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Por 19:28 Sem categoria

Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores bancários na CAIXA deverá ter a segunda parcela paga na próxima semana

PLR: Caixa deverá pagar segunda parcela na próxima semana

Ocorreu hoje, dia 29, rodada de negociação entra a Contraf-CUT e a Caixa. A principal novidade para os bancários é o anúncio do pagamento da segunda parcela da PLR, que ocorrerá possivelmente na próxima semana.

Os negociadores da Caixa disseram que a empresa recebeu a correspondência enviada pela Contraf-CUT pedindo o pagamento e acatou a reivindicação dos representantes dos trabalhadores. Os trabalhadores não comissionados receberão R$ 1.640,00, enquanto os que ocupam cargo de comissão receberão R$ 1.745,14.

Outro ponto importante discutido na reunião foi a entrada na Funcef dos antigos funcionários que possuem complementação de aposentadoria ainda pelo PMPP (Plano de Melhoria de Pensões e Proventos). Depois de muita luta, o Ministério da Fazenda autorizou a mudança. O acordo entre a Funcef e a Caixa deverá ser assinado entre os dias 4 e 6 de março.

O processo do PMPP cuja assinatura do contrato Caixa /Funcef ora autorizada pelo Ministério da Fazenda, teve o apoio incondicional de toda a categoria (ativos e aposentados), bem como o apoio da presidenta da Caixa, do presidente da Funcef eo valioso apoio do pesidente Lula. Podemos resumir no seguinte: trata-se de verdadeiro resgate da cidadania”, Décio Carvalho, representante dos aposentados na CEE Caixa.

PCS

Apesar da grande expectativa gerada emtorno do tema, a Caixa não apresentou nenhuma novidade para o PCS. Assim, os membros presentes da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa da Contraf-CUT (CEE Caixa) fizeram algumas considerações sobre a proposta apresentada no dia 20/12/07, reafirmando que não admitirão nenhuma vinculação do PCS com a obrigatoriedade de adesão ao saldamento do Reg/Replan e ao Novo Plano da Funcef.

Os representantes dos trabalhadores afirmaram também que a proposta da Caixa de pagar os R$ 30 relativos à campanha salarial de 2004 aos empregados que ganhavam na época mais de R$ 1500 de forma linear antes da eventual migração para a nova tabela está em desacordo com o que foi negociado na última Campanha Nacional dos Bancários. À época, o acordo foi pela incorporação desse valor como índice de correção no teto (referência 95 do PCS antigo). Ao mesmo tempo, a CEE Caixas manifestou que, embora a incorporação da Vantagem Pessoal por Tempo de Serviço – correspondente a 1/12 do salário padrão – represente um teto maior, em contrapartida, vai representar para os empregados antigos uma diminuição nos ganhos em relação ao que foi negociado na Campanha 2007.

Os sindicalistas cobraram do banco a negociação sobre os critérios de promoção por merecimento e sobre a quantidade de níveis que serão adotados na nova tabela do PCS. A Caixa informou que ainda não tem posição a respeito dos dois assuntos e que deverá discutir os dois temas com o DEST (Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais) na primeira quinzena de março. Nessa reunião, o banco colocará os pontos já negociados, os pontos de discordância entre empresa e trabalhadores e ouvirá a posição do DEST. Depois disso, nova negociação será marcada, provavelmente na 2ª quinzena de março.

Empregos

Os bancários cobraram posição da Caixa em relação à destituição de cargo de gestores que possuem ação judicial contra o banco.

A Contraf-CUT enviou uma notificação extrajudicial para a Caixa cobrando o fim do da prática. Os negociadores afirmaram que essa não é a diretriz da empresa. “Se isso de fato não é a política da Caixa, algo estranho está ocorrendo, uma vez que atitudes desse tipo foram tomadas na própria Matriz do banco”, afirma Plínio Pavão, coordenador da CEE Caixa. “Esse é um problema sério e que precisa ser investigado. Uma vez constatado que isso ocorreu, a Caixa deve restituir os cargos aos empregados vitimas desse processo”, conclui.

