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Programa Saúde da Família chega à metade das casas brasileiras, constata IBGE

Rio de Janeiro – Mais da metade dos brasileiros, cerca de 96 milhões de pessoas, estão cadastradas no Programa Saúde da Família (PSF). De acordo com pesquisa divulgada hoje (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos 27,5 milhões de residências cadastradas no programa – do total de 57,6 milhões – vivem 50,9% da população.

Os dados do Panorama da Saúde no Brasil, publicação elaborada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), com referência no ano de 2008, mostram que o Saúde da Família é mais abrangente que os planos de saúde. O serviço particular atende a 25,9% da população, ou seja, cerca de 49,2 milhões de pessoas.

A maior parte das famílias atendidas vive na Região Nordeste, que concentra 35,4% dos domicílios cadastrados ou 9,7 milhões de famílias. Em seguida estão o Sudeste, com 9,1 milhões de atendidos e o Sul, onde as equipes de saúde visitam 4,5 milhões de casas. A Região Norte tem a menor cobertura: 2 milhões de domicílios ou 7,4% do total no país.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, questiona os dados e chama a atenção para o fato de, historicamente, municípios do Nordeste terem se apropriado do programa, que conta com repasses do governo federal, em vez de investirem na rede básica de saúde.

“O PSF [Programa Saúde da Família] passou a ser a opção prioritária das prefeituras de menor e até de médio porte, particularmente no Nordeste. Em função disso e da falta de serviços básicos, o programa passou a ser a porta prioritária no sistema”.

Proporcionalmente, três unidades têm menos de um terço de domicílios no programa: Amapá com 20,2% de domicílios atendidos, Rio de Janeiro, que oferece o serviço para 17,4% das residências no estado e Distrito Federal, com 11,2% – a menor cobertura no país.

Os profissionais do Saúde da Família visitam as casas mais pobres onde vivem pessoas com baixo nível de instrução. Dos cadastrados, 61,9% tinham renda de até um salário mínimo e 36,1% ganhavam mais que dois salários. Dentre os 8,5 milhões de residências onde a a pessoa de referência tinha menos de um ano de estudo, o atendimento chegava a 63,8%.

Por . Edição: Tereza Barbosa.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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De 2003 a 2008, foi de 42,5% para 54,8% o percentual de mulheres que já haviam feito mamografia

As informações captadas pelo suplemento de Saúde da PNAD 2008, realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde, mostram que 77,3% da população avaliaram a própria saúde como “muito boa ou boa”, e que os postos de saúde continuam sendo os locais mais procurados para atendimento. Mais de 95% das pessoas que procuraram os serviços de saúde (público ou privado) foram atendidos na primeira tentativa, e mais de 85% dos atendidos consideraram o atendimento “muito bom ou bom”. A pesquisa também constatou que, em 2008, 27,5 milhões de domicílios brasileiros estavam cadastrados no Programa Saúde da Família.

Entre 1998, quando foi a campo a primeira edição do suplemento de saúde da PNAD, e 2008, a parcela da população com plano de saúde passou de 24,5% para 26,3%. No mesmo período, foi de 81,2% para 88,5% a parcela de pessoas que já haviam se consultado pelo menos uma vez com o dentista. Na parte sobre tabagismo, tema investigado pela primeira vez, a pesquisa constatou que em 2008, o Brasil tinha 19,0 milhões de ex-fumantes diários.

Em relação a 2003, cresceu 28,5% o número de mulheres que já haviam se submetido a exame clínico das mamas, e em 48,8% o contingente de mulheres que já haviam feito mamografia. No mesmo período, aumentou em 25% o total de mulheres que já haviam feito preventivo para câncer no colo do útero.

Foi investigada, ainda, a incidência das restrições para realização de algumas atividades do cotidiano, como ir ao banheiro sem ajuda, realizar pequenos consertos domésticos ou caminhar por um percurso de cem metros. Esta última restrição foi assinalada por cerca de 11,2 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade, e por 27,0% da população idosa.

Em 2008, cerca de 75,2 milhões de pessoas assistiam TV por mais de três horas diárias, e mais de 16,2 milhões usaram um computador ou um videogame por mais de três horas diárias.

