fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 00:07 Sem categoria

As multinacionais e seus crimes contra o País

Construtoras, montadoras, bancos, exportadoras, farmacêuticas, importadoras não pagam impostos

A prisão do presdiente da poderosa multinacional Cisco, por sonegação de impostos, mostra uma face muito combatida aqui, dessas empresas exploradoras. E não é apenas a Cisco, é todo um sistema multinacional para aumentar os lucros ilicitamente, além do que já ganham, digamos, licitamente.

O que venho dizendo há dezenas de anos se confirma novamente: essas multinacionais i-l-e-g-a-l-m-e-n-t-e remetem cada vez mais lucros para o exterior. Já fiz reportagem há anos sobre essas remessas criminosas. Agora, com o aumento da exportação e da importação (que não produz desenvolvimento, progresso ou prosperidade, apenas nos “coloniza” mais), o volume de dinheiro mantido no exterior supera os 200 BILHÕES DE DÓLARES do meu levantamento anterior.

1 – As construtoras também chamadas de empreiteiras são as que mais deixam de pagar. O faturamento delas é crescente. Em 1998 acumularam lucros de 5 BILHÕES, “recolheram” 23 MILHÕES. Quer dizer: apenas 0,45 por cento. E estão envolvidas em todos os escândalos do setor.

2 – Quando se usa a palavra SUPERFATURAR, o complemento imediato é EMPREITEIRAS.

3 – A indústria farmacêutica é das que mais FATURA e SONEGA. Todas multinacionais ou aliadas a empresas nacionais de pura fachada.

4 – Essa farmacêutica em 1998 faturou 5 BILHÕES, mas “pagou” 125 MILHÕES de Imposto de Renda. Correspondente a 2,51 por cento.

5 – Existem empresas de pequeno porte que chegam a recolher 4 por cento. Isso é a média para essas empresas que pagam pelo que denominam de SIMPLES. Simples mesmo é SONEGAR.

6 – Claudia Safatle, diante desses números, ouviu o ex-secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Afirmação dele: “Não há mais o menor espaço para criar impostos ou aumentar alíquotas dos tributos já existentes”. Como sempre foi um homem correto e acima de qualquer suspeita, não poderia dizer outra coisa.

7 – Estava começando o segundo mandato de FHC, logo nos primeiros 20 dias explodiu tudo, o presidente do Banco Central demitido, o governo estava mais preocupado com o dólar, que chegara a 4 reais, do que com a arrecadação.

8 – A arrecadação era a chave de tudo, não precisava aumentar impostos, bastava cobrar dos que SONEGAVAM de forma colossal. Faltava vontade.

9 – Mas como COBRAR de multinacionais amigas, que elogiavam o governo em todos os países do mundo? Apavorado, FHC tirou Gustavo Franco, botou no lugar o senhor George Soros, perdão, não ele, apenas o segundo dele.

10 – Assim que receberam pela primeira vez os números da CPMF, os técnicos da Receita Federal só acreditaram mesmo depois de confirmar tudo várias vezes. Dos 100 maiores contribuintes da CPMF (enviada à Receita pelo Banco do Brasil), 48 deles apresentavam a seguinte situação, espantosa. Jamais pagaram um centavo de Imposto de Renda, como também nunca se deram ao trabalho de DECLARAR O IMPOSTO DE RENDA.

11 – Se não declararam e ficaram impunes, por que iriam pagar? E não declarando, não pagavam, qual o critério para cobrar?

12 – Mas essas poderosas empresas que completam o quadro das 530 maiores atuando no Brasil continuam na mesma rotina, quase 8 anos depois: NÃO PAGAM PORQUE NÃO DECLARAM, NÃO DECLARAM PARA NÃO PAGAR.

13 – Impressionante o Poder dessas empresas a fragilidade do Estado.

14 – Essa massa de dinheiro SONEGADA pelas 530 maiores empresas (só essas) representa 42 por cento de renda tributável, como eu disse, quase 1 PIB.

15 – Como a DÍVIDA INTERNA está em mais de 70 por cento do PIB, chegamos a uma conclusão que parece IMPOSSÍVEL, mas é verdadeira: juntando a SONEGAÇÃO e os JUROS, o Brasil GASTA 112 por cento do PIB. É IMPOSSÍVEL? Não é não.

PS – As EXPORTADORAS e IMPORTADORAS, falsamente brasileiras, são hoje as que mais sonegam. Nos dois casos a “comissão” volumosa já fica lá fora. Como cresceram muito nos últimos 3 anos, os dados são ASSUSTADORES, mas incompletos.

Por Helio Fernandes.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.tribunadaimprensa.com.br.

Close