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S.O.S. Trabalhador

O mundo do trabalho pede socorro, sobretudo os trabalhadores, que são vítimas em escala, cada dia mais ascendente, de acidentes e mortes nos locais de trabalho. Pelo menos três questões estruturais da “moderna” acumulação capitalista podem ser apontadas, como responsável direta pela triste estatística acumulada pelo capital contra os trabalhadores: O toyotismo, a terceirização e a carterização.
O laboratório de técnica administrativa e gerencial nas cadeias de produção, desenvolvidos no Japão a partir da segunda guerra mundial, permitiu ao capitalismo aumentar ainda mais, a já intensa exploração do trabalho, até então, aplicados em larga escala nos principais centros produtivos do planeta pelo processo fordismo/taylorismo.
O toyotismo desde o início, foi identificado como uma técnica que permitiu ao capital apropriar de forma intensa o período “de trabalho morto” na cadeia produtiva. Ao impor esta nova técnica gerencial, o setor produtivo ganhou a consciência de parte dos trabalhadores com uma falsa argumentação, que a nova técnica possibilitaria ao trabalhador uma participação mais ativa no processo produtivo, pois o “o homem boi”, da técnica Fordista /Taylorista, seria substituído pelo trabalhador moderno, participativo e tecnicamente mais preparado.
Entretanto, o que ocorreu em todos os setores produtivos: comércio, indústria e serviços; foi a extração plena da mais valia absoluta deste novo trabalhador polivalente, extasiado, e estressado, fundindo-o com trabalhadores terceirizados e temporários. Nas empresas, a aplicação de mão de obra terceirizada aumentou em proporção geométrica e em muitos casos o número de trabalhadores nestas condições são superiores aos diretamente contatados. A somatória desta conta é mais exploração, mais acidentes e mais sofrimento.
Quando adicionamos a este cálculo, a política neoliberal, de redução do Estado, através da diminuição de custos operacionais, principalmente pelo trabalho, para facilitar as disputas intracartéis; da ausência de estruturas estatais que fiscalize as normas técnicas e os direitos trabalhistas, temos uma multiplicação absurda de perdas humanas e de seqüelas físicas e psíquicas que os trabalhadores carregam por toda a vida!
O que estamos vendo nos últimos dias, com mais repercussão midiática, devido ao acidente do metrô de São Paulo é a constatação diária de como a vida do trabalhador perdeu todo o sentido, ficando para o mercado a necessidade crescente de mais lucro, de mais exploração e de menos estado. As sete vitimas do metrô paulista, as três mortes dos trabalhadores da soeicom em Vespasiano/MG, as permanentes mortes de trabalhadores da Petrobrás, as centenas de mortes de motoqueiros, do estúpido índice de mortes de trabalhadores da construção civil, e da indústria metalúrgica, de caminhoneiros, enfim de operários de todas as áreas de trabalho, que nos últimos anos matou mais que a guerra do Iraque e do Afeganistão juntas.
O movimento sindical, os trabalhadores, os governantes, os partidos, os homens e mulheres de bem deste país, precisam urgentemente sair da condição de passividade diante da barbárie capitalista e exigir que a vida humana seja minimamente respeitada e protegida que o Estado, colocando-o novamente na condição técnica e política de exigir de todos os setores produtivos e inclusive do próprio Estado que sejam observadas e aplicadas às normas e técnicas que visam garantir a vida humana.
Por Gilson Reis, que é presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais.
Publicada em: 30/01/2007 às 10:56 Seção: Ponto de Vista do sítio www.cut.org.br.

Por 13:03 Sem categoria

S.O.S. Trabalhador

O mundo do trabalho pede socorro, sobretudo os trabalhadores, que são vítimas em escala, cada dia mais ascendente, de acidentes e mortes nos locais de trabalho. Pelo menos três questões estruturais da “moderna” acumulação capitalista podem ser apontadas, como responsável direta pela triste estatística acumulada pelo capital contra os trabalhadores: O toyotismo, a terceirização e a carterização.

O laboratório de técnica administrativa e gerencial nas cadeias de produção, desenvolvidos no Japão a partir da segunda guerra mundial, permitiu ao capitalismo aumentar ainda mais, a já intensa exploração do trabalho, até então, aplicados em larga escala nos principais centros produtivos do planeta pelo processo fordismo/taylorismo.

O toyotismo desde o início, foi identificado como uma técnica que permitiu ao capital apropriar de forma intensa o período “de trabalho morto” na cadeia produtiva. Ao impor esta nova técnica gerencial, o setor produtivo ganhou a consciência de parte dos trabalhadores com uma falsa argumentação, que a nova técnica possibilitaria ao trabalhador uma participação mais ativa no processo produtivo, pois o “o homem boi”, da técnica Fordista /Taylorista, seria substituído pelo trabalhador moderno, participativo e tecnicamente mais preparado.

Entretanto, o que ocorreu em todos os setores produtivos: comércio, indústria e serviços; foi a extração plena da mais valia absoluta deste novo trabalhador polivalente, extasiado, e estressado, fundindo-o com trabalhadores terceirizados e temporários. Nas empresas, a aplicação de mão de obra terceirizada aumentou em proporção geométrica e em muitos casos o número de trabalhadores nestas condições são superiores aos diretamente contatados. A somatória desta conta é mais exploração, mais acidentes e mais sofrimento.

Quando adicionamos a este cálculo, a política neoliberal, de redução do Estado, através da diminuição de custos operacionais, principalmente pelo trabalho, para facilitar as disputas intracartéis; da ausência de estruturas estatais que fiscalize as normas técnicas e os direitos trabalhistas, temos uma multiplicação absurda de perdas humanas e de seqüelas físicas e psíquicas que os trabalhadores carregam por toda a vida!

O que estamos vendo nos últimos dias, com mais repercussão midiática, devido ao acidente do metrô de São Paulo é a constatação diária de como a vida do trabalhador perdeu todo o sentido, ficando para o mercado a necessidade crescente de mais lucro, de mais exploração e de menos estado. As sete vitimas do metrô paulista, as três mortes dos trabalhadores da soeicom em Vespasiano/MG, as permanentes mortes de trabalhadores da Petrobrás, as centenas de mortes de motoqueiros, do estúpido índice de mortes de trabalhadores da construção civil, e da indústria metalúrgica, de caminhoneiros, enfim de operários de todas as áreas de trabalho, que nos últimos anos matou mais que a guerra do Iraque e do Afeganistão juntas.

O movimento sindical, os trabalhadores, os governantes, os partidos, os homens e mulheres de bem deste país, precisam urgentemente sair da condição de passividade diante da barbárie capitalista e exigir que a vida humana seja minimamente respeitada e protegida que o Estado, colocando-o novamente na condição técnica e política de exigir de todos os setores produtivos e inclusive do próprio Estado que sejam observadas e aplicadas às normas e técnicas que visam garantir a vida humana.

Por Gilson Reis, que é presidente do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais.

Publicada em: 30/01/2007 às 10:56 Seção: Ponto de Vista do sítio www.cut.org.br.

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