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O Primeiro de Maio, a Previdência Social e o Salário Mínimo

O Primeiro de Maio, dia de festa e reflexão dos trabalhadores, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais movimentos sociais – e que acontecerá em Araucária, região metropolitana de Curitiba –, nos traz a oportunidade de confrontarmos os ganhos na Previdência Social brasileira e os efeitos da política de valorização do Salário Mínimo defendida pelo movimento sindical e adotada por Lula. Parafraseando o presidente, “nunca na história deste país” os trabalhadores brasileiros alcançaram o significativo poder de recuperação do salário mínimo e as consequências benéficas às economias locais. Vale ressaltar que várias centrais sindicais defendem também o estabelecimento dos pisos salariais regionais, a exemplo do que já acontece no Paraná.

No entanto, o ano de 2010 coloca um enorme desafio para a classe trabalhadora: o estabelecimento em Lei da Manutenção dos ganhos reais no salário mínimo, a base da remuneração no país. Após o acordo negociado entre trabalhadores e governo federal, o objetivo é garantir o crescimento da economia também na renda dos trabalhadores, pela lei no salário mínimo e nos pisos regionais. Quanto aos salários maiores, a via segue as negociações salariais (aí, portanto, a necessidade de ampliarmos a representação e fortalecermos os sindicatos dos trabalhadores).

Neste caminho está a Previdência Social brasileira que, pela primeira vez, pode passar por uma reforma que trará ganhos para toda a classe trabalhadora. As mudanças serão fruto da nossa insistência pelo fim do fator previdenciário, capitaneada pelo Senador Paulo Paim (PT-RS), e agora sob a responsabilidade do Deputado Federal Pepe Vargas (PT-RS). O projeto possibilita a melhora do benefício previdenciário público e amplia as regras para a sua concessão em benefício do trabalhador.

Porém, vivemos um momento de impasse com a definição do reajuste deste ano em todos os benefícios. Os trabalhadores desejam o mesmo reajuste do salário mínimo e, diante da rejeição governamental, aceitam uma fórmula alternativa. Contudo, setores do governo resistem e atrapalham a definição, tanto da futura política para o salário mínimo, quanto da definição desta reforma positiva na previdência do Regime Geral, quer dizer, do que é pago pelo INSS.

Corretamente, a CUT-PR coloca este debate à luz dos interesses dos trabalhadores e traz a professora Denise Gentil, uma profunda conhecedora do assunto, para nos explicar a organização constitucional da Seguridade Social brasileira (leia-se: como financiamos a Assistência Social, a Previdência Social e a Saúde pública no Brasil). Esta é uma excelente oportunidade para conhecer novas informações e solidificar a defesa destes instrumentos públicos conquistados na Constituição de 1988. Vá até Araucária!

Além da participação no Primeiro de Maio, é preciso continuar o debate e compor as forças políticas e sociais na defesa da Seguridade Social. Para tanto, uma possibilidade é a pesquisa sobre as posições de cada grupo de interesses. A nossa pode ser acompanhada pelo sítio http://www.anfip.org.br, em especial, lendo os trabalhos “Análise da Seguridade Social em 2008” e os anteriores, ou ainda, ler “A Previdência Social: como incluir os excluídos?” depositado no sítio https://fetecpr.org.br. Tenha uma boa leitura!

Aproveite esta oportunidade.

Viva a luta pela valorização do Salário Mínimo!

Viva a Seguridade Social (a Assistência, a Previdência e a Saúde públicas)!

Vivam os trabalhadores brasileiros!

Por José Altair Monteiro Sampaio, que é trabalhador bancário, secretário de Imprensa e Comunicação da FETEC-CUT-PR, conselheiro deliberativo no FUNBEP (fundo de pensão dos trabalhadores oriundos no BANESTADO) e conselheiro deliberativo da ANAPAR.

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Protesto, música, diversão e arte no Primeiro de Maio da CUT e dos Movimentos Sociais

O evento de comemoração e luta do Dia Internacional do Trabalhador 2010, organizado pela CUT Paraná, com a participação dos movimentos sociais, promete ficar para a história. Uma série de atividades políticas e culturais está sendo preparada para o próximo sábado [01/05], na Praça da Bíblia, em frente à Câmara Municipal de Araucária-PR.

Os motes de luta deste ano são pelo “trabalho decente, liberdade de organização sindical e solidariedade nas lutas da classe trabalhadora”.

Logo cedo, por volta das 08h30, será aberta a programação do 1º de Maio com um culto ecumênico. Após, a Bateria da Escola de Samba Mocidade Unida do Jardim Santa Rosa, de Paranaguá, sobe ao palco e já começa a animar o dia.

Em seguida ocorrem as palestras e debates sobre diversos assuntos de interesse da classe trabalhadora nas nove tendas temáticas que serão montadas na Praça. Educação pública, obras de ampliação da Refinaria, igualdade de oportunidades no trabalho, orientações trabalhistas, campanha popular do pré-sal, agroecologia e previdência social são alguns exemplos dos temas que serão abordados. “Preocupamo-nos em oferecer ao público um evento que não ficasse voltado apenas às atrações artísticas. Mais do que meramente uma comemoração, o Dia Internacional do Trabalhador deve ser de reflexão e luta do operariado. Por isso, aliamos os shows com as manifestações da classe trabalhadora. Vamos levar à população de Araucária um dia de luta, protesto, música, diversão e arte”, afirmou o presidente estadual da CUT, Roni Barbosa.

A programação da tarde começa com as apresentações culturais. Sobem ao palco o grupo de capoeira Abada; a banda gauchesca Estilo Campeiro; o neto do consagrado Teixeirinha, Giuliano Teixeira; e o grupo de dança Kanaombo.

O evento dará uma pausa nos shows para um momento de reflexão e luta sobre a história da classe operária durante o “Ato do Dia Internacional do Trabalhador”, previsto para começar às 14h30.

O encerramento com chave de ouro do dia de atividades fica por conta da banda de rock Blindagem e do grupo de forró de sucesso nacional Rastapé.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cutpr.org.br.

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