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Países cobram mudanças e defendem nova ordem mundial

Brasil, Rússia, Índia e China, ressaltaram, na 2ª cúpula do grupo, a necessidade de reformas no FMI e no Banco Mundial ainda este ano

Os países que formam o Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – reiteraram, nesta quinta-feira (15), a necessidade de trabalhar por reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial ainda este ano.

Em declaração conjunta, divulgada após a 2ª cúpula do grupo, realizada nesta semana em Brasília, as quatro nações sugerem que um novo sistema de votação no Banco Mundial seja aprovado já na reunião de primavera, na próxima semana, em Washington (EUA).

Em relação ao FMI, os países avaliam que a reforma da instituição deverá ser implementada até novembro, data da próxima reunião do G20 financeiro, no Canadá.

“Esperamos que a reforma do sistema de cotas do FMI seja concluído até novembro deste ano”, diz o documento.

Desde a criação do Bric, no ano passado, os países integrantes do grupo defendem um sistema financeiro internacional “mais igualitário” e que reflita o “peso” dos emergentes na economia mundial.

Na última reunião do G20, realizada em Londres em abril do ano passado, os Brics conseguiram um compromisso dos líderes mundiais para antecipar a reforma de cotas do FMI de 2013 para janeiro de 2011.

Em janeiro deste ano, o Brasil entrou formalmente para o grupo de países credores do FMI, ao colocar à disposição do fundo um montante de 10 bilhões de dólares.

Na declaração final do encontro, os membros do Bric reforçaram, ainda, a necessidade de reforma das Nações Unidas com o objetivo de fazê-lo “mais eficiente, representativo e objetivo”.

O documento, contudo, não defende claramente o posicionamento brasileiro em relação ao posto permanente no Conselho de Segurança da ONU, embora o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Índia, Monmohan Singh, tenham defendido essa tese.

Cooperação

Os quatro países também assinaram um acordo de cooperação entre os bancos de desenvolvimento para financiamento conjunto de obras de infraestrutura.

Por esse acordo poderá haver a possibilidade de financiamento público conjunto de obras estruturantes nos membros do bloco.

Para Lula, o acordo entre os bancos de desenvolvimento estimulará, entre outros pontos, a interação entre cooperativas dos quatro países.

“A declaração conjunta que adotamos reflete o amplo leque de interesses comuns que une nossos países nas áreas política, financeira, comercial, ambiental, energética, agrícola e de segurança. Vamos seguir promovendo a maior interação na área do conhecimento”.

O presidente brasileiro afirmou que os quatro países têm papel fundamental na construção de uma nova ordem mundial. “O Bric tem papel fundamental a desempenhar na construção da nova ordem internacional mais justa, representativa e segura”, garantiu.

No ano passado, os Brics — que respondem por 40% da população do planeta — produziram 15% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. (Com informações de agências)

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.brasildefato.com.br.

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