João Felício: Bush, persona non grata
O secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Antonio Felício, destaca a importância da mobilização unitária neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, data prevista para a chegada de George W. Bush ao Brasil. Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, João Felício elenca o longo histórico de crimes do “terrorista nº 1 da Humanidade” e o simbolismo de sua chegada ao país numa data tão significativa para o movimento feminino, “que colocará nas ruas suas bandeiras contra a violência, por salário igual para trabalho de igual valor, participação e poder”. “As mulheres simbolizam a vida, Bush a morte”, sublinhou.
Como estão os preparativos para a chegada de Bush?
A CUT e a Coordenação dos Movimentos Sociais organizaram uma série de ações e mobilizações em todo o país para fazer uma recepção à altura do terrorista nº 1 da Humanidade. O 8 de Março é uma data carregada de simbolismo, quando o movimento feminino colocará nas ruas suas bandeiras contra a violência, por salário igual para trabalho de igual valor, participação e poder. As mulheres simbolizam a vida, Bush a morte. Pelo fato dele estar desembarcando em São Paulo, a faremos na capital paulista uma manifestação maior, nacional.
Os protestos têm um conteúdo claro, antiimperialista.
É evidente. Não nos move nenhum sentimento anti-norte-americano, como tenta grosseiramente pautar certa mídia, mas o mais profundo sentimento antiimperialista, de amor e solidariedade a todos os povos do mundo. Afinal, a quem beneficiou o criminoso abandono dos pobres nos EUA, como ficou evidenciado com mais clareza na tragédia do furacão Katrina, que dizimou Nova Orleans? Ou o corte nos gastos com os programas sociais, que tanto tem prejudicado as mulheres norte-americanas? Como expresso em faixas e cartazes por centenas de milhares que tomaram as ruas das cidades de norte a sul dos Estados Unidos, Bush governa unicamente para o cartel bélico e financeiro, largando sua população à própria sorte.
O isolamento interno de Bush é crescente…
A fulminante derrota dos republicanos no último pleito é uma clara demonstração do seu desgaste e isolamento internos. Portanto, estamos caminhando juntos com todos os homens e mulheres de bem de todo o planeta, que buscam – e lutam – por um mundo justo e fraterno, de solidariedade e respeito mútuo. Valores que são a negação de tudo o que a barbárie imperial representa.
Os protestos que vêm acontecendo no mundo todo têm contribuído para pressionar a opinião pública dentro dos EUA.
Ajudam, claro, na tomada de consciência, pois as manifestações de repúdio à presença de Bush são massivas, têm sido uma resposta ao belicismo e à arrogância. Ao alavancar os já bilionários gastos bélicos dos EUA para enriquecer a indústria armamentista e petrolífera – não por acaso, seus maiores financiadores – George W. Bush conjuga ao extremo, em sua guerra de sangue por petróleo, o furor belicista com torturas e matanças de civis inocentes. Seja no Iraque, Afeganistão ou em qualquer dos nossos países latino-americanos onde a imposição de tratados de livre comércio busca asfixiar as economias nacionais – alastrando a fome, o arrocho e o desemprego – e atentar contra as soberanias de países e povos em prol dos interesses da oligarquia financeira, as mazelas do imperialismo são bem presentes.
É uma prática de terrorismo de Estado.
Mais do que Ronald Reagan e até mesmo do que seu próprio pai George Bush – também vice de Reagan -, presidentes norte-americanos que ficaram mundialmente conhecidos pela prática de terrorismo de Estado e suas promíscuas relações com as multinacionais do crime, comprovadas pela manipulação do cartel da droga no financiamento da contra-revolução nicaraguense (Escândalo Irã-Contras), Bush Jr. representa a degeneração do Império e sua cara mais apodrecida.
E as torturas e assassinatos?
Tanto quanto o terror das suas prisões em Abu Graib e Guantánamo, os vôos secretos da CIA na Europa, os 650 mil iraquianos assassinados após a invasão e os mais de um milhão de exilados, os mais de três mil soldados norte-americanos mortos e 20 mil mutilados, a asfixia econômica e a imposição da vassalagem política por governos neocoloniais são práticas repulsivas e condenáveis, que conferem a Bush, muito justamente, o título de terrorista número um do planeta. Isso por si só, para os brasileiros, é mais do que o suficiente para repudiá-lo como persona non grata, tomando as ruas para rechaçar sua infeliz visita.
Qual a sua expectativa para esta quinta-feira?
Que a militância de todos os movimentos sociais estreitem ainda mais os laços e tomem as ruas para defender o Brasil e a Humanidade do seu maior inimigo.
Por Leonardo Severo – leonardo@cut.org.br.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.
