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OS BANCOS ABUSAM: o que o banco faz é absurdo, é desumano, diz trabalhadora bancária

Sindicato lança, no Dia Mundial da Saúde, campanha que vai debater a pressão para bater metas nos bancos e cobrar soluções para o problema generalizado na categoria

São Paulo – “O que o banco faz é um absurdo, é desumano. Um gerente é penalizado pelas decisões que o cliente toma. Ele precisa se humilhar para o cliente comprar um produto. Isso não é profissionalismo. Você, como gerente, acaba assediando o cliente para comprar algo que ele não precisa. As instituições financeiras devem se envergonhar disso.” O relato é da bancária Teresa da Silva (nome fictício), do Itaú Unibanco, afastada desde o ano passado por não ter conseguido atingir sua meta em apenas um mês. Depois disso, foi desrespeitada, considerada velha demais aos 44 anos e sem perfil para o local em que trabalhava.

Antes de conquistar o cargo de gerente, ela passou por outras funções, fez cursos de aperfeiçoamento, conquistou a certificação CPA-10, mas teve de se ausentar por um problema de saúde na família. E foi devido a esse contratempo que não conseguiu “bater” sua meta. “O banco não precisa apenas de gestores que controlem essas metas e vendam produtos. É preciso gestor de pessoas, para saber conversar quando não alcançamos uma meta, perguntar o que aconteceu quando não atingimos as expectativas do setor. Somos seres humanos e não robôs”, disse Teresa.

Pressionada em seu local de trabalho e com medo de perder o emprego, o desespero tomou conta de sua vida: “fiquei sem foco, sem memória, esquecia até o caminho de casa”. Teresa conta que, assim como ela, muitos colegas de trabalho tomam remédios faixa preta para conseguir dormir e esquecer as metas que devem ser atingidas.

Menos Metas, Mais Saúde – Pensando em debater problemas como os de Teresa, o Sindicato lança a campanha Menos Metas, Mais Saúde na quarta 7. A data escolhida para chamar atenção dos bancos pelo abuso da pressão é o Dia Mundial da Saúde.

Todos os bancários estão convidados a conhecer e abraçar a campanha com um ato que começa às 12h na Praça do Patriarca. Às 18h30, uma palestra sobre o assunto terá a participação do juiz Luis Paulo Pasotti Valente, da 41ª Vara do Trabalho de São Paulo e vice-presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho da 2ª Região (Amatra II). O debate será no Auditório Azul, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413). Haverá transmissão ao vivo, que poderá ser acompanhada pelo site.

Negociação – O mês de lançamento da campanha por menos metas também terá a retomada da mesa temática de saúde e condições de trabalho com a federação dos bancos (Fenaban). A reunião está marcada para 20 de abril, às 15h30, em São Paulo. “A saúde do trabalhador é um debate permanente que deve ser feito com os empregadores. Não discutimos saúde somente durante a campanha nacional”, diz o secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale.

Por Gisele Coutinho – 06/04/2010.

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Sindicato negocia com Itaú Unibanco no dia 12

Trabalhadores estão na luta pelo pagamento de 2,2 salários de Participação nos Lucros e Resultados

São Paulo – O Sindicato e a direção do Itaú Unibanco retomam as negociações, na próxima segunda-feira 12, em torno da Participação nos Lucros e Resultados e para tratar dos reflexos do processo de fusão aos trabalhadores.

Os bancários reivindicam valorização, com o pagamento de diferença da PLR de 2,2 salários, como ocorreu no ano passado. Neste ano, a PLR chegou a, em média, 1,8 salário. Enquanto isso, os dividendos dos acionistas aumentaram de 25% para 33% do lucro. E a PLR dos altos executivos entre 2008 e 2009 passou de R$ 121 milhões para R$ 225 milhões.

“O banco fez a opção de ampliar a remuneração de acionistas e de altos executivos e deixou de fora os trabalhadores, os responsáveis pelos bons resultados da instituição. A valorização tem de ser para todos. O banco tem condições de pagar a PLR cheia aos bancários”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Os empregados também aguardam solução para diversos problemas provocados pela fusão das duas instituições financeiras. Há funcionários nas mesmas funções, mas com salários diferentes, locais com superlotação enquanto em outros setores falta pessoal, além de demissões injustificadas de trabalhadores e falta de eleição de Cipa em algumas concentrações.

Redação – 06/04/2010.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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