Lucro do banco cresceu tanto que pela regra básica da PLR não atinge 5% do lucro líquido e conforme conquistado em convenção coletiva tem que majorar valor
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São Paulo – Os bancários do ABN Real recebem um complemento de PLR. De acordo com a regra da convenção coletiva, conquistada em negociação da campanha salarial, o banco terá que comprometer 5% do lucro líquido com a distribuição de PLR aos funcionários. O pagamento será efetuado no dia 23 de fevereiro.
Conforme estimativa do Sindicato, o pagamento da regra básica – 80% do salário mais uma parcela fixa de R$ 828, já realizado em outubro, para cada funcionário – não atinge os 5% do lucro do banco e a diferença deve ser repassada aos bancários.
“O lucro do ABN Real cresceu tanto que pela primeira vez terá que majorar a 5% do lucro líquido o pagamento da PLR aos funcionários. Como a cada ano os bancos lucram mais e o número de bancários permanece quase o mesmo, a distribuição da PLR entre os trabalhadores representa um percentual cada vez menor do lucro”, disse Roseane Rodrigues, funcionária do banco e diretora do Sindicato.
Para compensar essa diferença, os bancários conquistaram na campanha salarial e incluiriam em convenção coletiva que os bancos têm de gastar entre 5% e 15% de seu lucro líquido com o pagamento de PLR aos seus funcionários ou pagar até dois salários. Itaú, Bradesco e Unibanco já estão dentro desta regra, agora é a vez do ABN Real.
Adicional à PLR – Além do complemento, os bancários do ABN Real irão receber R$ 1.500 de adicional à PLR, também no dia 23. De acordo com a regra da categoria, os bancos que registrarem lucro pelo menos 15% maior do que o resultado obtido no ano anterior, deverão pagar um adicional à PLR para seus funcionários entre R$ 1.000 e R$ 1.500. Esse valor resulta da divisão de 8% da diferença nominal entre o lucro líquido de 2005 e 2006. Se o crescimento do lucro for menor que 15%, os bancos pagam o resultado da divisão dos 8%.
Conforme divulgou à imprensa, o ABN Amro Real somou lucro de R$ 2 bilhões em 2006 no Brasil, um resultado 43% maior do que no ano anterior, quando o banco holandês lucrou R$ 1,4 bilhão no país.
Elisângela Cordeiro – 13/02/2007 SEEB SP