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Presidente do banco Santander vem passear no Brasil e topa com protestos dos trabalhadores bancários

Trabalhadores exigem do presidente mundial do Grupo Santander a manutenção dos empregos e dos direitos durante fusão com o Real

São Paulo – Os trabalhadores deram um grande recado ao presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín que está em São Paulo. Na manhã desta sexta-feira, dia 31, o Sindicato realizou protestos no Centro Administrativo Santander (Casas 1, 2, 3 e 4) a na matriz do Real na Avenida Paulista.

Botin está no Brasil para acompanhar a última prova da temporada de Formula 1, que acontece no autódromo de Interlagos. Em sua agenda também estão previstas reuniões com executivos no país para anunciar um “plano estratégico” para a empresa.

“Qualquer plano estratégico deve incluir contratação de novos funcionários nas muitas áreas onde falta pessoal. Não caberia e não vamos aceitar qualquer menção a demissões neste momento. Estamos nos mobilizando para acompanhar todos os passos de Botín aqui em São Paulo”, destaca o diretor do Sindicato Mario Raia, que é funcionário do Santander.

Matriz – A manifestação na matriz do Real, localizada na Avenida Paulista, começou por volta das 7h30 da manhã e seguiu até as 10h. Os trabalhadores atrasaram a entrada para ouvir os dirigentes do Sindicato esclarecerem a importância da participação de todos na luta pela preservação do emprego e pelo tratamento igual entre bancários da Espanha e do Brasil durante o processo de fusão com o Santander. Para tal, foram enfatizadas as paralisações espontâneas feitas pelos funcionários do Call Center, do Majolão e da Aymoré durante a greve de outubro.

“O resultado do Santander no terceiro trimestre deste ano mostra que isso é perfeitamente viável”, diz o diretor do Sindicato e funcionário do Real Marcelo Gonçalves. “O lucro do banco espanhol no Brasil cresceu 7,1%, passou dos R$ 2 bilhões e, mais uma vez, o país foi o destaque da América Latina”, completa.

Hit – Muitos bancários da matriz também afirmaram que ouviram o spot de rádio produzido pelo Sindicato cobrando Emílio Botín respeito aos trabalhadores durante o processo de fusão. Apesar do sucesso, a rádio CBN retirou o spot do ar após aceitar pressão imposta pelo banco.

Aditivo – Também nesta sexta, às 15h, ocorre a primeira rodada de negociações com o Santander para discutir a renovação do acordo aditivo específico à Convenção Coletiva de Trabalho, quando estarão em discussão o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR), a renovação automática do atual aditivo com melhoria da bolsa educação e no horário amamentação para as bancárias com filho recém nascido, além de inclusão do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) proporcional ao período trabalhado para quem se aposentar em 2008, isonomia salarial para corrigir as distorções salariais para mesmas funções e garantia de emprego. O Sindicato cobra que todo o novo aditivo seja extensivo aos trabalhadores do Real.

Por Elisangela Cordeiro e André Rossi – 31/10/2008.

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Santander pressiona e CBN suspende comunicado de bancários

Propaganda retirada à tarde foi ao ar pela manhã e falava de empregos ao presidente do grupo que está no Brasil

São Paulo – Após pressão da direção do Grupo Santander Brasil, a rádio CBN suspendeu a veiculação de comunicado de rádio de campanha em defesa dos empregos dos bancários do Santander e do Real.

O “spot” aos brasileiros é de autoria do Sindicato, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações estaduais de bancários (Fetecs) e da Associação dos Funcionários do Santander Banespa (Afubesp).

O contrato previa a veiculação de 10 inserções nesta sexta-feira, 31 de outubro, mas apenas metade delas foi ao ar. As entidades consideram a suspensão um ato de censura à liberdade de expressão dos trabalhadores. “Os bancários contrataram a propaganda para dar um recado ao presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín, que está no Brasil. Queremos respeito aos nossos direitos e empregos”, diz o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Hoje, além da campanha de mídia, os bancários do Grupo Santander Brasil atrasaram o início dos trabalhos nos Centros Administrativos do Santander, em Santo Amaro, e na matriz do Banco Real, na Avenida Paulista. Uma carta aberta contra as “botinadas” do banco também foi distribuída durante os protesto realizados nesta manhã.