Em 2008, cerca de 3,7 milhões de pessoas informaram ter sofrido alguma violência, e 660 mil procuraram um serviço de saúde por essa causa. Segundo o suplemento de saúde da PNAD, 73,2% dos que dirigem ou trafegam no banco da frente dos automóveis usavam cinto de segurança, e 4,8 milhões de pessoas estiveram envolvidas em acidentes de trânsito em 2008. A seguir, as principais informações da pesquisa:

Em 2008, 27,5 milhões de domicílios brasileiros estavam cadastrados no Programa Saúde da Família

Em 2008, entre os 57,6 milhões de domicílios do país, 27,5 milhões (47,7%) estavam cadastrados no Programa Saúde da Família (PSF)[1]. A Região Nordeste (9,7 milhões) concentrava 35,4% do total nacional de domicílios cadastrados no programa, com Sudeste (9,1 milhões, ou 33,1%), Sul (4,5 milhões, ou 16,5%), Centro-Oeste (2,1 milhões, ou 7,6%) e Norte (2,0 milhões, ou 7,4%) a seguir.

Nos 27,5 milhões de domicílios cadastrados no PSF viviam 96,5 milhões de pessoas, ou 50,9% da população do país. No Nordeste, 67,7% da população (ou 36,2 milhões de pessoas) residiam em domicílios cadastrados. O Sudeste (38,5%, ou 30,7 milhões de pessoas) foi a única região com menos da metade da população residindo em domicílios cadastrados no PSF.

O Nordeste apresentava 64,8% de seus domicílios cadastrados no programa, o que representava a maior proporção entre as cinco grandes regiões. Tocantins (94,0%), Paraíba (86,4%) e Piauí (85,5%) tinham mais de 4/5 de sua população residindo em domicílios cadastrados. Por outro lado, no Rio de Janeiro (19,2%) e no Amapá (19,4%) menos de 1/5 da população residia em domicílios cadastrados.

Três unidades da federação tinham menos de 1/3 de seus domicílios cadastrados: Amapá (20,2%), Rio de Janeiro (17,4%) e Distrito Federal (11,2%). Sete tinham mais de 2/3. Paraíba (83,7%) e Tocantins (93,2%) tinham os maiores percentuais.

Em 2008, 3,8% da população avaliaram a própria saúde como “ruim ou muito ruim”

Segundo a PNAD 2008, 77,3% da população residente no Brasil autoavaliaram seu estado de saúde como “muito bom ou bom”; 18,9% como “regular” e 3,8% como “ruim ou muito ruim”.

Em 1998, 79,1% das pessoas residentes consideravam seu estado de saúde “muito bom ou bom”. Em 2003, foram 78,6% dos 175,9 milhões e, em 2008, foram 77,3% dos 186,9 milhões. Nesses três anos, o percentual de homens com estado de saúde “muito bom ou bom” foi superior ao das mulheres: em 2008, as taxas foram, respectivamente, 79,5% contra 75,2%.

O Sudeste apresentou o maior percentual de pessoas que consideravam seu estado de saúde como “muito bom ou bom” (80,1%). No Sul e Centro-Oeste, respectivamente, 77,5% e 77,8% das pessoas fizeram a mesma avaliação. No Norte, 75,5%. No Nordeste estava o menor percentual (73,4%) e ali, também, 4,6% das pessoas consideravam seu estado de saúde “ruim ou muito ruim”, a taxa mais elevada entre as regiões.

Quanto maior o rendimento mensal domiciliar per capita, maiores os percentuais dos que avaliavam seu estado de saúde como “muito bom ou bom”: 87,9% para rendimentos superiores a 5 salários mínimos e 76,2% para rendimentos de até ¼ do salário mínimo.

A proporção de pessoas que tiveram suas atividades habituais restringidas por motivo de saúde, nas duas semanas anteriores à data da entrevista, foi de 8,3% por, em média, 5 dias de restrição. A região com o maior percentual foi a Norte (9,3%), com Sul (8,7%), Nordeste (8,6%), Centro-Oeste (8,3%) e Sudeste (7,9%) a seguir.

