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Preço dos alimentos é principal tema da Conferência da FAO

Roma – A crise dos preços dos alimentos no mundo será o principal tema da Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia, que começa terça-feira (3) em Roma (Itália). Na agenda, discussões sobre a alta dos preços dos alimentos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou hoje (31) a Roma para participar do encontro. Na cerimônia de abertura, ele fará um discurso em defesa dos biocombustíveis, apontado como um dos vilões por alguns países na alta dos preços dos alimentos.

Para o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea), Renato Maluf, a alta do preço do petróleo pode ser apontada como um dos principais responsáveis pela crise alimentar mundial. “Faz parte dessa crise a mais do que duplicação do preço do petróleo. Ele encarece os fertilizantes e, como determina fretes, impacta no preço diretamente”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Maluf afirmou que os Estados Unidos e a União Européia têm de assumir sua responsabilidade na questão. E culpou os subsídios agrícolas pagos por esses países pela dificuldade dos países pobres em competir igualmente com os agricultores europeus e americanos.

“Os Estados Unidos e a Europa, durante décadas, exportaram alimentos a preços subsidiados, desestimulando e comprometendo a produção num grande número de países. Hoje, esses países viraram importadores, quando poderiam muito bem ter produção suficiente para exportar. Estão pagando o preço desse modelo global”, disse.

Para ele, nesse sentido, há sim uma responsabilidade das políticas adotadas pelos Estados Unidos e União Européia. “É a posição deles que determina o tipo de acordo que se faz na Organização Mundial do Comércio (OMC)”, completou.

O encontro da FAO, que termina na quinta-feira (5), reunirá mais de 30 países em torno do tema.

Por Priscilla Mazenotti – Enviada especial.

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ONU alerta que preços dos alimentos devem continuar altos

Brasília – Um relatório divulgado hoje (22) pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alerta que os preços dos alimentos no mundo devem continuar altos. A informação é da BBC Brasil.

O estudo mostra que uma das conseqüências é que, pela primeira vez, o custo total de importação de alimentos globalmente deve passar de US$ 1 trilhão.

Os países pobres que importam mais alimentos do que exportam serão os mais afetados, já que devem ter de pagar quase US$ 170 bilhões neste ano para importar esses produtos, um aumento de 40% em relação ao ano passado.

Segundo o relatório, embora os preços tenham caído um pouco nas últimas semanas, o aumento na demanda e a necessidade de repor estoques devem fazer com que os preços se mantenham elevados.

“Comida não é mais um produto barato como no passado. O aumento no preço dos alimentos deve fazer com que os níveis inaceitáveis de privações sofridos por 854 milhões de pessoas piorem ainda mais”, disse o diretor-geral assistente da FAO, Hafez Ghanem.

Por outro lado, o estudo indica que também há sinais encorajadores. Os preços altos levaram a um aumento na produção de alguns alimentos e, por isso, as próximas colheitas devem ser boas. No caso do trigo, por exemplo, a FAO prevê um aumento de quase 9%.

O organismo internacional também afirma que o mundo está melhor preparado para lidar com uma crise global de alimentos. Mas o cultivo voltado para a produção de biocombustíveis deve impedir que a produção de alguns alimentos também aumente.

A produção de carne deve aumentar, apesar do custo alto para alimentar animais nas fazendas. Isso porque a demanda por carne vem aumentando rapidamente à medida que a renda da população em países em desenvolvimento aumenta.

Por Agência Brasil.

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Modelo brasileiro de produção e uso de bioenergia deve ser seguido, afirma diretor da ONU

Foz do Iguaçu, Paraná – A forma como o Brasil desenvolve e usa os biocombustíveis deve ser seguida por outros países, na avaliação do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), Kandeh Yumkella. Natural de Serra Leoa, ele atua na sede da Onudi em Viena, na Áustria, e passou quatro dias em Foz do Iguaçu para participar do Fórum Global de Energias Renováveis.

Em entrevista à Agência Brasil, Yumkella disse que é preciso ter cuidado para não generalizar a análise sobre os efeitos dos biocombustíveis na produção de alimentos. Segundo ele, cada país deve observar a sua realidade, levando em conta a sustentabilidade da produção de alimentos.

“Esse é o tipo de diálogo aberto que devemos ter, em vez de acreditar que todas as formas de bioenergia são ruins, que é um perigo para a comida, não é verdade”, disse. Ele acredita que exista relação entre a produção de bioenergia e o preço dos alimentos, mas afirma que o Brasil encontrou formas de fazer um balanço entre os estoques e a produção de combustíveis, além de prestar atenção nos impactos ambientais.

“Este é o modelo para o qual devemos olhar. Vocês sempre investiram em produção de alimentos e agronegócios ao mesmo tempo em que estavam desenvolvendo o setor de bioenergia. O modelo de vocês foi muito eficaz”, afirma.

Para Yumkella, o Brasil pode ajudar outros países com experiência e treinamento na área de energias renováveis e o conhecimento brasileiro neste setor poderia ser explorado economicamente. “O Brasil deveria ver alguns países da América Latina e da África como lugares nos quais é possível aplicar algumas dessas idéias comercialmente”, disse.

Yumkella disse que saiu “inspirado e encorajado” do Fórum Global de Energias Renováveis, por ver que existem muitas possibilidades e que vários países já têm planos nesta área. Ele defende, no entanto, que os governos invistam mais neste setor para que as pesquisas sejam melhor desenvolvidas e, em conseqüência, haja uma redução nos preços.

Ele destacou a forma como o Brasil integra a produção de energias renováveis com a comunidade agrícola e disse que os investimentos feitos para o desenvolvimento do etanol poderiam ser estendidos para outras fontes, como a biomassa.

Por Sabrina Craide – Enviada Especial. A repórter viajou a convite da Itaipu Binacional.

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