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O 8 de Março, a comunicação libertadora e o Fora Bush !

Aproveitamos as comemorações deste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, para refletir sobre a comunicação, encarada como instrumento de libertação e emancipação feminina, da classe trabalhadora e de toda a nação brasileira. Afinal, sem nos apropriarmos desses meios estratégicos, fundamentais para a disputa de hegemonia, ficaremos na melhor das hipóteses tangenciando sua solução, enfrentando o problema pelas beiradas, sem encarar o duro combate necessário à superação da trágica herança de machismo e exclusão que ainda nos aflige.
Ao longo dos anos, atuando como porta-vozes do que há de mais reacionário e degenerado, apologistas de anti-valores morais e sociais, os grandes meios de comunicação fomentaram o preconceito, cultivando a manutenção de uma “ordem” perversa onde a mulher era apenas um reflexo mal-acabado da figura masculina. Por sofrermos do chamado pecado original, estaríamos fadadas a ser, quando muito, um maravilhoso apêndice ou belo adorno, submissas ao pai e ao marido, prisioneiras dos filhos e de relações familiares sufocantes, impeditivas de toda e qualquer liberdade.
O espaço hoje brindado pela chamada grande mídia rebaixa a figura feminina, reduzindo-a à categoria de mulher-objeto, exposta a todo tipo de insinuações publicitárias, vendida como frívola, banal, consumista. Para nós, o 8 de março deve contribuir para subir o tom das nossas críticas a tais práticas, elevando o papel protagonista das mulheres na luta pela superação deste atraso comunicacional. Tamanha manipulação de gostos e padrões incide também negativamente sobre a educação, com as famílias reproduzindo mecanismos de dominação e segregação que afrontam o bem-estar físico e intelectual da mulher.
O que aflora por trás do discurso – e das práticas conservadores que dele derivam – é precisamente a visão elitista que pretende quebrar a auto-estima de metade da população, o que sem dúvida é por si só um grave complicador para quem defende a libertação nacional, a superação do atraso neocolonial da submissão aos interesses do sistema financeiro internacional, o rompimento com as amarras da dependência. Afinal, assim como sabemos que o bom combate necessita da união de todos, lutamos pela liberdade e a queremos por inteiro, não pela metade.
A libertação feminina está intimamente ligada à construção de um novo tempo e, por isso mesmo, diz respeito à mais sólida e envolvente união de mulheres e homens, companheiros de ação e paixão nesta luta incansável por uma nova sociedade. E por não abrirmos mão desta caminhada comum, é que lutamos contra todo e qualquer ruído que se interponha à nossa mensagem: queremos salário igual para trabalho igual, justiça e igualdade de direitos…
No que diz respeito ao movimento sindical, é bom lembrar que mazelas como o assédio moral e sexual afligem com ainda maior gravidade o sexo feminino, que somos nós mulheres as mais penalizadas pela desigualdade salarial, da mesma forma como somos as principais vítimas da violência na sociedade e nos locais de trabalho, do fechamento dos espaços de participação e poder.
Junto às questões específicas das mulheres brasileiras, tomaremos as ruas neste 8 de Março também para repudiar a presença do terrorista número um em nosso país. Em nome das mulheres iraquianas e afegãs, levantaremos a voz contra Bush, afirmando que as mulheres, que geram a vida, rechaçam a política de terrorismo de Estado implementada pelo governo norte-americano contra a soberania dos países e povos. Dizemos não à lógica da morte, da exclusão, da imposição dos interesses da indústria petrolífera e armamentista à base de bombas e mísseis.
Nas ruas, em São Paulo, Rio, Florianópolis e em todo o Brasil, vamos afirmar a solidariedade, a igualdade e a fraternidade contra a intolerância e o retrocesso. Todas e todos às ruas!
Por Rosane Bertotti, que é secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores.
ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.

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O 8 de Março, a comunicação libertadora e o Fora Bush !

Aproveitamos as comemorações deste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, para refletir sobre a comunicação, encarada como instrumento de libertação e emancipação feminina, da classe trabalhadora e de toda a nação brasileira. Afinal, sem nos apropriarmos desses meios estratégicos, fundamentais para a disputa de hegemonia, ficaremos na melhor das hipóteses tangenciando sua solução, enfrentando o problema pelas beiradas, sem encarar o duro combate necessário à superação da trágica herança de machismo e exclusão que ainda nos aflige.

Ao longo dos anos, atuando como porta-vozes do que há de mais reacionário e degenerado, apologistas de anti-valores morais e sociais, os grandes meios de comunicação fomentaram o preconceito, cultivando a manutenção de uma “ordem” perversa onde a mulher era apenas um reflexo mal-acabado da figura masculina. Por sofrermos do chamado pecado original, estaríamos fadadas a ser, quando muito, um maravilhoso apêndice ou belo adorno, submissas ao pai e ao marido, prisioneiras dos filhos e de relações familiares sufocantes, impeditivas de toda e qualquer liberdade.

O espaço hoje brindado pela chamada grande mídia rebaixa a figura feminina, reduzindo-a à categoria de mulher-objeto, exposta a todo tipo de insinuações publicitárias, vendida como frívola, banal, consumista. Para nós, o 8 de março deve contribuir para subir o tom das nossas críticas a tais práticas, elevando o papel protagonista das mulheres na luta pela superação deste atraso comunicacional. Tamanha manipulação de gostos e padrões incide também negativamente sobre a educação, com as famílias reproduzindo mecanismos de dominação e segregação que afrontam o bem-estar físico e intelectual da mulher.

O que aflora por trás do discurso – e das práticas conservadores que dele derivam – é precisamente a visão elitista que pretende quebrar a auto-estima de metade da população, o que sem dúvida é por si só um grave complicador para quem defende a libertação nacional, a superação do atraso neocolonial da submissão aos interesses do sistema financeiro internacional, o rompimento com as amarras da dependência. Afinal, assim como sabemos que o bom combate necessita da união de todos, lutamos pela liberdade e a queremos por inteiro, não pela metade.

A libertação feminina está intimamente ligada à construção de um novo tempo e, por isso mesmo, diz respeito à mais sólida e envolvente união de mulheres e homens, companheiros de ação e paixão nesta luta incansável por uma nova sociedade. E por não abrirmos mão desta caminhada comum, é que lutamos contra todo e qualquer ruído que se interponha à nossa mensagem: queremos salário igual para trabalho igual, justiça e igualdade de direitos…

No que diz respeito ao movimento sindical, é bom lembrar que mazelas como o assédio moral e sexual afligem com ainda maior gravidade o sexo feminino, que somos nós mulheres as mais penalizadas pela desigualdade salarial, da mesma forma como somos as principais vítimas da violência na sociedade e nos locais de trabalho, do fechamento dos espaços de participação e poder.

Junto às questões específicas das mulheres brasileiras, tomaremos as ruas neste 8 de Março também para repudiar a presença do terrorista número um em nosso país. Em nome das mulheres iraquianas e afegãs, levantaremos a voz contra Bush, afirmando que as mulheres, que geram a vida, rechaçam a política de terrorismo de Estado implementada pelo governo norte-americano contra a soberania dos países e povos. Dizemos não à lógica da morte, da exclusão, da imposição dos interesses da indústria petrolífera e armamentista à base de bombas e mísseis.

Nas ruas, em São Paulo, Rio, Florianópolis e em todo o Brasil, vamos afirmar a solidariedade, a igualdade e a fraternidade contra a intolerância e o retrocesso. Todas e todos às ruas!

Por Rosane Bertotti, que é secretária nacional de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.

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