O percentual de pessoas que informaram restrições em suas atividades habituais nas duas semanas anteriores à entrevista passou de 6,3% em 1998, para 6,9%, em 2003 e 8,3%, em 2008. O percentual de homens com atividades usuais restritas passou de 5,6%, em 1998, para 7,5%, em 2008, e para as mulheres, de 7,0% para 9,1%, no período.

31,3% da população tinham pelo menos uma doença crônica e 5,9% tinham três ou mais

Cerca de 31,3% da população residente (ou 59,5 milhões de pessoas) afirmaram ter pelo menos uma doença crônica, e 5,9% declararam ter três ou mais. As regiões Sul (35,8%) e Sudeste (34,2%) tinham os maiores percentuais de pessoas com pelo menos uma doença crônica, com Centro-Oeste (30,8%), Nordeste (26,8%) e Norte (24,6%) a seguir.

As doenças crônicas (identificadas por algum médico ou profissional de saúde) mais informadas foram: hipertensão (14,0%) e doença de coluna ou costas (13,5%), com artrite ou reumatismo (5,7%), bronquite ou asma (5,0%), depressão (4,1%), doença de coração (4,0%) e diabetes (3,6%) a seguir. Na população com 35 anos ou mais, 8,1% das pessoas tinham diabetes.

A proporção da ocorrência de doenças crônicas não sofreu variação expressiva: em 1998, foi estimada em 31,6% a proporção de pessoas com pelo menos uma doença crônica; em 2003 foi 29,9% (ou 52,6 milhões de pessoas) e, em 2008, 31,5% (equivalente a 58,3 milhões). O percentual de mulheres com doenças crônicas (35,2%) era superior ao de homens (27,2%) em 2008 e a proporção de pessoas com doenças crônicas crescia conforme aumentava a faixa etária.

Quanto maior o rendimento, maior foi o percentual de pessoas que afirmaram ter ao menos uma doença. Entre aqueles com rendimento de até ¼ do salário mínimo, 20,8% tinham ao menos uma doença, e entre aqueles com rendimento acima de 5 salários mínimos, o percentual alcançava 38,5%.

De 1998 a 2008, a parcela da população com plano de saúde passou de 24,5% para 26,3%

Na série harmonizada, o percentual de pessoas cobertas por pelo menos um plano de saúde cresceu entre 1998 (24,5%), 2003 (24,6%, ou 43,0 milhões de pessoas) e 2008 (26,3%, ou 49,1 milhões de pessoas). O aumento se deu principalmente na área rural: de 5,8% para 6,7% entre 1998 e 2008. Na área urbana, as taxas foram 29,2% e 29,7% nestes anos. No Sudeste (35,6%) e no Sul (30,0%) os percentuais eram quase três vezes maiores que no Norte (13,3%) e Nordeste (13,2%).

Em 2008, 25,9% da população brasileira (49,2 milhões de pessoas) dispunham de pelo menos um plano de saúde. Entre estas, 77,5% estavam vinculadas a planos de empresas privadas, e 22,5% a planos de assistência ao servidor público. Apenas 2,3% das pessoas em domicílios com rendimento per capita de até ¼ do salário mínimo tinham plano de saúde, enquanto 82,5% dos que tinham rendimento acima de 5 salários mínimos tinham plano de saúde.

O percentual de mulheres cobertas por plano de saúde (26,8%) era maior do que o dos homens (24,9%), mas 60,8% das mulheres cobertas eram associadas como dependentes. 42,5% dos homens cobertos eram dependentes.

Considerando apenas os titulares dos planos de saúde, observou-se que 20,5% deles tinham seus planos de saúde pagos integralmente pelo empregador, 43,2% o pagavam através do trabalho atual ou do trabalho anterior, 28,1% o pagavam diretamente à empresa do plano de saúde e 8,2% tinham seus planos pagos por outro morador do domicílio, ou não morador do domicílio. Na tabela abaixo, os percentuais de titulares de planos de saúde, com 10 anos ou mais de idade e ocupados, por categorias de ocupação.

