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Trabalhadores bancários paranaenses firmes na luta aumentam as paralisações da greve nacional

No Paraná, passou de 273 para 360 o número de agências paralisadas nas bases filiadas à CUT, além dos 10 centros administrativos.

No Brasil, segundo a CONTRAF-CUT, passou de 2881 para 4791 agências paralisadas por conta da greve nacional dos trabalhadores bancários.

Dia a dia da greve

Durante o segundo dia de greve dos trabalhadores bancários, 360 agências ficaram fechadas no estado do Paraná (sindicatos cutistas). Na base da FETEC-CUT-PR, foram 23 agências paradas em Apucarana e Região, 13 em Campo Mourão e Região, 12 em Cornélio Procópio e Região, 191 em Curitiba e Região, 19 em Guarapuava e Região, 52 em Londrina e Região, 9 em Paranavaí e Região, e 41 em Umuarama e Região.

Ao todo, estiveram paralisados nesta sexta-feira, 14259 bancários em todo o estado do Paraná.

Arapoti e Toledo seguem em estado de greve. Toledo faz uma assembleia hoje (25/09)para decidir se entra ou não em greve. Arapoti também faz uma assembleia na segunda-feira (28/09).

Por Luiz Gustavo Vilela – Jornalista
FETEC-CUT-PR

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Greve nacional dos bancários cresce e paralisa 4.791 agências no segundo dia

A greve nacional dos bancários cresceu em todo o país no segundo dia da paralisação. Conforme levantamento efetuado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com base nas informações enviadas pelos sindicatos até as 19h30 desta sexta-feira, dia 25, o número de agências fechadas subiu para 4.791, além de departamentos e centros administrativos de todos os bancos, públicos e privados. No primeiro dia os sindicatos haviam informado o fechamento de 2.881 unidades.

“O fortalecimento da greve mostra a indignação dos bancários com a postura dos bancos de não atenderem nossas reivindicações, mesmo sendo o setor da economia brasileira que obteve os maiores lucros no primeiro semestre, alcançando R$ 19,3 bilhões, graças ao empenho dos trabalhadores”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. “A indignação cresce à medida que o tempo passa e os bancos não apresentam proposta, principalmente porque querem reduzir a PLR enquanto pagam bônus milionários aos altos executivos. Por isso a tendência é a greve crescer ainda mais na segunda-feira.”

O Comando Nacional enviou ofício à Fenaban na sexta-feira 18 comunicando a rejeição da proposta de reajuste de 4,5% apresentada pelos bancos no dia anterior e cobrando uma nova proposição. Até o momento, os bancos não entraram em contato com os representantes dos trabalhadores para marcar uma nova negociação. Já foram realizadas cinco rodadas com os banqueiros desde a entrega da minuta de reivindicações dos bancários, ocorrida no dia 10 de agosto.

Cordeiro destaca que os bancários não aceitam somente a negociação das reivindicações econômicas, como reajuste de 10% (reposição da inflação mais aumento real), a PLR de três salários mais R$ 3.850 para cada trabalhador e a valorização dos pisos. “Queremos ir além das questões de remuneração e abranger outras demandas dos bancários, como garantia de emprego, mais contratações, melhores condições de saúde e trabalho, fim das metas abusivas, segurança contra assaltos, auxílio educação e previdência complementar para todos, dentre outros pontos”, afirma.

Por que os bancários estão em greve

Reajuste de 10% do salário. Os bancos ofereceram 4,5%, apenas a reposição da inflação dos últimos doze meses, enquanto outras categorias de trabalhadores de setores econômicos menos lucrativos estão conquistando aumento real de salário.

Bancos querem reduzir PLR para aumentar lucros. Os bancários querem uma PLR simplificada, equivalente a três salários mais R$ 3.850 fixos. Os banqueiros propuseram a distribuição de 5,5% do lucro líquido, ao contrário dos últimos anos quando os bancários recebiam até 15% dos resultados. Cálculo do Dieese mostra que, dessa forma, somente os seis maiores bancos (BB, Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) reduziriam em R$ 1,2 bilhão o pagamento de PLR, em 2009, em relação ao ano passado.

Valorização dos pisos salariais. A categoria reivindica pisos de R$ 1.432 para portaria, R$ 2.047 (salário mínimo do Dieese) para escriturário, R$ 2.763,45 para caixa, R$ 3.477,00 para primeiro comissionado e R$ 4.605,73 para primeiro gerente. Os bancos rejeitam a valorização dos pisos e propõem 4,5% de reajuste para todas as faixas salariais.

Preservação dos empregos e mais contratações. Seis dos maiores bancos do país estão passando por processos de fusão. Os bancários querem garantias de que não perderão postos de trabalho e exigem mais contratações para dar conta da crescente demanda. Os bancos se recusam a discutir o emprego e aplicar a Convenção 158 da OIT, que inibe demissões imotivadas.

Mais saúde e melhores condições de trabalho. A enorme pressão por metas e o assédio moral são os piores problemas que a categoria enfrenta hoje, provocando sérios impactos na saúde física e psíquica. A Fenaban não fez proposta para combater essa situação e melhorar as condições de saúde e trabalho.

Auxílio-creche/babá. A categoria quer R$ 465 (um salário mínimo) para filhos até 83 meses (idade prevista no acordo em vigor). Os bancos oferecem R$ 205 e querem reduzir a idade para 71 meses.

Auxílio-refeição. Os bancários reivindicam R$ 19,25 ao dia e as empresas propõem R$ 16,63.

