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Paulada no Banco Central: na contramão do desenvolvimento; juros básicos sobem, isto interessa a quem ?

Nota da CUT sobre a taxa Selic

Não havia nenhuma razão objetiva para a elevação da taxa básica de juros, a não ser a de aumentar os ganhos dos especuladores em geral, detentores de aplicações em títulos da dívida pública.

O preço será pago pelos trabalhadores em geral, seja pela diminuição dos investimentos de parte do setor produtivo, atraído pela especulação, seja pela elevação do custo dos empréstimos ou do endividamento já existente. A taxa do crédito pessoal, hoje superior a 83% ao ano, e a do cheque especial, de 175% ao ano, tendem a subir junto com a Selic.

Os argumentos usados por certos analistas e pelos dirigentes do Banco Central para alegar interesse público na mesquinha decisão anunciada nesta quarta não se sustentam.

A inflação medida pelo IPCA, índice referência do Copom, caiu em março na comparação com fevereiro (0,52% contra 0,78%). A queda só não foi maior por conta dos efeitos sazonais das chuvas sobre os produtos agrícolas in natura.

No trimestre houve alta, é fato, mas em grande parte – quase um terço do total – decorrente da pressão dos reajustes de fevereiro nos preços administrados pelos governos ou suas agências reguladoras. Tais preços são insensíveis à taxa básica de juros estipulada pelo Copom.

Outro argumento comum, usado à farta pela imprensa, que já havia decidido muitos dias antes que a taxa Selic ia subir, é o de excesso de demanda a pressionar os preços futuros. Ora, nossa indústria ocupa atualmente cerca de 80% da capacidade instalada, tendo ainda espaço para acomodar aumento de consumo mas, em diversos setores, é hora de investir na ampliação dessa capacidade. Se nosso objetivo é esse, para garantir forte crescimento neste ano, certamente aumentar a taxa básica de juros é a mais estúpida das medidas.

O Brasil não deve retomar o ciclo de elevação da taxa Selic, hoje a mais alta do mundo. O que deveremos fazer é debater publicamente uma nova regulamentação para o setor financeiro, a democratização do Conselho Monetário Nacional e o controle social, incluindo uma definição sobre qual a tarefa de um banco central num projeto de país. Hoje, o BC está na contramão do desenvolvimento que queremos, com distribuição de renda e valorização dos empregos e salários.

Artur Henrique, presidente nacional da CUT

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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Copom eleva a taxa Selic para 09,50% ao ano
28/4/2010 20:19:00

Brasília – Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% a.a., sem viés.

Brasília, 28 de abril de 2010

Banco Central do Brasil
Assessoria de Imprensa
imprensa@bcb.gov.br
(61) 3414-3462

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bcb.gov.br.

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Copom aumenta taxa básica de juros para 9,50% ao ano

Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou hoje (28) a taxa básica de juros (Selic) para 9,50% ao ano, depois de nove meses em que a taxa permaneceu em 8,75%, o nível mais baixo da taxa referencial da economia da história recente.

Segundo a nota do Copom, “dando segmento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 9,50% ao ano, sem viés”. Ou seja, sem possibilidade de revisão até a próxima reunião do colegiado.

Com o retorno de pressões inflacionárias, desde o início desta ano, os analistas financeiros do setor privado, que respondem semanalmente o boletim Focus do BC, sobre tendências da economia, acreditavam que a retomada do processo de aperto monetário seria só uma questão de tempo.

Prova disso aconteceu na reunião anterior do Copom, realizada em março, quando três dos oito diretores defenderam a elevação em 0,5 ponto percentual, mas, na ocasião, a maioria votou pela manutenção da Selic em 8,75%.

Com o aumento efetuado hoje, o colegiado de diretores do BC reforça a primeira colocação do Brasil no ranking mundial de juros reais – descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Isso assegura ao Brasil o primeiro lugar também como melhor pagador de juros do mundo.

Em um cenário com aumento de 0,75 ponto percentual, a taxa básica de juros real passa dos atuais 3,7% para 4,5%. Os países com juros reais mais próximos são a Indonésia (3%), a China (2,8%) e a Austrália (2,1%). A grande maioria tem juros próximos de zero, de acordo com a consultoria UpTrend.

Por Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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