Postos de Saúde continuam sendo os locais mais procurados para atendimento

Em 2008, cerca de 139,9 milhões de pessoas (ou 73,6% da população) que, normalmente, procuravam o mesmo serviço de saúde quando necessitavam. O posto ou centro de saúde foi o local mais declarado como normalmente procurado (56,8%), seguido pelos consultórios particulares (19,2%) e pelo ambulatório de hospital (12,2%).

De 1998 para 2008, foi de 81,2% para 88,5% a parcela de pessoas que já haviam procurado o dentista

Cresceu a proporção de pessoas que já haviam ido ao dentista entre 1998 (81,2%), 2003 (84,1%, ou 147,9 milhões) e 2008 (88,5%, ou 165,5 milhões). Para visitas nos 12 meses anteriores à entrevista, os percentuais foram: 31,1%, 38,8% e 40,4%, respectivamente. Cabe destacar que, entre os 11,7% da população que nunca consultou um dentista, 47,9% tinham de 0 a 4 anos de idade, ou seja, 77,9% das crianças desta faixa etária nunca visitaram um dentista.

Em 2008, embora 88,3% da população já tivesse procurado um dentista, apenas 40,0% o fizeram há menos de um ano da data da entrevista. Enquanto 98,0% das pessoas com rendimento mensal domiciliar per capita acima de 5 salários mínimos já tinham ido ao dentista, o percentual foi de 71,3% para aqueles com rendimento de até ¼ do salário mínimo.

Mais de 95% dos que procuraram os serviços de saúde foram atendidos na primeira tentativa

Em 2008, entre as 27,5 milhões de pessoas que buscaram atendimento nas duas semanas anteriores à data da entrevista, 26,5 milhões (96,3%) foram atendidas logo na primeira vez. Considerando-se o rendimento mensal domiciliar per capita, a diferença nos percentuais de atendimento foi pequena: 95,4%, para aqueles com rendimento de até ¼ do salário mínimo e 99,4%, na faixa acima de cinco salários mínimos.

O motivo mais assinalado para busca de atendimento foi “doença” (50,0%), sendo que 97,3% destas pessoas foram atendidas. O segundo motivo foi “puericultura, vacinação ou outros atendimentos de prevenção” (22,0%). Em seguida, vieram os problemas odontológicos (14,0%) e “acidentes e lesão” (6,0%).

Mais de 85% dos atendidos consideraram o atendimento “muito bom ou bom”

O atendimento foi avaliado como “muito bom ou bom” para 86,4% das pessoas, regular para 10,4% e “ruim ou muito ruim” para 3,1%. De todos os atendimentos, 58,6% foram realizados em instituições públicas. As pessoas atendidas por problemas odontológicos foram as que melhor avaliaram o serviço, 93,6% consideraram o atendimento “muito bom ou bom”, sendo que 68,8% dos atendimentos por este motivo foram realizados pela rede particular.

As pessoas não atendidas no serviço de saúde, na primeira vez, nas duas semanas anteriores à entrevista (3,8%), informaram que o principal motivo foi a falta de vaga ou a não obtenção de senha (39,6%), ou porque não havia médico atendendo (34,6%). Entre os que não procuraram atendimento, 96,6% não o fizeram por considerar desnecessário.

O percentual de pessoas que sofreram uma ou mais internações durante o ano que antecedeu a data da entrevista, passou de 6,9%, em 1998, para 7,0%, em 2003 e 7,1%, em 2008: foram 12,3 milhões de pessoas em 2003 e 13,3 milhões em 2008 que tiveram alguma internação no período de referência.

Em 2008, 93,5% das mulheres histerectomizadas tinham 40 anos ou mais de idade

Pela primeira vez, a PNAD investigou a realização de cirurgia de retirada do útero (histerectomia) para as mulheres de 25 anos ou mais de idade. Do total de aproximadamente 58 milhões, 7,4% realizaram a cirurgia, o que correspondia a 4,3 milhões de mulheres. O Centro-Oeste apresentou proporção maior de mulheres histerectomizadas, 8,3%, e o Norte, a menor, 6,4%. Em 2008, 93,5% das mulheres que fizeram a cirurgia tinham 40 anos ou mais de idade.

