A Central Única dos Trabalhadores, a maior Central Sindical da América Latina, comemora hoje 25 anos de luta, conquistas e de organização dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A história da CUT foi escrita por muitas mãos de homens e mulheres que ousaram vislumbrar, para além dos muros das fábricas, uma sociedade justa, solidária e socialista para todos e todas. A CUT surge como instrumento de luta e resistência ao Estado de exceção instalado em nosso país, um Estado repressor e que restringia e violava direitos fundamentais do seu povo. Nesse contexto, a organização sindical e social teve papel fundamental no processo de redemocratização do país, buscando alterar as relações entre Estado e sociedade civil e procurando combater a política econômica e salarial do governo militar que aprofundava as desigualdades sociais e o desemprego.
Desde sua fundação, a CUT defende bandeiras que vão além da luta em defesa de relações de trabalho justas e dignas, das liberdades de organização, pelo fim das intervenções nos sindicatos e pela autonomia sindical. Integrou movimentos organizados de fundamental importância para a transformação social, como a campanha pelas Diretas Já, a Constituinte, campanha pelo impeachment de Collor, combate à corrupção, entre tantos outros.
Mesmo hoje, em um ambiente político e institucional, no qual as liberdades organizativas e de participação social estão garantidas constitucionalmente, continuou sua política de consolidação de sua autonomia e independência em relação aos governos e se fortalece ainda mais com a regulamentação das centrais sindicais brasileiras, aprovado pelo Congresso em março de 2008.
Neste ano de 2008, a Central Única dos trabalhadores, além de ter muito o que comemorar, deseja que seu protagonismo se fortaleça ainda mais, consolidando-se como ator fundamental na disputa política acerca do projeto de desenvolvimento do país.
Desta forma, queremos saudar e homenagear os trabalhadores e trabalhadoras que escreveram a história da CUT, assim como aqueles que continuam nesta tarefa de consolidação e fortalecimento da Central frente aos novos desafios sociais. Esperamos que o saldo das lutas que produziram avanços importantes para a classe trabalhadora e para o conjunto da sociedade, revigore-nos para seguirmos adiante, na busca da concretização do sonho de um país justo e solidário, para todos e todas.
Por Celso Woyciechowski, presidente da CUT-RS.
ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.