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Por 23:24 Sem categoria

Participação nos Lucros e Resultados para os trabalhadores bancários no Banco do Brasil deve ser até 30 porcento superior à do primeiro semestre

Com o lucro de R$ 10,148 bilhões do Banco do Brasil em 2009, recorde de toda a história do sistema financeiro nacional, o valor da PLR referente ao segundo semestre do ano passado deverá crescer por volta de 30% para os postos efetivos e caixas em relação ao primeiro semestre, segundo cálculo preliminar da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. A Contraf-CUT está reivindicando do BB a antecipação do pagamento da PLR para 10 de março, mesma data da distribuição de dividendos do lucro aos acionistas.

O montante que o banco pagará de PLR relativa ao segundo semestre será superior a R$ 703 milhões, um aumento de 38% em relação aos R$ 509 milhões distribuídos no primeiro semestre de 2009. Mas como o número de funcionários aumentou em mais de 10 mil trabalhadores, a proporção no acréscimo do valor da PLR não será a mesma, devendo ficar na casa dos 30%.

Com isso, os postos efetivos, que no primeiro semestre de 2009 receberam R$ 2.890.48 de PLR, deverão embolsar agora algo em torno de R$ 3.700. E os caixas, que tiveram R$ 3.189,34 no semestre anterior, deverão receber mais de R$ 4.100. Os funcionários oriundos da Nossa Caixa incorporados em dezembro do ano passado receberão o equivalente a um sexto desses valores. Além desse valor, há ainda o módulo bônus para os comissionados.

Pelo acordo aditivo à Convenção Coletiva dos Bancários do ano passado, a PLR semestral do funcionalismo do BB é composta de 45% do salário mais R$ 512,00 fixos, mais 4% do lucro líquido distribuídos linearmente a todos os trabalhadores. “Esse modelo, conquistado em 2004 e que vem sendo aperfeiçoado ao longo dos anos, acabou se transformando em parâmetro para as reivindicações de PLR dos bancários dos demais bancos”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Lucro recorde, desrespeito recorde

Conforme anunciado, o Banco do Brasil apresentou lucro recorde referente ao exercício de 2009. Muitos de nossos colegas ficarão aliviados, pois o ‘cala-boca’ da PLR logo virá. Mas aí, nos sujeitaremos a todo tipo de “pressão” e continuaremos a consumir remédios de tarja preta.

Pesquisa realizada pelo Sindicato constatou que 20% dos funcionários de agência do BB são dependentes químicos de remédios tarja preta. Mas os números que nossos “managers” valorizam são aqueles que atestam que os produtos x, y e z cresceram 1.000%. O que a Cassi deveria publicar é o número de afastados e de pessoas com distúrbios decorrentes do ambiente de trabalho. Mas isso ela não fará, pois, como já nos foi dito, a Cassi é do banco, remunerada por ele e, por isso, protege esses dados, obviamente, pelos interesses dos acionistas.

Quem analisa os números do Sinergia 2010 fica ‘boquiaberto’, porque eles querem aumentar ainda mais a produtividade dos funcionários e diminuir o que os contadores chamam de “eficiência operacional”, ou seja, aumentar as metas e reduzir os gastos com a folha de pagamento.

Nossos colegas produziram um lucro que poderia ser maior se considerarmos que muitos dos produtos vendidos geram rentabilidade para as “subsidiárias”, restando apenas as migalhas para o BB. O discurso que vem de Brasília é o de tais produtos geram “fidelidade”. Atendimento bom gera fidelidade. Que o diga o funcionalismo público do Paraná, que recebeu um tratamento VIP (‘vai imbora povão’) desde que migraram para o BB.

As administrações que passaram pela Superintendência do Paraná não resolveram essa questão crucial. Falta pessoal, sobram pressão e assédio. Aliás, todos os que ambicionam uma vaga em diretorias em Brasília transitam por Curitiba, cobrando muito e oferecendo pouco. E a atual administração não mudou o quadro. Lucro recorde, desrespeito recorde.

E se não bastasse, o lucro de 2009 está manchado pela maior apropriação questionável já realizada nesse país contra os funcionários. Foram R$ 4 bilhões saqueados dos cofres da Previ, ou seja, valor aportado pelos funcionários do BB para serem distribuídos aos acionistas.

Excesso de serviço, pressão, assédio… tudo será esquecido, infelizmente, por nossos colegas momentaneamente, tudo para perguntar: “quando sai o ‘cala-boca’, desculpe, a PLR?”

Outro dia o autor de um livro chamado “Mundo Cãoporativo”, o brilhante professor paranaense Jerônimo Mendes, escreveu um artigo iniciando com a citação de um pastor Mórmon: “Não há sucesso no trabalho que justifique o fracasso no lar”. Ou quem sabe da saúde.

Por: André Machado e Pablo Diaz, dirigentes sindicais e trabalhadores bancários no Banco do Brasil.

ARTIGO COLHIDO NO ŚÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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