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Por 13:38 Sem categoria

Mídia empresarial inventa risco para facilitar multinacionais mamarem o pré-sal

Diz que as jazidas são duvidosas para que não seja defenestrada a lei do assalto ao petróleo

Nos últimos dias, a mídia entreguista se dedicou a uma campanha sobre o risco de não achar petróleo no pré-sal, as gigantescas jazidas descobertas pela Petrobrás, onde a empresa brasileira fez 11 perfurações e conseguiu achar petróleo em todas. O objetivo é manter a lei do petróleo do governo Fernando Henrique, que, sob o pretexto do risco, concede às multinacionais o petróleo que elas extraírem do nosso subsolo.

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A melhor síntese da campanha dos últimos dias sobre o pré-sal foi a do jornalista Paulo Henrique Amorim: “eles querem meter a mão no pré-sal”. E complementa: “querem tirar a Petrobrás do pré-sal”.

Primeiro, há algumas semanas, a Esso (aliás, ExxonMobil) anunciou que não encontrou petróleo no pré-sal – não em qualquer lugar do pré-sal, mas na bacia de Santos, área em que a Petrobrás fez 11 perfurações e estabeleceu 11 poços de petróleo, isto é, onde a Petrobrás encontrou petróleo em todas as perfurações que realizou no pré-sal.

TÉCNICA

É possível – talvez até provável – que o problema da Exxon seja incompetência. Não seria a primeira vez. A especialidade da velha Standard Oil dos Rockefeller jamais foi a proficiência técnica para descobrir petróleo. Seu negócio sempre foi arrancar petróleo de quem o descobriu. Tudo indica, portanto, que a Petrobrás estava com a razão ao declarar, sobre o poço da Exxon, que “é improvável a ocorrência de poços secos na área do pré-sal na bacia de Santos”. Tão improvável é essa ocorrência que a taxa de sucesso da Petrobrás nessa área é 100%. Só a Exxon é que conseguiu uma taxa de 0%.

Mas, depois que a Exxon anunciou sua extraordinária performance no pré-sal, apareceram na mídia os arautos dos “riscos” do pré-sal. Os gângsters da “Veja” foram os primeiros.

Se há algo que demonstra eloquentemente – poder-se-ia dizer: escandalosamente – a necessidade de mudar a atual lei do petróleo é a falta de risco na exploração do pré-sal. Toda a argumentação de Fernando Henrique & outros entreguistas para concederem lotes em que as multinacionais podem ficar com o petróleo que tiram do nosso subsolo, residia nos supostos riscos da prospecção e exploração de novas áreas. Eram tão grandes esses riscos que as multinacionais até hoje não acharam nova jazida alguma de petróleo, mesmo porque somente tomaram lotes em áreas que antes eram da Petrobrás.

Quem descobriu novas reservas, e gigantescas, foi, precisamente, a Petrobrás. Depois que esta encontrou os imensos reservatórios do pré-sal, que risco existe de não achar petróleo onde todos sabem que ele existe em quantidades colossais? Logo, a lei do petróleo tornou-se insustentável no pré-sal até do ponto de vista da argumentação dos entreguistas.

DADOS

Por isso, as multinacionais – e sua imprensa escrita, falada e televisada – descobriram que o grande negócio estava não em achar petróleo, mas, pelo contrário, em não achá-lo, em dizer que os riscos no pré-sal são tais que a lei do petróleo deve continuar exatamente como está.

Há alguns dias, a campanha foi irrigada por um artigo no jornal “Valor Econômico”, logo ecoado pelo resto da turma, onde se afirmava que 32% dos poços do pré-sal “são pouco viáveis”, número, segundo o jornal, descoberto no Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Até mesmo o poço de Corcovado 1 – que está jorrando desde abril – era dado como seco.

A ANP respondeu, sobre Corcovado, que “a informação que consta no sítio do BDEP, como sendo poço seco e sem indícios de petróleo, está equivocada”. Entretanto, não explicou como um poço que foi sensação em todo o mundo, no seu banco de dados, consta como “poço seco e sem indícios de petróleo”. Nós sugerimos que as autoridades peçam explicações ao responsável pelo banco de dados da ANP, sr. Nelson Narciso, ex-diretor da multinacional americana Halliburton. Certamente, ele saberá explicar.

A resposta da Petrobrás é mais esclarecedora: “A partir de 2006, quando as rochas carbonáticas do pré-sal foram efetivamente comprovadas como potenciais reservatórios para acumulações de petróleo, a Petrobras perfurou 11 poços na área central da Bacia de Santos tendo estes reservatórios como objetivos principais. Todos estes poços resultaram em descobertas (taxa de sucesso de 100%)”.

Portanto, a taxa de 100% foi obtida “a partir de 2006”, quando o pré-sal foi comprovado como potencial reservatório de petróleo. Naturalmente, uma taxa de sucesso no pré-sal não poderia ser obtida antes que os reservatórios de petróleo do pré-sal fossem comprovados, pelo menos potencialmente.

