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Por 09:33 Sem categoria

Contrato Coletivo Nacional de Trabalho: metalúrgicos entregam a pauta nacional de reivindicações

Milhares de metalúrgicos de todas as regiões do país, em uma grande demonstração de unidade e força estiveram juntos nesta quarta na cidade de São Paulo, para entregar a pauta de reivindicações do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho, nas sedes da Fiesp, Anfavea e Sindipeças.

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Na parte da manhã, uma comitiva da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e da FEM/CUT-SP estiveram na sede da FIESP, para a entrega da pauta de reivindicações do metalúrgicos, no primeiro ato oficial a favor do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.

Mais atenção às cláusulas sociais. Foi este o enfoque reiterado aos patrões pelo presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT – FEM/CUT-SP, Valmir Marques, o Biro Biro, durante as entregas de pautas para os grupos 9, 10 e fundição.

As entregas aconteceram na manhã desta quarta-feira (27) e foram precedidas por um ato com metalúrgicos de todo o Estado em frente à sede da Fiesp. Espero que a receptividade de como os grupos receberam as pautas se transforme em negociações bem sucedidas e em acordos, afirmou Biro Biro. Os representantes dos três grupos disseram ser confiantes em fechar acordos sem grandes problemas.

O presidente da FEM/CUT-SP se referiu principalmente às cláusulas específicas apresentadas pelas comissões temáticas. Ele também pediu prioridade na unificação da data-base para os grupos 9 e 10, que têm agosto e novembro, respectivamente, os meses para a assinatura de acordos. Os três grupos se comprometeram a fixar um calendário de negociação em breve.

Mesmo com a FEM destacando as cláusulas sociais, a necessidade de um bom aumento real e reajuste salarial deram o tom nos discursos durante o ato. Para José Paulo Nogueira, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o bom ambiente da econômia brasileira neste ano oferece todas as possibilidade de acordos. Os patrões não têm desculpa para não atender nossa pauta, especialmente em relação a um aumento real compatível com o desempenho positivo de todos os setores industriais, afirmou Zé Paulo.

Nacional – Os três grupos receberam também pauta da campanha nacional dos metalúrgicos e o estudo do Salário às Compras. Ele dá toda a argumentação para as reivindicações da campanha nacional, como piso salarial unificado e redução da jornada de trabalho.

No período da tarde, os milhares de trabalhadores metalúrgicos de todo o Brasil partiram da sede da CNM/CUT e seguiram em marcha pela Avenida Indianópolis, na zona sul da capital. A primeira parada foi a sede da Anfavea, onde mais uma vez, Biro Biro, presidente da FEM/CUT-SP e o presidente da CNM/CUT, Carlos Alberto Grana, entregaram as pautas estadual e nacional da categoria.

Na sequência, os metalúrgicos seguiram até a sede do Sindipeças na Avenida Santo Amaro e também entregaram com sucesso a pauta, na última atividade do dia. Hoje foi uma data histórica para os metalúrgicos da CUT. Demonstramos nosso poder coletivo nesta grande passeata, que luta pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho. Afinal, se o custo de vida ou até mesmo os produtos feitos pelos metalúrgicos tem o mesmo valor, porque o salário é diferente?, disse Carlos Alberto Grana.

Do Salário às Compras – Elaborado pela subseção Dieese da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), o estudo mostra as disparidades salariais na categoria, ao passo que o custo de vida é praticamente igual em todo o País.

Ainda segundo Grana, o acordo nacional visa a estabelecer um novo patamar de relações do trabalho, já que as diferenças salariais não são ruins apenas para os trabalhadores. As indústrias perdem porque ao tratar os trabalhadores de forma diferenciada estabelecem entre sí um concorrência desleal e predatória, afirmou.

Veja aqui as principais reivindicações da Campanha Salarial dos Metalúrgicos da CUT 2007

– Reposição integral da inflação dos últimos doze meses;
– Acordo por dois anos;
– Prosseguir a luta contra a emenda 3;
– Unificação das datas base de todos os grupos em setembro;
– Defesa da garantia de emprego aos portadores de doença profissional;
– Contrato coletivo de trabalho nacional, com a mesma data base para metalúrgicos de todo o País; piso salarial nacional e redução da jornada de trabalho.

Renovação integral das cláusulas sociais com adição de novos itens, relacionados principalmente às reivindicações de mulheres, jovens e pessoas com deficiência que são:

– Subvenção das empresas para os trabalhadores pagarem seus estudos;
– Criação de um fundo para formação e capacitação profissional;
– Aumentar o período de amamentação e o número de creches;
– Ampliar o período de licença paternidade.

Fonte: Valter Bittencourt – Assessoria de Imprensa CNM/CUT e Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

NOTÍCIA COLHIDA NOP SÍTIO www.cnmcut.org.br.

P.S.: ATÉ OS DIAS DE HOJE, SOMENTE OS TRABALHADORES BANCÁRIOS TÊM AS SUAS CONTRATAÇÕES REGULADAS EM ACORDO POR UMA CONVENÇÃO COLETIVA NACIONAL.

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