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IBGE mostra que informalidade vem caindo no país

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) considera que o avanço da formalização no mercado de trabalho é destaque entre os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, divulgada na última sexta-feira (14/9).

“Você tem mais pessoas trabalhando com carteira de trabalho, conseqüentemente você tem mais pessoas contribuindo com a Previdência, mais pessoas sindicalizadas, esse é o grande destaque da Pnad 2006 no que tange ao mercado de trabalho”, afirma Cimar Azeredo, coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

A Pnad 2006 mostrou que a participação de contribuintes para a Previdência entre a população ocupada, 49,2%, foi a maior desde o início dos anos 90.

Segundo ele, o aumento da formalidade acaba se refletindo também no aumento dos rendimentos. “Se você tem um mercado mais formal, a população ocupada passa a ter um poder de compra maior”, diz ele. A Pnad apontou que o rendimento médio mensal dos trabalhadores aumentou 7,2% entre 2005 e 2006.

Azeredo também considera que a queda na taxa de desocupação está ligada a essa ampliação da renda. “Com o aumento do rendimento, uma parcela da população que estava forçando o mercado de trabalho (procurando emprego) para compor o rendimento familiar tende a se dissipar”, explica ele. “A pressão do mercado de trabalho é menor em função de a população ter um maior poder de compra”.

Agricultura é ponto negativo

Por outro lado, o setor da economia responsável por grande parte das exportações brasileiras foi o que mais demitiu no ano passado. Segundo a mesma pesquisa, a agricultura registrou queda de 3,1% no nível de emprego em 2006.

O levantamento mostrou que 569 mil postos de trabalho foram extintos na agricultura no ano passado em todo o país. A maior parte do fechamento das vagas ocorreu no Nordeste, onde 447 mil agricultores perderam o emprego. O total de trabalhadores do setor, de 17,2 milhões de pessoas, é menor até que o de 2004.

A agricultura manteve em 2006 o primeiro lugar entre as atividades que mais empregam. Mesmo assim, o fechamento de vagas no setor interferiu na participação do setor, que caiu de 20,5% em 2005 para 19,3% no ano passado. De acordo com a Pnad, a atividade foi a única a ter queda no nível de emprego.

Entre os setores especificados na pesquisa do IBGE, educação, saúde e serviços sociais, responsável por 357 mil novos postos de trabalhos em 2006, foi o que abriu mais vagas em números absolutos. Em segundo lugar, ficou o setor de comércio e reparação, com 245 mil novos empregos. Em termos proporcionais, no entanto, quem liderou a geração de empregos foram os servidores públicos concursados e militares, cujo total de contratações aumentou 7,4%, mais de três vezes a média geral da economia, de 2,4%.

O IBGE constatou ainda que algumas regiões experimentaram surtos em algumas atividades no ano passado. Apesar de responder pela maior parte das demissões na agricultura, o Nordeste registrou aumento de 10,2% no emprego na construção – o triplo da média nacional de crescimento de 3,5%. O Centro-Oeste foi a única região a apresentar aumento na participação no emprego industrial, que subiu de 10,6% para 11,2% de 2005 a 2006.

Por DIAP. Publicado: 17/09/2007 – 09:04.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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