De 2003 a 2008, cresceu 28,5% o número de mulheres que já haviam se submetido a exame clínico das mamas[2]

Em 2008 entre as 58,0 milhões de mulheres com 25 anos ou mais de idade residentes no país, 40,7 milhões (70,2%) já haviam se submetido, ao menos uma vez na vida, a exame clínico das mamas, realizado por médico ou profissional de saúde. Entre as mulheres com 40 anos ou mais de idade, o percentual era um pouco maior: 74,7%, e as taxas desse grupo etário foram as mais altas em todas as faixas de rendimento mensal domiciliar per capita, fosse na de até ¼ do salário mínimo (51,9%) ou na de mais de 5 salários mínimos (96,2%).

Entre as mulheres que viviam em domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita superior a cinco salários mínimos, 94,1% haviam se submetido a exame clínico das mamas. Já entre aquelas com rendimento inferior a ¼ do salário mínimo, apenas 44,8% o fizeram.

Entre 2003 e 2008, cresceu 28,5% o total de mulheres com 25 anos ou mais que já haviam se submetido a pelo menos um exame clínico das mamas, por médico ou profissional de saúde. Elas passaram de 31,5 milhões para 40,5 milhões. Na população feminina total, esse grupo etário cresceu 15,6% (de 49,6 para 57,4 milhões) no mesmo período.

Cresceu 48,8% o contingente de mulheres que já haviam feito mamografia[3]

Em 2008, cerca de 31,6 milhões de mulheres de 25 anos ou mais de idade (54,5%), haviam se submetido, ao menos uma vez, ao exame de mamografia. Entre as mulheres no grupo dos 50 aos 69 anos de idade, 71,1% fizeram o exame.

Entre as mulheres que viviam em domicílios com rendimento mensal domiciliar per capita superior a cinco salários mínimos, 81,1% haviam se submetido a exame de mamografia e nos domicílios onde o rendimento era inferior a ¼ do salário mínimo, apenas 28,8% o fizeram. Entre as mulheres de 50 a 69 anos de idade os percentuais são diferentes: na classe de rendimento menor, 45,9% fizeram o exame, enquanto que na mais elevada, foram 95,6%.

Entre 2003 e 2008, houve acréscimo de 48,8% no contingente de mulheres que já haviam se submetido a uma mamografia. Em 2003, elas respondiam por 42,5% da população feminina de 25 anos ou mais de idade e, em 2008, alcançaram 54,8%. Entre as mulheres com rendimento domiciliar per capita inferior a ¼ do salário mínimo, as proporções foram de 20,2%, em 2003, para 29,1% em 2008.

De 2003 a 2008, cresceu 25% o total de mulheres que já haviam feito preventivo para câncer no colo do útero[4]

Enquanto a população feminina de 25 anos ou mais cresceu 15,6% no período, o conjunto das mulheres no mesmo grupo etário que fizeram preventivo para câncer no colo do útero cresceu 25%. Em 2008, cerca de 49,0 milhões de mulheres de 25 anos ou mais de idade já haviam se submetido a exame preventivo para câncer no colo do útero, representando 84,6% da população feminina. Houve um crescimento de 25,0% em relação a 2003, quando elas eram cerca de 39,2 milhões, ou 79,0% das mulheres desse grupo etário.

Em 2008, 95,4% das mulheres com rendimento mensal domiciliar per capita superior a cinco salários mínimos já haviam se submetido ao exame, contra 77,0% nos domicílios com rendimento inferior a ¼ do salário mínimo.

Restrições à mobilidade física da população também foram focadas pela PNAD Saúde 2008

A PNAD 2008 investigou sete grupos de atividades, entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade, para identificar as dificuldades encontradas diante de determinadas tarefas ou movimentos[5] e, assim, mensurar suas limitações físicas.

Cerca de 6,7 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade, ou 4,5% dessa população, tinham ao menos pequena dificuldade em alimentar-se ou tomar banho ou ir ao banheiro sem ajuda. Na série harmonizada, os percentuais cresceram de 3,4% em 2003 para 4,6% em 2008. Entre as mulheres, esse contingente representava 5,2%, contra 6,8% dos homens. Cerca de 15,2% das pessoas com 60 anos ou mais de idade tinham a dificuldade assinalada.

