fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 17:46 Sem categoria

Em defesa dos empregos e salários; CUT e Abimaq apresentarão proposta nesta sexta-feira, 30 de janeiro

CUT e Abimaq apresentam amanhã proposta de acordo para preservar empregos, salários e atividade produtiva

O presidente do Sistema ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, e o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, recebem a imprensa amanhã, sexta-feira, dia 30 de janeiro de 2009, às 13hs, para apresentar propostas de um amplo acordo que vai garantir os empregos e os salários do setor, e que envolvem redução temporária da carga tributária.

As negociações em torno do acordo que será apresentado amanhã apostam no estímulo aos investimentos produtivos atrelado à garantia do emprego como instrumento primordial no enfrentamento da crise.

O encontro será na sede da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que fica na Avenida Jabaquara, nº 2925 – 3º andar, capital paulista.

Estará presente à coletiva também o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Carlos Alberto Grana.

Com a apresentação dessas propostas de acordo setorial, a CUT acredita poder demonstrar, uma vez mais, que é possível construir alternativas para enfrentar a crise que não partam do princípio da demissão e da redução de salários. A opinião é do presidente da CUT, Artur Henrique.

“Nossa Central não participou de negociações recentes, propostas pela Fiesp e pela Força, não por ser recalcitrante, mas por ter compromisso com a luta da classe trabalhadora como protagonista do desenvolvimento e, portanto, credora dos resultados econômicos da nação”, diz Artur Henrique.

“Além desse princípio, que nos faz considerar acordo sem luta como algo inaceitável, há também a capacidade de pensar alternativas concretas, baseadas na análise dos números e da conjuntura, para saber que demissão ou redução de salário, tratados como questões urgentes, é puro escapismo de setores oportunistas que usam o temor da crise para demitir e, assim, ampliar ou manter taxas de lucros. Nós, por outro lado, achamos que só a manutenção dos empregos e dos salários é capaz de fazer o Brasil não só atravessar a crise, como crescer em 2009”, completa o presidente da CUT.

Outros exemplos – Na primeira quinzena de janeiro, a CUT do Estado do Amazonas participou de um acordo com o governo estadual e as empresas do setor de motos e de plásticos que garante, expressamente, a manutenção dos 42 mil empregos nos dois setores pelo prazo de três meses.

O acordo cobre todas as indústrias do setor na Zona Franca de Manaus. O acordo prevê redução da carga tributária pelos mesmos três meses. Lá, a isenção do ICMS subiu de 68% para 75%, o IPVA de carros e motos novos não será cobrado em 2009 e o governo ainda concedeu 25% de desconto na conta de energia elétrica das empresas. O acordo traz a cláusula de garantia de emprego e de manutenção dos salários. Após 90 dias, as três partes sentarão à mesa de novo para avaliar o acordo.

O presidente da CUT-AM, Waldemir Santana, aposta que, após os três meses do acordo, a atividade produtiva dos dois setores deve se reaquecer. Sobre a crítica de que a queda na arrecadação causada pelas isenções pode provocar desajustes nos serviços públicos, ele é taxativo: “Se houvesse demissões, que na primeira fase eram previstas na casa dos 3 mil, a queda de consumo e de arrecadação seria, aí sim, extremamente negativa”.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

=============================================

Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba entra com ação contra a Bosch

Brasília – O sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba entrou hoje (29) com uma ação no Ministério Público estadual contra a empresa Bosch. De acordo com o presidente do sindicato, Sérgio Butka, a empresa vem fazendo pressão para que os trabalhadores aceitem a proposta de redução de salário e de jornada de trabalho.

“A Bosch impõem essa proposta e não apresenta outra”, disse. “A Bosch não é uma empresa que está com problemas financeiros. Vamos discutir redução de salários com empresas que estão deficitárias”, acrescentou.

Butka disse ainda que a ação é para que o ministério público “faça uma intervenção [na negociação] e para averiguar a situação dos trabalhadores”.

Desde o ano passado, o sindicato e a empresa negociam um acordo trabalhista. De acordo com Butka, em média, um trabalhador da Bosch ganha entre R$ 1.200 e 1.500, caso o salário fosse reduzido como é proposto pela empresa, o valor ficaria em R$ 800.

A Bosch, por meio de um comunicado a imprensa, informou que a proposta foi feita aos trabalhadores por causa de uma “acentuada queda da demanda no mercado da indústria automobilística” e uma “redução significativa nos volumes de produção para o mercado interno e, principalmente, para exportação, quando comparado ao período anterior à instabilidade econômica”.

“A empresa considera que a redução da jornada de trabalho com redução de salário, prevista em lei, é a solução necessária para adequar o grau de ocupação de pessoal à demanda atual”, informa o comunicado de imprensa.

O comunicado diz ainda que a multinacional alemã se mantém aberta ao diálogo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande de Curitiba.

Por Roberta Lopes – Repórter da Agência Brasil.

=============================================

Funcionários de mais duas empresas em São Paulo aceitam reduções de jornada e salário

São Paulo – Funcionários da fábrica de autopeças Sabó, que fica na zona oeste da capital paulista, aceitaram há pouco, em assembléia, a proposta de acordo para redução de jornada, com diminuição de salário e garantia de emprego. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, a jornada de trabalho terá um dia a menos na semana e o salário será reduzido em 12%.

A assessoria de imprensa da Sabó informou que, caso a situação da empresa melhore, os dois mil funcionários, que participam do acordo, podem voltar a trabalhar normalmente e retomar o valor real do salário. A estabilidade no emprego valerá para o período em que o acordo vigorar, ou seja, três meses, mas que poderá ser antecipado se a situação econômica ou da empresa melhorar.

Esse é o segundo acordo desse tipo fechado hoje (29) em São Paulo. Pela manhã, os 2.799 funcionários da MWM Motores, localizada na zona sul da capital paulista, aceitaram reduzir a jornada em um dia por semana e o salário em 17,5%. O acordo vale por três meses e a estabilidade após esse prazo será de quatro meses e meio. Todos os benefícios foram mantidos e ficou acertado que o acordo não impactará nas férias e no 13º salário.

Ontem (28), os 800 trabalhadores da Valeo Sistemas Automotivos, localizada na zona sul, aprovaram a redução da jornada em um dia de trabalho por semana e de 15% no salário. O acordo também vale por três meses e garante estabilidade no emprego até 45 dias após o final deste prazo.

De acordo com a assessoria de imprensa do sindicato, 120 empresas procuraram a entidade para negociar acordos desse tipo. O sindicato está negociando com as fábricas e os trabalhadores.

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

Close