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Crise internacional evidencia importância da cooperação Sul-Sul

Em artigo publicado no jornal O Globo de quarta-feira (25/02), o deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) defende a cooperação Sul-Sul, um dos pontos centrais da política externa do governo Lula. Segundo ele, essa estratégia ajuda o Brasil até mesmo a atravessar a atual crise financeira e econômica internacional. Para Pellegrino, a “estratégia deve ser intensificada, sem prejuízo de parcerias com os países desenvolvidos”. Leia a íntegra do artigo:

“Ruptura de modelo”

A atual crise internacional evidencia a importância da estratégia de cooperação Sul-Sul, um dos pontos centrais da política externa do governo Lula. Não fosse a diversificação das parcerias econômicas e comerciais adotadas desde 2003, aliada a uma política econômica inovadora e responsável, o Brasil estaria numa situação calamitosa, como ocorreu no governo FHC. A estratégia deve ser intensificada, sem prejuízo de parcerias com os países desenvolvidos.

A nova conformação de poder mundial, na esteira da crise, permite antever a substituição ou transformação profunda dos mecanismos criados no pós- Segunda Guerra, como o FMI e Banco Mundial, o que vai assegurar aos países em desenvolvimento um novo papel. Os emergentes respondem hoje por 75% do crescimento mundial.

As críticas ao processo são ideológicas, baseadas em preconceitos que deviam estar sepultados: a aproximação do Brasil com países em desenvolvimento baseia-se num pragmatismo seguido até mesmo pelas nações desenvolvidas.

Devem ser desfeitos equívocos como a teoria do realismo periférico, que aumentou a vulnerabilidade dos países emergentes ao expô-los passivamente à espera de supostos benefícios da globalização. O governo Lula, ao romper com este modelo subserviente, conseguiu aumentar as exportações para os EUA e União Europeia acima da média mundial, e mais ainda para os países do Sul. Entre 2003 e 2006, nossas exportações para os países em desenvolvimento cresceram extraordinários 210%, contra 79% para os países desenvolvidos. No período, as exportações do país cresceram 128%, ante crescimento das exportações mundiais de 86%.

Portanto, é correta a estratégia de consolidar a integração sul-americana e a aproximação com outros parceiros até recentemente excluídos da prioridade de nossa diplomacia. Consolida-se uma efetiva parceria geoestratégica com os países emergentes. E mais: a consolidada cooperação Sul-Sul em diferentes foros pode agora garantir a participação de parcela expressiva da Humanidade nos processos de discussão e de tomada de decisão sobre o futuro do planeta.

Por NELSON PELLEGRINO, que é deputado federal pelo PT-BA.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.ptnacamara.org.br.

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