No mesmo grupo etário, cerca de 21,8 milhões de pessoas (ou 14,9%) tinham ao menos pequena dificuldade em empurrar mesa ou em realizar consertos domésticos. Na série harmonizada, as taxas foram de 9,9% em 2003 para 13,2% em 2008. Essa dificuldade ocorria em 18,5% das mulheres, em 10,9% dos homens e em 46,9% da população com 60 anos ou mais de idade.

Cerca de 27,0 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade (18,4%) tinham ao menos pequena dificuldade em abaixar-se, ajoelhar-se ou curvar-se. Na série harmonizada, as taxas foram de 13,7% em 2003 para 16,8% em 2008. A restrição ocorria em 22,1% das mulheres, 14,5% dos homens e 53,9% da população idosa.

Finalmente, cerca de 11,2 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade (7,6%) tinham ao menos pequena dificuldade em andar 100 metros. Na série harmonizada, as taxas foram de 3,9% em 2003 para 5,8% em 2008. A restrição ocorria em 9,4% das mulheres, em 5,8% dos homens e em 27,0% da população idosa.

PNAD 2008 investigou, pela primeira vez, pessoas que são ativas no lazer

A PNAD 2008 também investigou algumas atividades físicas praticadas no cotidiano da população de 14 anos ou mais de idade. Cerca de 41,4 milhões de pessoas desse grupo etário declararam realizar alguma atividade física ou esporte, e 14,9 milhões delas (10,2%) foram consideradas ativas no lazer pelo critério da OMS[6].

Em 2008, cerca de 75,1 milhões de pessoas assistiam TV por mais de três horas diárias

Cerca de 175 milhões de pessoas (92,4%) no mesmo grupo etário tinham o hábito de assistir televisão e 75,2 milhões de pessoas (42,9%) o faziam por mais de três horas diárias. 56,2 milhões (29,6%) declaram ter usado computador e videogame e 28,8% das que usavam o faziam por mais de três horas diárias. Na faixa etária de 10 a 19 anos de idade, este percentual foi superior a 50%; na faixa dos 25 a 29 anos de idade, foi de 38,4% e, na dos 40 a 49 anos, de 22,5%.

Mais de 1/3 (30,6 milhões) dos 91 milhões de trabalhadores iam para o trabalho a pé ou de bicicleta. Cerca de 70,8 milhões de pessoas (49,7%) com 14 anos ou mais de idade costumavam fazer faxina no próprio domicílio, sem ajuda, sendo 25,4% dos homens e 72,1% das mulheres.

Em 2008, cerca de 3,7 milhões de pessoas informaram ter sofrido alguma violência

Cerca de 2,0% (3,7 milhões) da população residente revelou ter sido vítima de violência nos 12 últimos meses anteriores à entrevista, das quais 50,6% eram homens e 49,4%, mulheres. O Sudeste teve o maior contingente: 1,5 milhão de pessoas afetadas (1,9%).

O grupo de pessoas de 18 a 39 anos de idade registrou a maior incidência entre os vitimados, 46,7%. O grupo de 40 a 59 anos de idade apresentou a segunda maior incidência de vitimados (27,9%).

Das 3,7 milhões de pessoas que foram vítimas de violência no período de referência, 1,2 milhão (33,5%) declararam ter deixado de realizar suas atividades habituais devido à violência sofrida. Entre estas, 660 mil (53,0%) procuraram serviço de saúde devido à violência sofrida, enquanto 584 mil (47,0%) não procuraram.

73,2% dos que dirigem ou trafegam no banco da frente dos automóveis usavam cinto de segurança

Cerca de 37,9% (72,1 milhões) da população residente dirigiam ou andavam como passageiro de automóvel ou van sempre ou quase sempre, 43,1% (81,9 milhões), às vezes ou raramente e 18,9% (35,9 milhões) nunca dirigiam ou andavam como passageiros nesses veículos automotivos.

Sudeste 44,8% (35,7 milhões) e Sul 44,8% (12,3 milhões) foram as regiões com o maior percentual de pessoas que dirigiam ou andavam como passageiros, enquanto o Distrito Federal tinha o maior percentual: 62,0% (1,6 milhão).

