(São Paulo) Uma semana depois de garantir em mesa de negociação que não haveria demissões em massa, o HSBC iniciou esta semana um processo de dispensa. A falta de palavra do banco não é uma novidade. Em abril, a história foi idêntica: o HSBC negou que tivesse demissões programadas e no dia seguinte mandou embora centenas de bancários.
“É espantosa a falta de compromisso do banco com a palavra dada. Na negociação do dia 25 os representantes da empresa garantiram com todas as letras que não haveria demissões. Eles mentem com uma naturalidade chocante. E o pior é que já está se tornando habitual. Fica difícil negociar quando o outro lado não joga limpo”, afirma Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e funcionário do HSBC.
A Contraf-CUT pede a todos os sindicatos filiados que façam um levantamento das demissões ocorridas no HSBC e enviem para a Confederação. Na próxima segunda-feira, dia 5, dirigentes sindicais do HSBC do Brasil inteiro vão se reunir via chat para organizar a resistência.
“Vamos para cima do banco com tudo neste final de ano. Uma empresa que lucra como HSBC não pode promover demissões em massa desta maneira. Cadê a responsabilidade social que tanto prega? Por isso que os trabalhadores da CUT estão lutando para garantir o cumprimento da Convenção 158 do OIT no Brasil. Ela proíbe demissões imotivadas em empresas lucrativas, coisas que os bancos fazem costumeiramente em nosso país”, finaliza Siqueira.
Fonte: Contraf-CUT.