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Corajosa, ousada, decidida…. Mulher

Neste mês de março pudemos ver as mais diversas manifestações em comemoração aos cem anos de lutas das mulheres para a conquista da igualdade de oportunidades e respeito aos seus direitos.

Podemos dizer que avançamos muito, principalmente, as mulheres que vivem em seu dia-a-dia árduas lutas para ampliar as conquistas de seus direitos através do universo sindical.

Foi por meio destas bandeiras de luta que ampliamos, e muito, nosso direitos trabalhistas. Através da Constituição de 1988 conquistamos: Igualdade de oportunidades; Garantia de emprego à gestante; Tempo de amamentação; Faltas previstas sem prejuízo de salário; Assédio moral ou sexual; Direitos da trabalhadora em situação de violência doméstica; Garantia de emprego a quem sofrer acidente ou contrair doença ocupacional.

Mas, as transformações sociais também trouxeram mudanças drásticas no papel da mulher contemporânea. Hoje, a mulher vem desempenhando inúmeras funções, além de participar cada vez mais da construção de nossa sociedade, assumindo cargos de comando, disputando cargos políticos, fazendo parte nas esferas de discussão do país.

Ela não triplicou, mas quadruplicou suas funções. No geral, a mulher ainda é a responsável pelo bem-estar da família. Muitas ainda são responsáveis pelo acompanhamento educacional e escolar dos filhos; são arrimo familiar (o número de mulheres brasileiras consideradas chefes de família cresceu nos últimos dez anos), além de limpar e cozinhar. Existem ainda dois novos fatores preponderantes que consomem seu tempo: continuar o tempo todo se atualizando profissionalmente porque o mercado de trabalho torna-se cada vez mais competitivo e exigente, e, manter-se eternamente jovem – outra exigência da competição desenfreada, já que aumentou a longevidade brasileira. Fora isso tudo, a maioria delas levam de 2 a 3 horas para ir e vir do trabalho. Não é pouca coisa.

Onde fica o ideário feminino? Qual tempo que nos sobra para cuidarmos de nós mesmas? Onde e como abastecemos nossa carga energética para dar conta dessa dobradinha entre a as tarefas do público e do privado?

É claro que tivemos muitas conquistas e muito mais direito de escolha, mas tudo isso a um alto preço. Muitas de nós tiveram, em muitos momentos, de sacrificar a família e se distanciar dos amigos para dar conta das inúmeras e enormes agendas. Muitas vezes também nos ressentimos de não termos espaço para sermos simplesmente mulher.

Sabemos que estamos trilhando um caminho que nos aponta cada vez mais possibilidades e temos muito ainda a conquistar. O grande desafio que nos é colocado é o de continuar, continuar a cada dia, sem medo de ser feliz, sem deixar de ser amiga, filha, esposa, mãe, profissional, sem deixar de ser MULHER.

Por Maria Aparecida Faria, que é presidenta da CNTSS/CUT.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO www.cut.org.br.

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