Mas a realidade nunca foi obstáculo para que essa mídia exercesse sua patogênica função. Portanto, a nota da Petrobrás foi propalada como a admissão de que o pré-sal é cheio de riscos. Apegaram-se, para isso, a outro trecho da nota: “conforme divulgado no Form-20F (Relatório Anual da SEC) até o final de 2008 foram perfurados 30 poços na região do pré-sal (….) tendo sido obtida uma taxa de sucesso de 87% na comprovação de presença de hidrocarbonetos” (grifo nosso).

Uma taxa de sucesso de 87% é uma tremenda taxa de sucesso, muito acima da média internacional de 12%. Mas, para a mídia das multinacionais, isso mostra os riscos do pré-sal… Porém, não há aqui apenas ridículo – na verdade, eles estão falsificando os fatos a que a Petrobrás se refere.

CAMPANHA

A SEC, citada pela Petrobrás, é a U.S. Securities and Exchange Commission, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que tem a mesma função da CVM daqui: fiscalizar as bolsas de valores. Como a Petrobrás, por obra e graça do governo Fernando Henrique, tem ações negociadas na Bolsa de Nova Iorque, é obrigada a enviar relatórios periódicos para a SEC – o “Form-20F”, também citado pela Petrobrás, é um deles, usado pelas companhias petrolíferas para divulgar internacionalmente suas descobertas e reservas (cf. o trabalho do diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Guilherme Estrella, “A Política de Divulgação de Reservas da Petrobras”).

No relatório da Petrobrás dirigido à SEC, pode-se ler: “Nos últimos anos, focamos nossos esforços de exploração marítima nas reservas do pré-sal (….). Nós perfuramos 30 poços nesta área desde 2005, sendo que 87% destes produziram descobertas de recursos de hidrocarboneto” (“Form 20-F 2008”, pág. 33).

Em suma, os 87% de sucesso correspondem aos poços perfurados depois da comprovação do pré-sal, somados aos que foram perfurados antes desta comprovação, isto é, antes de 2006, ano em que a potencialidade do pré-sal foi comprovada. A partir de 2006, os 11 poços perfurados pela Petrobrás no pré-sal da bacia de Santos foram bem sucedidos. A taxa de sucesso, portanto, depois de comprovados os reservatórios do pré-sal, não é de 87% – passou a 100%.

Os 87% propalados pela mídia não são a taxa de sucesso da Petrobrás no pré-sal, e sim a dos poços perfurados antes e depois que as reservas do pré-sal fossem comprovadas, isto é, incluindo as perfurações realizadas quando a Petrobrás estava tateando as reservas do pré-sal, sem ainda comprová-las, nem mesmo potencialmente. Algumas dessas perfurações, diz a Petrobrás, não tinham relação com o pré-sal, apenas eram na mesma área.

Não há como deixar de concordar com o ex-ministro José Dirceu em que esta é “a mais suja campanha que a mídia já fez contra os interesses nacionais e a democracia”. Dirceu observa que “tornou-se visível na mídia uma certa campanha para desqualificar o pré-sal. (….) Ontem [terça-feira], os jornais diziam que os poços perfurados na área não seriam tão rentáveis. Hoje, inclusive, o Estadão traz para a sua 1ª página uma chamada com o título ‘Geólogos dizem que índice de sucesso do pré-sal vai cair’”.

Realmente, um dia esse índice vai cair. Um dia, inclusive, o petróleo do pré-sal vai acabar. E será bem rápido se, em vez da Petrobrás, quem explorar o pré-sal for a Exxon, a Shell e outras aves de rapina.

Por CARLOS LOPES.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.horadopovo.com.br.

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“O Petróleo tem que ser nosso – Última Fronteira” teve estréia de sucesso no Cine Odeon

Na noite desta quinta feira, 30, o célebre Cinema Odeon, na Cinelândia no Rio de Janeiro, foi o cenário de mais um acontecimento nacional. Dessa vez, foi a pré estréia do documentário “O Petróleo tem que ser nosso – Última Fronteira”, dirigido por Peter Cordenonsi.

Com uma hora de duração, o filme que tem depoimentos e relatos emocionados de trabalhadores, sindicalistas, professores, geólogos, políticos, estudantes e manifestantes populares, sensibilizou a todos que estiveram presentes.

Após o filme, os sindicalistas Emanuel Cancella, Francisco Soriano e a médica e nacionalista, de 92 anos, Maria Augusta Tibiriçá, militantes que lutaram na primeira campanha “O Petróleo é Nosso, foram homenageados e em seguida, realizaram palestras sobre o tema, no palco do Cine Odeon.

Sem dúvidas, “O Petróleo tem que ser nosso – Última Fronteira” é um documentário que nasceu da iniciativa de profissionais e de entidades que vêem a necessidade de informar o tamanho da riqueza que o pré-sal pode proporcionar ao país, e alertar a sociedade brasileira sobre a importância da luta pela soberania nacional. O desafio está apenas começando, portanto, precisamos intensificar a divulgação de obras desse tipo. Através da arte, é possível informar, alertar e conscientizar que com os recursos do pré-sal, o Brasil pode dar certo.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.presal.org.br.