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Comentários
Por Mhais• 7 de março de 2007• 11:39• Sem categoria
Mulheres e homens tomarão as ruas unidos no 8 de Março contra o terrorista número um
João Felício: Bush, persona non grata
O secretário de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores, João Antonio Felício, destaca a importância da mobilização unitária neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, data prevista para a chegada de George W. Bush ao Brasil. Em entrevista ao Portal do Mundo do Trabalho, João Felício elenca o longo histórico de crimes do “terrorista nº 1 da Humanidade” e o simbolismo de sua chegada ao país numa data tão significativa para o movimento feminino, “que colocará nas ruas suas bandeiras contra a violência, por salário igual para trabalho de igual valor, participação e poder”. “As mulheres simbolizam a vida, Bush a morte”, sublinhou.
Como estão os preparativos para a chegada de Bush?
A CUT e a Coordenação dos Movimentos Sociais organizaram uma série de ações e mobilizações em todo o país para fazer uma recepção à altura do terrorista nº 1 da Humanidade. O 8 de Março é uma data carregada de simbolismo, quando o movimento feminino colocará nas ruas suas bandeiras contra a violência, por salário igual para trabalho de igual valor, participação e poder. As mulheres simbolizam a vida, Bush a morte. Pelo fato dele estar desembarcando em São Paulo, a faremos na capital paulista uma manifestação maior, nacional.
Os protestos têm um conteúdo claro, antiimperialista.
É evidente. Não nos move nenhum sentimento anti-norte-americano, como tenta grosseiramente pautar certa mídia, mas o mais profundo sentimento antiimperialista, de amor e solidariedade a todos os povos do mundo. Afinal, a quem beneficiou o criminoso abandono dos pobres nos EUA, como ficou evidenciado com mais clareza na tragédia do furacão Katrina, que dizimou Nova Orleans? Ou o corte nos gastos com os programas sociais, que tanto tem prejudicado as mulheres norte-americanas? Como expresso em faixas e cartazes por centenas de milhares que tomaram as ruas das cidades de norte a sul dos Estados Unidos, Bush governa unicamente para o cartel bélico e financeiro, largando sua população à própria sorte.
O isolamento interno de Bush é crescente…
A fulminante derrota dos republicanos no último pleito é uma clara demonstração do seu desgaste e isolamento internos. Portanto, estamos caminhando juntos com todos os homens e mulheres de bem de todo o planeta, que buscam – e lutam – por um mundo justo e fraterno, de solidariedade e respeito mútuo. Valores que são a negação de tudo o que a barbárie imperial representa.
Os protestos que vêm acontecendo no mundo todo têm contribuído para pressionar a opinião pública dentro dos EUA.
Ajudam, claro, na tomada de consciência, pois as manifestações de repúdio à presença de Bush são massivas, têm sido uma resposta ao belicismo e à arrogância. Ao alavancar os já bilionários gastos bélicos dos EUA para enriquecer a indústria armamentista e petrolífera – não por acaso, seus maiores financiadores – George W. Bush conjuga ao extremo, em sua guerra de sangue por petróleo, o furor belicista com torturas e matanças de civis inocentes. Seja no Iraque, Afeganistão ou em qualquer dos nossos países latino-americanos onde a imposição de tratados de livre comércio busca asfixiar as economias nacionais – alastrando a fome, o arrocho e o desemprego – e atentar contra as soberanias de países e povos em prol dos interesses da oligarquia financeira, as mazelas do imperialismo são bem presentes.
É uma prática de terrorismo de Estado.
Mais do que Ronald Reagan e até mesmo do que seu próprio pai George Bush – também vice de Reagan -, presidentes norte-americanos que ficaram mundialmente conhecidos pela prática de terrorismo de Estado e suas promíscuas relações com as multinacionais do crime, comprovadas pela manipulação do cartel da droga no financiamento da contra-revolução nicaraguense (Escândalo Irã-Contras), Bush Jr. representa a degeneração do Império e sua cara mais apodrecida.
E as torturas e assassinatos?
Tanto quanto o terror das suas prisões em Abu Graib e Guantánamo, os vôos secretos da CIA na Europa, os 650 mil iraquianos assassinados após a invasão e os mais de um milhão de exilados, os mais de três mil soldados norte-americanos mortos e 20 mil mutilados, a asfixia econômica e a imposição da vassalagem política por governos neocoloniais são práticas repulsivas e condenáveis, que conferem a Bush, muito justamente, o título de terrorista número um do planeta. Isso por si só, para os brasileiros, é mais do que o suficiente para repudiá-lo como persona non grata, tomando as ruas para rechaçar sua infeliz visita.
Qual a sua expectativa para esta quinta-feira?
Que a militância de todos os movimentos sociais estreitem ainda mais os laços e tomem as ruas para defender o Brasil e a Humanidade do seu maior inimigo.
Por Leonardo Severo – leonardo@cut.org.br.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.
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