Cesta-alimentação. Os trabalhadores querem R$ 465, inclusive para a 13ª cesta-alimentação. Os bancos oferecem R$ 285,21 tanto para a cesta mensal quanto para a 13ª.

Segurança. Os bancários querem instalações seguras e medidas como a proibição ao transporte de numerário, malotes e guarda das chaves. Também reivindicam adicional de risco de vida de 40% do salário para quem trabalha em agências e postos. A categoria defende proteção da vida dos trabalhadores e clientes.

Previdência complementar para todos. Os bancários reivindicam planos de previdência complementar para todos os trabalhadores, com patrocínico dos bancos e participação na gestão dos fundos de pensão.

Fonte: Contraf-CUT

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Em Londrina, a greve cresce no segundo dia e exige proposta decente

No segundo dia da greve nacional dos bancários, a adesão ao movimento aumentou na base do Sindicato de Londrina. Foram 60 unidades paralisadas, atingindo cerca de 1.400 trabalhadores (aproximadamente 65% dos bancários de toda a base do Sindicato).

“A tendência é o crescimento da greve dia após dia, com a conscientização dos bancários e bancárias que ainda não haviam aderido ao movimento. A greve deverá continuar forte e crescente na próxima segunda-feira”, declara Wanderley Crivellari, presidente do Sindicato.

Ainda sobre a greve, o Bradesco teve seu pedido liminar de interdito proibitório indeferido pelo juiz da 7º Vara da Justiça do Trabalho de Londrina.

Fonte: Sindicato de Londrina e Região.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Mais de 190 agências fechadas no segundo dia de greve

Bancários estão ainda mais unidos e engajados na luta por melhores salários e condições de trabalho. Até o momento, Fenaban não se manifestou

A manhã do segundo dia de greve dos trabalhadores bancário (25) de Curitiba e região já contabiliza 191 agências bancárias fechadas, além de dez centros administrativos. O Sindicato estima que mais de 11,2 mil trabalhadores estejam paralisados na capital paranaense e na região metropolitana.

Além da região central de Curitiba e dos bairros Portão, Juvevê e Centro Cívico, que já aderiram a greve desde a manhã de quinta-feira, nesta sexta estão fechadas também unidades bancárias nos bairros Hauer, Mercês, Alto da XV, Bacacheri e Champagnat. Na região metropolitana, São José dos Pinhais, Pinhais, Piraquara e Araucária estão com a maioria das agências paralisadas.

Bradesco – Em virtude do interdito proibitório concedido ao Bradesco, na manhã de hoje todas as agências do banco em Curitiba e região funcionaram normalmente. “Os bancários do Bradesco estão trabalhando, mas permanece neles o ‘espírito da greve’ e a indignação com o descaso dos banqueiros, que não se manifestaram até o momento”, destaca Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região. A entidade já recorreu à decisão da 15ª. Vara do Trabalho.

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Interditos proibitórios atentam contra o direito de greve

A assessoria jurídica do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região conseguiu reverter uma parte do interdito proibitório concedido ao banco Bradesco. A decisão da 15ª Vara do Trabalho tinha amplitude para toda a base do Sindicato, ou seja, Curitiba e região. Entretanto, a Vara apenas tem competência para atuar na capital. Portanto, na revisão da decisão, foram mantidos o teor e o valor de R$ 90 mil reais por agência/dia apenas para as unidades localizadas em Curitiba. Para os demais municípios da região metropolitana a decisão foi considerada inválida.

O interdito proibitório é um dispositivo jurídico relacionado às situações nas quais o direito de posse ou de propriedade estão ameaçados, o que não procede na paralisação dos bancários, que permanecem do lado de fora das agências orientando a população sobre a sua campanha salarial e indicando alternativas para as agências sem expediente. Além disso, carro de som, faixas, cartazes e panfletos não constituem ameaça alguma ao patrimônio dos bancos. O interdito é, na prática, uma artimanha, um artifício dos bancos, que utilizam de forma não apropriada da Justiça do Trabalho para restringir o direito de greve dos trabalhadores.

O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região apela ao Poder Judiciário que tenha mais cautela e cuidado em relação às decisões proferidas e que possam impactar em movimentos legais e legítimos como esta greve. É evidente que não existe intenção de “tomar de assalto” as agências ou departamentos administrativos e sim de garantir um salário digno aos bancários que, com seu trabalho, asseguraram mais de R$ 14 bilhões de lucratividade aos bancos apenas no primeiro semestre deste ano.

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Chefes assumem posição do banco e pressionam bancários

Os bancários de Curitiba não páram de relatar ao Sindicato as arbitrariedades que estão sendo cometidas por seus chefes. São gestores que, também influenciados por seus supervisores diretos, se sentem obrigados a agir como “cães de guarda” do banco. Mais do que cães, devido à pressão, se comportam como algozes.

Além da já tradicional “fila” para pegar o taxi aéreo no HSBC, ligações ameaçadoras e constrangimentos diante da agência, agora existe uma nova modalidade de pressão e coação. A nova moda entre os gestores, “paus mandados” dos banqueiros, é exigir que os trabalhadores compareçam em cartórios para registrar depoimentos contra os próprios bancários e o Sindicato. Prática que se configura imoral e uma violência contra o trabalhador. Quem, em uma situação dessas, constrangido pelo seu chefe direto, diria não sob a pena mortal de perder seu emprego?

Fica a reflexão: até que ponto um empregador pode interferir na vida, nos valores e no comportamento dos bancários?

Documente-se contra este tipo de prática! O banco não tem direito de ligar para sua casa o convocando para trabalhar ou de coagi-lo a utilizar os helicópteros para burlar a greve. Preserve seus direitos trabalhistas!

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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