Outra questão abordada na mesa que está sendo adotada de forma generalizada no país foi a prática de impedir a entrada dos clientes na agencia, obrigando-os a fazer suas operações em casas lotéricas e outros correspondentes bancários. Em São Paulo, relataram os representantes dos bancários, está sendo ministrado um curso de “auto-atendimento”, em que os instrutores orientam explicitamente os funcionários a não deixarem os clientes entrarem na agência. Outro exemplo gritante ocorre em Recife, onde várias agências estão colocando cartazes orientando os clientes a realizar operações inferiores a R$ 1 mil fora da agência. Os negociadores novamente dizem não se tratar de orientação da empresa. Assim, vão verificar os fatos relatados e orientar as áreas responsáveis para que essa prática seja alterada.

A CEE Caixa questionou ainda o banco sobre as alterações no RH 031 – normativo que disciplina a cessão de empregados para exercerem cargos eletivos (prefeito, vereador, deputado etc.). Antes, o bancário tinha liberdade para exercer seu mandato, com garantia de retomar seu posto de trabalho na Caixa após o término mantendo a contagem de tempo de serviço e o vínculo com o Saúde Caixa, por exemplo. A nova resolução o desvincula totalmente do banco, perdendo esses e outros direitos. “É uma orientação que vai contra o direito de seus empregados de participarem diretamente da vida política do país, o que também beneficia a empresa, que terá representantes para defender seus interesses de banco público e seus funcionários”, avalia Plínio. “Nedson Micheleti, prefeito de Londrina, e Wellington Dias, governador do Piauí, são exemplos desses cidadãos, bem como muito outros deputados, vereadores e outros em todo o país”, sustenta. Os representantes da Caixa concordaram, mas disseram não ter informações sobre o tema e que iriam se inteirar junto à área gestora (Geret) e dariam um retorno em breve.

Os bancários apresentaram também a avaliação da Contraf de que o processo de contratação de pessoal está muito lento. Uma prova disso é que o banco não cumpriu o item negociado na campanha de contratar três mil novos funcionários em 2007. A Caixa alegou que o ritmo lento das contratações se deve ao fato de o banco estar fazendo alterações nas estruturas da retaguarda das agências. As contratações só serão aceleradas novamente quando essas mudanças estiverem definidas.

Enquanto isso, os trabalhadores estão mobilizados na campanha “Mais empregados para a Caixa – Mais Caixa para o Brasil”. “É preciso agilizar esse processo, para desafogar os trabalhadores. A Caixa teve um aumento de suas atribuições, como o Bolsa Família e outros programas do governo federal, mas não de seu quadro funcional”, analisa Plínio. “As duas mil vagas que estão autorizadas são destinadas para a substituição de mão de obra terceirizada nas retaguardas. Isso é um avanço, mas o número total de funcionários se manteve o mesmo”, sustenta.

Outro ponto abordado foi o desconto dos dias da greve feita pelos bancários em Belo Horizonte, Bahia e Sergipe. Os sindicalistas reafirmaram sua inconformidade com os termos da CI que a Caixa divulgou dizendo que o desconto dos dias parados estava negociado com a representação dos bancários. O banco reconheceu que a informação esta equivocada e disse que lançará uma correção do comunicado. A representação dos bancários questionou o fato de a falta ter sido considerada injustificada, o que causou o desconto do fim de semana. Os negociadores do banco afirmaram que irão consultar o departamento jurídico da empresa sobre o tema.

Os bancários também cobraram da Caixa uma posição sobre o pagamento da 13ª cesta para os aposentados que recebem o beneficio por força de sentença judicial. A Caixa está fazendo o levantamento das sentenças para avaliar se o pagamento é devido. Caso seja contatado que uma ação prevê o pagamento do benefício, a cesta será paga retroativamente.

Por fim, os bancários solicitaram à Caixa que paute próxima reunião a retomada do debate do SIPON (sistema de ponto eletrônico da Caixa), que está estagnado. “É um tema importante no qual precisamos avançar”, sustenta Plínio.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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