivemos duas posições bem distintas nesse segundo turno. Uma com um programa de avanço e sustentação política aprofundada em um contexto de desenvolvimento e outra voltada para as privatizações. Com a reeleição de Lula comprovamos que a democracia venceu mais uma vez no país e prevaleceu a consciência democrática, mesmo, com a restrição dos grandes meios de comunicação”, rechaçou.

Para o deputado Ivan Valente (Psol/SP), a principal questão está relacionada com a mudança econômica, pois este é o melhor momento para refletir sobre o desenvolvimento do país. “Quem acredita que vai mudar alguma coisa com a política econômica de Meirelles está muito enganado. Da mesma forma que não haverá democratização dos meios de comunicação com o ministro Hélio Costa”.

O dirigente nacional do PT Joaquim Soriano falou sobre o desenrolar do segundo turno e a importância da reaproximação dos movimentos populares com a vitória de Lula. “Tivemos a oportunidade de reatar com campos unificados dos movimentos sociais e políticos”. Sobre as dificuldades dos próximos anos de governo, Soriano frisou que a luta pela superação do neoliberalimo não é fácil e muito menos linear. “A direita no país sempre foi bem consolidada e os movimentos sociais tiveram uma grande expectativa com a primeira gestão de Lula. A luta dos movimentos é importante nesse processo de rompimento”, ressaltou.

Movimentos Sociais – Para o representante do MST, João Paulo Rodrigues, a preocupação está na atenção de que Lula não cometa os mesmos erros do primeiro mandato. “Para nós do MST não houve uma política de comprometimento com os interesses dos movimentos sociais. Também não ocorreu um debate sobre a democratização do modelo econômico que queremos e nem a unificação de políticas sociais. Em relação a reforma agrária muito ficou por fazer. Somente 40 mil famílias foram assentadas enquanto 120 ainda continuam acampadas nas beiras de estradas”.

Conforme João Paulo, outras políticas básicas para desenvolvimento social devem ser implementadas como a qualificação do ensino, a continuidade da campanha pela valorização do salário mínimo e a da Vale do Rio Doce também foram citadas como prioritárias.

Thiago Franco, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), reforçou que a campanha tem com função dar continuidade a luta por alterações na política econômica coordenadas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) no últimos anos. Mas segundo Thiago, teremos de olhar essa segunda fase de outra forma. “estamos em um momento mais otimista porque agora já temos nossas armas, lula disse não as privatizações”. Acredito que otimismo tenha que fazer parte desta nova fase porque se não fosse a reeleição de Lula não teríamos com batalhar e dialogar sobre as nossas bandeiras de luta. O coordenador da CONAM (Comissão Nacional de Associação de Moradores), Vander Geraldo, também falou sobre a CMS e passou o informe sobre a plenária nacional realizada no dia 12 de novembro, que discutiu a construção de um calendário de lutas para 2007 em cima de avaliações de 2006.

Publicada em: 04/12/2006 às 18:34 Seção: Todas as Notícias do sítio www.cut.org.br.

