A construção de estratégias para reduzir desigualdades econômicas, raciais e de gênero está entre as diretrizes aprovadas por cerca de 400 representantes de movimentos populares de 17 estados brasileiros durante o 4° Congresso da Central de Movimentos Populares (CMP).
De acordo com a representante da direção nacional da CMP, Roseli Macedo, “o papel estratégico dos movimentos populares na construção do socialismo” foi o eixo principal das discussões durante a reunião.
“A construção do socialismo não se faz apenas com uma grande revolução. Com um trabalho de base, você está pouco a pouco minando o sistema vigente e construindo outro, menos desigual. O sistema capitalista se nutre de diferença – se você luta contra elas, já está colaborando para outra visão”, afirmou Roseli.
Segundo ela, o resultado da reunião dará origem a uma “tese básica” que orientará a atuação da Central de Movimentos Populares nos próximos anos e indicará posicionamentos sobre questões raciais, de gênero, juventude, cultura, pessoas com deficiência, saúde, moradia, meio ambiente, comunicação popular e economia solidária.
“Fizemos uma leitura geral da conjuntura, tanto nacional quanto internacional, além de uma rediscussão das pautas da CMP. Reafirmamos nosso eixo de luta, que é de políticas públicas com participação popular”, apontou.
O próximo congresso da CMP deve ser realizado daqui a quatro anos. A articulação reúne movimentos como o dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), o dos Atingidos por Barragem (MAB), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Rede de Educação Cidadã.
Por Agência Brasil.
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