Cerca de 73,2% da população (95,2 milhões de pessoas) que dirigia ou trefegava no banco da frente de automóvel ou van usavam sempre o quase sempre o cinto de segurança. Cerca de 37,3% da população (50,9 milhões) que andava como passageiro no banco de trás de automóvel ou van, usavam sempre o quase sempre o cinto de segurança.

4,8 milhões de pessoas estiveram envolvidas em acidentes de trânsito

A PNAD 2008 também investigou a frequência dos acidentes de trânsito entre a população residente no período de referência. Constatou-se que 2,5% (4,8 milhões) tiveram envolvimento em acidente de trânsito.

Das pessoas que tiveram envolvimento em acidente de transito, 52,9% eram condutores ou passageiros de automóvel ou van, 30,1% condutores ou caronas de motocicleta, 6,8% condutores ou caronas de bicicleta, 5,6% eram pedestres, 2,9% condutores ou passageiros de ônibus e 1,7%, outros. Cerca de 30,7% dos envolvidos em acidente de trânsito deixaram de realizar suas atividades habituais por causa deles.

Em 2008, Brasil tinha 19,0 milhões de ex-fumantes diários

Na população de 15 anos ou mais de idade (143,0 milhões), 17,2% (24,6 milhões) eram fumantes correntes, 15,1% eram fumantes diários, 2,1% eram fumantes ocasionais, 82,5% (117,9 milhões) não fumantes e 0,3% (464 mil) sem declaração. Cerca de 13,3% daquele mesmo grupo etário (19,0 milhões) eram ex-fumantes diários e 69,0% nunca foram fumantes diários (65,8% nunca fumaram). A região Sul tinha o maior percentual de fumantes correntes, 19,3%.

A incidência do tabagismo entre os homens era maior: 21,5% deles eram fumantes correntes, contra 13,2% das mulheres. Quanto ao tipo de produto de tabaco, 17,2% fumavam qualquer produto de tabaco fumado, 14,7% cigarro industrializado, 4,4% cigarro de palha ou enrolado à mão e 0,7% outros produtos de tabaco. O Nordeste tinha o maior percentual dos que fumavam cigarro de palha ou enrolado à mão (7,0%).

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[1] O Programa Saúde da Família (PSF), ligado ao projeto Atenção Básica no Brasil ( http://dtr2004.saude.gov.br/dab/atencaobasica.php, acesso em 26/01/2010), é formado por equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde e acompanha as famílias em área geográfica delimitada, com ações de promoção, prevenção, recuperação, reabilitação e manutenção da saúde.

[2] O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento de câncer de mamas por meio do exame clínico da mama, para todas as mulheres, a partir de 40 anos de idade, realizado anualmente. Este procedimento é ainda compreendido como parte do atendimento integral à saúde da mulher, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária.

[3] O Ministério da Saúde recomenda o rastreamento de câncer de mamas por mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o máximo de dois anos entre os exames.

[4] O Ministério da Saúde recomenda que toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade.

[5] Alimentar-se, tomar banho ou ir ao banheiro sem ajuda; correr, levantar objetos pesados, praticar esportes ou realizar trabalhos pesados; empurrar mesa ou realizar consertos domésticos; subir ladeira ou escada; abaixar-se, ajoelhar-se ou curvar-se; andar mais de 1 quilômetro; andar 100 metros. As opções de resposta eram: não conseguiam; tinham grande dificuldade; tinham pequena dificuldade; e não tinham dificuldade.

[6] Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma pessoa é “ativa no lazer” se pratica futebol, basquete, ginástica aeróbica, corrida ou tênis durante pelo menos três dias por semana, com duração diária de 20 minutos ou mais; ou caminhada ou outra modalidade de exercício físico ou esporte durante pelo menos 5 dias por semana, com duração diária de 30 minutos ou mais.

Comunicação Social
31 de março de 2010

A NOTÍCIA ORIGINAL CONTÉM GRÁFICOS E TABELAS QUE ILUSTRAM O ASSUNTO.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ibge.gov.br.

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