Por 09:11 Notícias

Movimentos sociais unificados lutam por mudanças na política econômica

A União Nacional de Estaduantes (UNE) lançou na manhã desta segunda-feira (4), na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo, a campanha “Uma outra luta política econômica é possível – com valorização do trabalho, desenvolvimento e distribuição de renda”. O debate foi aberto pelo presidente da UNE, Gustavo Petta, que esclareceu que o objetivo da campanha é unificar os movimentos sociais em busca da reordenação da política econômica do país.
Além de lideranças dos movimentos sociais, participaram do debate o economista e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzo e o também economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) da USP, Paulo Nogueira Batista. A CUT, a UBES, o MST, a CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e representantes de partidos políticos também participaram do lançamento.
As discussões giraram em torno da formação de um novo cenário político para o Brasil a partir de uma agenda econômica construída em parceira com o conjunto dos movimentos sociais.
Petta criticou duramente a política econômica atual e cobrou um rompimento com o Banco Central. “Os movimentos sociais organizados em parceria com intelectuais podem pressionar o governo com objetivo de transformar a realidade em busca de mais desenvolvimento”, enfatizou.
De acordo com o presidente da UNE, o conservadorismo do BC durante o primeiro mandato do governo Lula impediu um maior desenvolvimento do país com a imposição de uma agenda de juros altos, arrocho fiscal e superávit. “Os movimentos sociais que querem uma mudança radical na economia, não concordam com a política implementada pela equipe do Henrique Meirelles. Nós queremos que Lula mude a direção do BC colocando quadros mais comprometidos com o desenvolvimento”, ressaltou.
Intelectuais – O professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzo, fez uma breve explanação sobre a questão e enfatizou que a luta política econômica só é possível por meio da mobilização popular. “Só com a pressão dos movimentos sociais organizados poderá ocorrer alguma mudança, é a famosa luta de classes”.
Para Paulo Nogueira Batista, o enfoque da questão está na reorientação da política que se fará nesse momento. “O importante é sabermos exatamente quem ocupará as secretarias. Nossa expectativa é para que seja alguém identificado com a pauta de desenvolvimento almejada pelos movimentos sociais. É a hora de Lula cumprir a promessa de crescimento econômico feita no primeiro turno, salientou”.
Segundo Nogueira, avanços positivos ocorreram no primeiro mandato como a ampliação da política internacional e uma melhora na distribuição de renda em forma de projetos sociais. “A grande frustação ficou por conta do desempenho do PIB (Produto Interno Bruto) e da geração de emprego.
Parlamentares – A deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ) lembrou que nos últimos tempos a palavra desenvolvimento passou a ser “badalada”. “Tivemos duas posições bem distintas nesse segundo turno. Uma com um programa de avanço e sustentação política aprofundada em um contexto de desenvolvimento e outra voltada para as privatizações. Com a reeleição de Lula comprovamos que a democracia venceu mais uma vez no país e prevaleceu a consciência democrática, mesmo, com a restrição dos grandes meios de comunicação”, rechaçou.
Para o deputado Ivan Valente (Psol/SP), a principal questão está relacionada com a mudança econômica, pois este é o melhor momento para refletir sobre o desenvolvimento do país. “Quem acredita que vai mudar alguma coisa com a política econômica de Meirelles está muito enganado. Da mesma forma que não haverá democratização dos meios de comunicação com o ministro Hélio Costa”.
O dirigente nacional do PT Joaquim Soriano falou sobre o desenrolar do segundo turno e a importância da reaproximação dos movimentos populares com a vitória de Lula. “Tivemos a oportunidade de reatar com campos unificados dos movimentos sociais e políticos”. Sobre as dificuldades dos próximos anos de governo, Soriano frisou que a luta pela superação do neoliberalimo não é fácil e muito menos linear. “A direita no país sempre foi bem consolidada e os movimentos sociais tiveram uma grande expectativa com a primeira gestão de Lula. A luta dos movimentos é importante nesse processo de rompimento”, ressaltou.
Movimentos Sociais – Para o representante do MST, João Paulo Rodrigues, a preocupação está na atenção de que Lula não cometa os mesmos erros do primeiro mandato. “Para nós do MST não houve uma política de comprometimento com os interesses dos movimentos sociais. Também não ocorreu um debate sobre a democratização do modelo econômico que queremos e nem a unificação de políticas sociais. Em relação a reforma agrária muito ficou por fazer. Somente 40 mil famílias foram assentadas enquanto 120 ainda continuam acampadas nas beiras de estradas”.
Conforme João Paulo, outras políticas básicas para desenvolvimento social devem ser implementadas como a qualificação do ensino, a continuidade da campanha pela valorização do salário mínimo e a da Vale do Rio Doce também foram citadas como prioritárias.
Thiago Franco, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), reforçou que a campanha tem com função dar continuidade a luta por alterações na política econômica coordenadas pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) no últimos anos. Mas segundo Thiago, teremos de olhar essa segunda fase de outra forma. “estamos em um momento mais otimista porque agora já temos nossas armas, lula disse não as privatizações”. Acredito que otimismo tenha que fazer parte desta nova fase porque se não fosse a reeleição de Lula não teríamos com batalhar e dialogar sobre as nossas bandeiras de luta. O coordenador da CONAM (Comissão Nacional de Associação de Moradores), Vander Geraldo, também falou sobre a CMS e passou o informe sobre a plenária nacional realizada no dia 12 de novembro, que discutiu a construção de um calendário de lutas para 2007 em cima de avaliações de 2006.
Publicada em: 04/12/2006 às 18:34 Seção: Todas as Notícias do sítio www.cut.org.br.

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