Segue abaixo na integra texto de spot suspenso.

“Comunicado aos brasileiros

O presidente mundial do banco Santander, que também controla o Banco Real, vem para a Fórmula 1 torcer contra o piloto brasileiro.

Anuncia um plano estratégico de fusão, que prevê milhares de demissões.
Os lucros astronômicos vão para a Espanha, e por aqui ficam o
desrespeito aos clientes e as demissões.

Exigimos respeito ao Brasil e aos brasileiros.”

Comunicado de responsabilidade do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Afubesp, Fetecs-Contraf-CUT.

Por Elisangela Cordeiro – 31/10/2008.

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Botín fala de tudo, menos de empregos

Planos ambiciosos e elogios ao Brasil não vieram acompanhados de boas notícias sobre geração de postos de trabalho

São Paulo – O presidente mundial do Santander, Emilio Botín, anunciou nesta sexta-feira, dia 31, planos ambiciosos para o Grupo Santander Brasil (formado pelos bancos Santander e Real) nos próximos anos: investimentos de R$ 2,5 bilhões, abertura de 400 agências, crescimento de 15% nas receitas e volumes de negócios em dois anos e previsões otimistas de crescimento nos lucros: R$ 4,8 bilhões em 2008, R$ 6,1 bilhões em 2009 e R$ 7,9 bilhões em 2010. Seu objetivo, repetido mais de uma vez, é tornar o Santander “o banco privado número um do Brasil”.

Mas e a geração de empregos? Nenhuma palavra sobre eles em sua apresentação. Já Fábio Barbosa, presidente do Grupo Santander Brasil, quando questionado sobre o assunto, disse que não há previsão de demissões no Brasil, mas também não anunciou contratações. “A intenção de investir tanto e abrir tantas agências é muito boa, mas não concebemos isso sem o anúncio de uma quantidade compatível de contratações”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

A expectativa do dirigente foi reforçada com as declarações de Botín, segundo as quais a fusão “tem um encaixe estratégico perfeito”, uma vez que “são dois bancos absolutamente complementares”, por conta da distribuição geográfica e pelo fato de o “Real estar mais focado em um mercado de massa e pequenos negócios, enquanto o Santander o é em segmentos de rendas altas e bancos de empresas”.

“São declarações positivas, mas que devem ser seguidas com atitudes que mostrem que isso não é apenas discurso bonito para a imprensa”, disse Marcolino.

Por Danilo Pretti Di Giorgi – 31/10/2008.

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Barbosa quer ser líder em contratação

Presidente do Sindicato espera que bancos brasileiros comecem a disputa para ver quem contrata mais

São Paulo – Num mega-evento para a imprensa, com estrutura de alto nível e dezenas de assessores de um lado para o outro cuidando para que tudo desse certo e funcionasse na mais perfeita ordem, o presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín, e o presidente do Santander Brasil, Fabio Barbosa, anunciaram nesta sexta, 31, planos ambiciosos para o futuro do grupo no Brasil, com planos de lucros crescentes nos próximos três anos.

Mas a maior surpresa para os bancários estava reservada para o momento em que Barbosa concluiu sua longa e otimista explanação, afirmando que o banco será, em breve, o melhor do Brasil, ancorado em quatro pilares, nos quais pretende ser líder de mercado: líder em receitas e rentabilidade, líder em qualidade, líder em reconhecimento da marca e, para alegria dos funcionários e dos desempregados brasileiros, líder de mercado em contratação.

“Num momento em que temos entre nossas maiores preocupações a possibilidade de demissões no Real e no Santander devido à fusão dos bancos, nos deixa muito felizes saber que o Fabio Barbosa vai lutar para ser líder em contratação. Ainda mais para quem vivenciou o que aconteceu quando o banco espanhol comprou o Banespa, com milhares de pais e mães de família sendo demitidos. Na verdade seria muito bom para todos se os bancos começassem mesmo a disputar, não apenas para ver quem tem os maiores lucros e a maior rentabilidade, mas para ver quem contrata mais e cria mais empregos, realizando na prática a tão divulgada responsabilidade social que a gente tanto vê nos comerciais na televisão e que muitas vezes não chega ao mundo real”, afirmou o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Por Danilo Pretti Di Giorgi – 31/10/2008.

