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Por 16:07 Sem categoria

ABN Real lucra R$ 1,26 bilhão com alta de 84%; matriz recua

No foco da maior disputa já registrada no setor bancário mundial, o ABN Amro apresentou o resultado do primeiro semestre de 2007 que exibe um recuou de 2,4% em seus ganhos mundiais, se comparado com o mesmo período de 2006, para US$ 2,954 bilhões. O desempenho do banco holandês no Brasil, no entanto, foi bem diferente, onde sua subsidiária registrou um lucro líquido de R$ 1, 26 bilhão, avanço de 84%, sobre os seis primeiros meses do ano passado. “O País está apresentando bons fundamentos econômicos, com elevação da renda do trabalhador, saldos na Balança Comercial e Conta Corrente, elevação da reserva cambial e, principalmente, aumento na oferta de crédito ao consumidor e às empresas de menor porte. Temos canalizado a energia do banco para aproveitar essa boa onda no mercado nacional. Daí o bom resultado”, analisou Fábio Barbosa, presidente do banco no Brasil.

Para o segundo semestre do ano, o foco do ABN Amro Real será a continuidade da expansão do crédito em várias frentes, com destaque para as operações voltadas a pequenas e médias empresas, as de financiamento imobiliário e de veículos, e operações com cartão de crédito. Na área imobiliária, onde a expansão da oferta de crédito é, em média, de 50% ao ano, o banco já começou a fazer operações com prazos de 25 anos, seguindo o movimento de grandes concorrentes como Bradesco e Itaú.

“A expansão da carteira de crédito do banco deve ficar entre 20% e 25% (o mesmo avanço registrado no primeiro semestre de 2006). Só não será maior porque o segundo semestre do ano passado foi bastante forte, o que torna a base de comparação muito alta”, afirmou Barbosa.

Folha de pagamento

Em meio a disputa mais acirrada em torno do leilão das folhas de pagamento de Estados e municípios (veja nesta página o acordo assinado entre o Santander e a prefeitura de Curitiba), Barbosa disse que o ABN Real tem todo o interesse em participar mais ativamente nessa batalha.

Com relação aos altos índices de inadimplência, puxados no crédito a pessoa jurídica pelas pequenas empresas, o executivo aposta na estabilização, embora em patamar superior ao registrado no passado. As operações vencidas há mais de 90 dias correspondiam a 3,3% da carteira do ABN em maio (último dado divulgado pelo banco), abaixo dos 4,8% do mercado.

Resultados

O resultado do banco antes de computados os impostos recorrentes ficou em R$ 1, 79 bilhão, acréscimo de 46% em relação ao primeiro semestre de 2006, embasado pela conquista de 1,2 milhão de novos clientes e uma rede de distribuição de 3.894 pontos de atendimentos. Já o total das receitas atingiu a cifra de R$ 7,65 bilhões no semestre, cerca de 25% a mais do que o obtido no mesmo período do ano anterior. Em maio de 2007, o ABN Amro Real atingiu a participação de 6,8% no mercado de crédito nacional (somando-se recursos livres e crédito direcionado), e de 7,3% no segmento de empréstimos em reais a pessoa jurídica, amplamente destinado ao financiamento de pequenas e médias empresas. No mercado de financiamento imobiliário, o banco encerrou o semestre com uma participação de mercado de 6,5%.

O resultado da instituição representou 23% do lucro mundial do grupo holandês ABN Amro sem o La Salle, unidade norte-americana vendida ao Bank of América. No ano passado, essa participação foi de 18%.

Considerando a contribuição do La Salle para o resultado mundial o lucro do Brasil representou 17% do total no primeiro semestre deste ano, ante 13% no mesmo intervalo de 2006. Em relação ao resultado da América Latina, o Brasil responde historicamente por 95% do total.

Banco retira apoio ao Barclays

O ABN Amro Holding NV retirou seu apoio à oferta do Barclays Plc após o grupo de três bancos, liderados pelo Royal Bank of Scotland Group Plc, ter apresentado uma proposta mais alta. Apesar de a oferta do Barclays estar de acordo com a “visão estratégica” do ABN Amro, o conselho administrativo da instituição não pode recomendá-la “do ponto de vista financeiro”, disse ontem o banco, sediado em Amsterdã.

A oferta de 72 bilhões de euros (US$ 98,3 bilhões) apresentada pelo consórcio formado por Royal Bank, Fortis e Banco Santander SA é 9,8 por cento mais alta do que a proposta do Barclays. O ABN Amro, fundado há 183 anos, vinha manifestando seu apoio à oferta do Barclays desde abril passado, em parte devido ao fato de o banco londrino pretender manter o banco holandês intacto, enquanto que o grupo liderado pelo Royal Bank deseja desmembrá-lo.

O ABN Amro recusou-se também a recomendar a proposta do grupo liderado pelo Royal Bank, citando “questões não- solucionadas” relativas ao desmembramento sugerido para a empresa, que possui operações em 53 países que vão do Brasil até a Índia.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.dci.com.br

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