Na quinta-feira, 28 de fevereiro, foi realizada a segunda reunião do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Urbano. É neste GT que está sendo aglutinado o pensamento sobre a atual reforma urbana e construída a intervenção da CUT no Conselho das Cidades.
A reunião aconteceu no Escritório da CUT em Brasília com a presença de representantes de diversas federações nacionais com representação no Conselho das Cidades. A CUT, através de suas entidades filiadas, ocupa nada menos que 14 das 16 cadeiras de conselheiros reservadas para as entidades de trabalhadores. As entidades sindicais nacionais que compõem o Conselho das Cidades foram eleitas por ocasião da 3ª Conferência Nacional das Cidades realizada em Brasília, no final de novembro de 2.007.
Durante a reunião do GT foi abordado o Plano Nacional de Habitação – PNH com uma exposição do Arquiteto Nabil Bonduki, ex-vereador do PT na cidade de São Paulo e consultor do consórcio que está elaborando o PNH. Na oportunidade, Bonduki manifestou seu desejo de que o PNH seja um instrumento de uma verdadeira política habitacional e para tanto a estratégia é ouvir os diversos atores que podem e devem influenciar no tema.
Olímpio Santos, presidente da Federação dos Sindicatos de Engenheiros – FISENGE, apresentou o projeto “Pensar Brasil” cuja iniciativa oferece um espaço de formulação de um Brasil pensado em longo prazo. Ubiratam Felix, presidente do SENGE-BA e conselheiro no Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social, saudou a instalação deste GT como uma instância de debates para partilhar, dentro da CUT, os problemas de habitação, saneamento, transportes e vários outros de interesse do trabalhador.
Ângelo Arruda, presidente da Federação Nacional dos Arquitetos – FNA e conselheiro no Conselho das Cidades, expôs o acumulo das contribuições sobre os objetivos e tarefas do GT de Desenvolvimento Urbano consolidado em um documento que será apresentado a Direção Nacional da CUT. Carlos Henrique de Oliveira, diretor executivo da CUT e membro do Conselho das Cidades, reafirmou a importância do GT como “porta de entrada” do conteúdo dos debates de interesses dos trabalhadores para dentro da CUT.
Ao final, todos os presentes foram unânimes em manifestar preocupação com as iniciativas de introdução no Ministério das Cidades da velha prática política do “balcão de negócios” em detrimento ao debate democrático dos problemas das cidades brasileiras e das soluções contrárias a lógica da desigualdade e exclusão urbana.
Por CUT-Escritório de Brasília.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.