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Luta pelo petróleo se intensifica !

A FUP convocou reunião do seu Conselho Deliberativo para esta quarta-feira, dia 29, no Rio de Janeiro, onde serão discutidas com os sindicatos questões referentes à campanha “O petróleo tem que ser nosso”, como as deliberações recentes e os atos em defesa de uma nova lei do petróleo e da Petrobrás 100% estatal e pública. O Conselho também avaliará as perspectivas em relação ao projeto do governo federal sobre as reservas do pré-sal, assim como os próximos passos da luta em defesa de uma nova lei do petróleo e os encaminhamentos em relação à campanha reivindicatória da categoria petroleira.

Fruto dos debates e propostas apresentadas pela FUP, o tema petróleo e soberania tem se incorporado cada vez mais às agendas dos movimentos sociais e das demais categorias. Exemplo disso foi a UNE, que, atendendo à sugestão da Federação, incluiu na pauta dos principais debates de seu 51º Congresso a importância de uma nova lei para garantir ao Estado brasileiro o controle sobre as reservas de petróleo e sua destinação social.

Plenária da CNQ

A FUP e vários de seus sindicatos participaram da IV Plenária Nacional da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT (CNQ), realizada entre os dias 20 e 22 de julho, no estado de São Paulo. A plenária teve como principais eixos o desenvolvimento sustentável, alternativas energéticas e valorização do trabalho e da vida humana. “Saímos desta plenária com ações concretas na luta contra a terceirização, pelo reconhecimento da Confederação e unificados na luta pela nova lei do petróleo”, destacou o coordenador da CNQ, Aparecido Donizeti. Um dos principais debates pautados pela Confederação foi a necessidade de garantir ao povo brasileiro políticas públicas com base nos recursos gerados pelo pré-sal, assim como o fortalecimento da Petrobrás enquanto empresa estatal e pública, com compromisso social. O debate contou com a participação de dirigentes da FUP, que destacaram a necessidade de todo o ramo químico abraçar a luta pela soberania do povo brasileiro, na luta para garantir o controle estatal e social das reservas de petróleo e gás.

Jornada Nacional de Lutas

A luta em defesa da soberania popular sobre as reservas de petróleo e gás estará presente também na Jornada Nacional Unificada de Lutas que a CUT e demais centrais sindicais, os movimentos sociais e estudantis farão no dia 14 de agosto. Haverá mobilizações de ruas em todo o país, unificando a luta dos trabalhadores da cidade e do campo, junto com os movimentos populares e estudantes de todo o país, contra a crise e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e sua ampliação, em defesa da Petrobrás e das riquezas do pré-sal, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho, pela reforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fup.org.br.

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Dilma afirma que novo marco regulatório vai fortalecer Petrobras e indústria nacional

Rio de Janeiro – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje (30) ter certeza de que o novo marco regulatório para o pré-sal, que será encaminhado nos próximos dias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será fundamental no fortalecimento da Petrobras e da indústria nacional, com benefícios para toda a população.

As afirmações da ministra foram dadas na sede da Petrobras, no centro do Rio, na presença do presidente da República. Na ocasião foi assinado entre a estatal brasileira e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) contrato de financiamento do banco para a estatal no valor de R$ 25 bilhões.

“Eu tenho certeza de que nós estamos, com o pré-sal, dando mais um passo na direção do fortalecimento da Petrobras, da indústria de fornecedores, mas, sobretudo, da soberania do nosso país”, disse a ministra, nas presenças de companheiros de governo como os ministros Guido Mantega, da Fazenda, e Edison Lobão, de Minas e Energia.

Os recursos do contrato de financiamento serão, segundo a Petrobras, aplicados em projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com o empréstimo do BNDES, a Petrobras garante as necessidades de captação para os dois primeiros anos do seu Plano de Negócios 2009-2013, divulgado em janeiro deste ano e que prevê para os próximos cinco anos investimentos de US$ 74,4 bilhões.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ressaltou as mudanças ocorridas no país, lembrando que há 40 anos o Brasil pedia empréstimo de US$ 40 milhões e ninguém queria emprestar, porque o país estava altamente endividado.“Hoje, no entanto, nós não temos mais que bater à porta de ninguém pedindo empréstimo. Agora eles é que batem à nossa porta nos oferecendo recursos. Agora mesmo o presidente do Exinbank esteve aqui no país oferecendo bilhões e bilhões de dólares para a Petrobras. Este é o Brasil de hoje”, disse Lobão.

O ministro lembrou que o país não pretende, com o novo marco regulatório, “prejudicar ninguém, mas, sim, beneficiar o Brasil”. “Seguiremos o nosso rumo, o país não será detido e o crescimento vai perdurar em benefício do seu povo”, afirmou.

Boa parte dos recursos emprestados pelo BNDES serão aplicados na construção de gasodutos, via Transportadora Associada de Gás (TAG), e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que a Petrobras está construindo e deverá ter a estatal venezuelana PDVSA como sócia.

Por Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lílian Beraldo.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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