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Centrais sindicais se unem na defesa de diminuição de jornada de trabalho sem redução de salários

São Paulo – Em defesa de uma pauta unificada que reivindica, principalmente, a diminuição da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução dos salários, as duas maiores centrais sindicais do país – a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – reuniram hoje (1), em São Paulo e em vários pontos do estado, milhares de trabalhadores em diversos eventos, com shows musicais, discursos e sorteios de prêmios.

Pela manhã, na comemoração organizada pela Força Sindical, na praça Campo de Bagatelle, na zona norte, compareceram os ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e do Turismo, Marta Suplicy, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Em discursos e entrevistas, eles foram unânimes em observar que o Brasil tem evoluído na oferta e em melhores condições de trabalho. Lupi salientou o resultado do primeiro trimestre em que que foram criados 550 mil postos de trabalho. “O Brasil avança [na oferta e condições melhores de trabalho] e está gerando aumento real [de salários] para todas as categorias”, disse o ministro.

Na avaliação de Lupi, o fato de o Brasil ter elevado a sua classificação quanto ao grau de investimentos, deve favorecer ainda mais o aumento na oferta de postos de trabalho. Questionado sobre o suposto envolvimento do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, no esquema de desvio de recursos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), investigado pela Polícia Federal na Operação Santa Tereza, o ministro Carlos Lupi defendeu o líder sindical e deputado federal. Ele ressalvou que “nós não podemos transformar esse processo, que ainda está sendo investigado, em tribunal de inquisição”. Para o ministro, no processo democrático “deve-se dar o mais amplo direito de defesa”.

A ministra Marta Suplicy recebeu vaias da platéia, mas considerou um comportamento normal, praticado por um pequeno grupo. “Não dá para ir a um evento desse porte e não ter algumas pessoas que vaiam. Isso é normal”, disse ela, justificando ter comparecido ao ato a convite da Força Sindical.

Arlindo Chinaglia selecionou alguns indicadores para ilustrar o quanto o país cresceu na questão do trabalho, como o dado comparativo na taxa de desemprego. “Tivemos em março taxa de desemprego de 8,3%, a menor desde que começou a ser medida, e que, em 2002, era de 13%”. Além disso, lembrou que quase a metade dos trabalhadores (48%) tem hoje carteira de trabalho assinada e que o salário mínimo de R$ 415,00 ou US$ 245 “é o de maior poder de compra dos últimos 30 anos”.

Paulo Pereira da Silva disse que, em todos os anos, no Dia do Trabalho, as centrais sindicais acabam realizando manifestações com temas diversos e distintos uma das outras. Mas neste ano, todos estão focados na defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salário, além da ratificação das convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT): a 151, que garante negociações e greve dos servidores públicos, e a 158, que garante empregos ao setor privado. Ele anunciou que, no próximo dia 28, será realizado o dia nacional de manifestações em favor dessas medidas.

Por Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil.

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CUT pede participação de Lula em abaixo-assinado para reduzir jornada de trabalho

Brasília – O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, pediu hoje (14/02) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que participe do abaixo-assinado que as centrais sindicais estão fazendo em favor da redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários.

O pedido foi feito durante a solenidade de assinatura da mensagem presidencial que encaminhou ao Congresso Nacional duas convenções da OIT sobre direitos trabalhistas. Henrique entregou uma cópia para o presidente assinar, mas Lula apenas leu o documento e entregou a um de seus assessores.

O presidente da CUT disse que a idéia de fazer um abaixo-assinado foi do presidente Lula. Segundo ele, durante uma reunião no Palácio do Planalto, Lula deu um “puxão de orelha” e sugeriu que as centrais sindicais fizessem “uma grande campanha para arrecadar assinaturas pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários”.

Em seu pronunciamento, Lula disse que a iniciativa de propor a redução deve ser das entidades sindicais. “Se fosse apenas uma proposta do governo, iria se transformar em um embate entre o governo e a oposição e muitas vezes o povo ficaria alheio, assistindo aos discursos”, disse.

Lula defendeu que os avanços da modernidade devem significar não apenas um aumento de produtividade ou de rentabilidade, mas também um aumento das horas de lazer do trabalhador.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, também pediu a ajuda de Lula para a proposta. “Eu sei que o senhor não vai assinar, mas pode ajudar muito a reduzir a jornada de trabalho no Brasil”, disse.

Por Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil.

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Trabalhadores devem se fortalecer para ampliar conquistas, diz presidente da CUT

Rio de Janeiro – A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado do Rio de Janeiro, Neuza Luzia Pinto, afirmou hoje (1º) que o maior número de empregos com carteira assinada e a política de valorização do salário mínimo – que, para ela, ainda está longe do valor desejado – são avanços que justificam a comemoração pelo Dia do Trabalho.

A sindicalista salientou, entretanto, a necessidade de os trabalhadores se unirem e se fortalecerem para avançar mais nessas conquistas. “Por isso é que a palavra de ordem da CUT este ano é a redução da jornada de trabalho”, ressaltou.

Neuza Luzia Pinto disse que a entidade está engajada numa campanha que pretende reunir um milhão de assinaturas para entregar ao Congresso Nacional, reivindicando a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas. “E em dois anos reduzir para 36 horas. Para nós, além de garantir qualidade de vida para o trabalhador, isso também garante aumento do número de empregos”, observou.

A sindicalista destacou que a entidade não aceitará nenhuma revisão da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que venha a retirar direitos dos trabalhadores. “Nós já dissemos ao governo que não aceitaremos nenhuma revisão das leis trabalhistas que venha a retirar direitos. Só admitimos discutir qualquer revisão da CLT para ampliar direitos.”

A campanha pela redução da jornada está inserida, segundo ela, no movimento pela garantia dos direitos trabalhistas. “Isso é mais um alerta para a classe. Na nossa avaliação, o momento é de avançarmos em termos ofensivos. Não esperar que o governo sinalize com propostas que venham a nos colocar na defensiva.”

A CUT/RJ realiza esta tarde, na Lapa, no centro da cidade, um evento com a participação de músicos, lideranças sindicais e parlamentares em comemoração ao Dia do Trabalho.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil.

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