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Barbosa quer reduzir retaguarda e reforçar comercial

Presidente do Sindicato questiona como será possível realizar a redistribuição de funções sem sobrecarregar o chamado back office

São Paulo – Quando questionado sobre a possibilidade de demissões no Brasil por conta da fusão entre o Santander e o Real, o presidente do Grupo Santander Brasil, Fabio Barbosa, afirmou que a manutenção dos níveis de emprego será garantida por um plano que visa aumentar o número de trabalhadores na “rede comercial” do grupo. A declaração foi dada nesta sexta-feira, dia 31, durante coletiva à imprensa.

“Vamos transferir uma grande parcela de funcionários dos serviços de back office (retaguarda) para a rede comercial, de forma a aumentar nossa força de vendas”, disse o executivo. Hoje, 24% dos funcionários realizam serviços de retaguarda, enquanto os 76% restantes estão na rede comercial. Os planos apresentados à imprensa na tarde desta sexta-feira, 31, prevêem até 2010 uma mudança profunda nesta distribuição. A expectativa é que, no prazo de 24 meses, apenas 15% dos funcionários estejam atuando na retaguarda, com 85% do quadro dedicado a vender produtos.

“É difícil de entender quem vai estar lá para realizar os serviços de retaguarda quando tudo isso se concretizar”, questiona presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Ainda mais considerando os ambiciosos planos do banco para os próximos anos, com abertura de agências e novos investimentos, é um mistério compreender como essa redistribuição de funcionários vai ser realizada na prática. A não ser que eles pretendam aprofundar a sobrecarga de trabalho que já adoece tantos bancários, especialmente do Santander. E isso não vamos admitir. Vamos pedir uma reunião com o presidente do grupo para questioná-lo sobre estes pontos obscuros”, diz.

Por Danilo Pretti Di Giorgi – 31/10/2008

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Santander quer elevar fatia de mercado de 11% para 15% no Brasil

SÃO PAULO – O Santander aposta no congelamento dos custos e em um crescimento anual de 15% nas receitas para ganhar espaço no mercado brasileiro. Em visita ao Brasil, o presidente mundial do banco espanhol, Emilio Botín, revelou a intenção do Santander de aumentar sua fatia no mercado nacional dos atuais 11% para, pelo menos, algo em torno de 15%.

Além disso, o executivo se comprometeu a melhorar os resultados do banco no Brasil, mercado que representa hoje 20% dos lucros totais a instituição. De acordo com Botín, o lucro líquido das operações brasileiras deve somar R$ 4,8 bilhões neste ano. Para o ano que vem a meta é que atinja R$ 6,1 bilhões, chegando a R$ 7,9 bilhões em 2010.

Além de manter os custos estritamente controlados, o banco espera se beneficiar, nos próximos anos, de R$ 2,7 bilhões em sinergias referentes à incorporação do Banco Real. A idéia é que o processo de integração das operações siga ocorrendo em etapas até o final de 2010, quando é esperada a unificação das redes e das marcas dos dois bancos.

Nesse intervalo, o Santander deverá investir cerca de R$ 2,56 bilhões no país, boa parte em tecnologia da informação, segundo revelou o presidente da instituição no Brasil, Fabio Barbosa.

De seu lado, Botín demonstrou bastante entusiasmo com a operação brasileira, dizendo ser prioritária para a estratégia internacional do banco. “O Brasil é o presente e o futuro da América Latina, um país que não fez mais que começar a ocupar a posição que lhe corresponde na economia mundial”, afirmou o executivo.

A seu ver, o Brasil “está em uma situação privilegiada” no contexto da crise financeira internacional, tendo sido um dos últimos países afetados pela turbulência. Além da estabilidade econômica, o presidente do Santander destacou o crescimento da classe média brasileira, a qualidade do sistema financeiro e até as descobertas de petróleo na camada pré-sal.

A estimativa do banco para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009 é de um crescimento de 3,5%. Para os Estados Unidos, onde também tem operações, a projeção beira a estagnação, com crescimento de apenas 0,1%.

(Murillo Camarotto | Valor Online)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.valoronline.com.br.

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