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Por 21:09 Sem categoria

Empresas resistem em contratar jovens sem experiência mesmo com dez anos da Lei da Aprendizagem

Rio de Janeiro – O Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) denuncia que as empresas não estão cumprindo a Lei da Aprendizagem, que obriga as empresas de médio e grande porte a contratarem jovens aprendizes para ocupar de 5% a 15% do seu quadro de pessoal. O alerta foi feito com base em balanço que mostra que há 6,5 mil empresas cadastradas e 20 mil contratações no projeto Aprendiz Legal, no Rio. A lei tem dez anos de vigência.

Os números estão muito aquém do potencial estimado pelo governo federal, que colocou como meta a contratação de 800 mil jovens até o fim de 2010. Dados de pesquisa do Ministério do Trabalho revelam que, em todo o Brasil, o potencial de contratações é de 1,3 milhão de jovens, mas apenas 206.735 estão empregados.

Durante a 1ª Conferência de Aprendizes do Rio de Janeiro, promovida hoje (31), no centro do Rio, jovens aprendizes que conquistaram a primeira oportunidade de emprego deram depoimentos e defenderam a responsabilidade social das empresas no estímulo ao primeiro emprego.

A coordenadora de Projetos do Ciee do Rio de Janeiro (Ciee-RJ), Luciane da Cruz, afirmou que, apesar da assistência dada pelos programas de aprendizagem profissional, muitas empresas ainda oferecem resistência alegando não saber lidar com adolescentes nos ambientes de trabalho.

Segundo ela, por lei, o empresariado tem uma contrapartida compensatória ao participar desses programas já que, ao longo de dois anos, o aprendiz, de 14 a 24 anos, se cadastra, é selecionado e participa de um processo de formação. Por meio do programa, o aprendiz estuda questões de direitos humanos, cidadania e participa de uma formação mais técnica, com noções de administração de materiais e marketing.

“O grande desafio é a gente pensar em como fazer com que a aprendizagem chegue a todos os lugares do Brasil. Pensar na aprendizagem para a juventude rural, que também deve ser beneficiada pela lei e naquilo que está dando certo e que podemos potencializar de forma a mobilizar cada vez mais o empresariado, os órgãos públicos, para a efetividade dessa lei”, avaliou Luciane.

O Aprendiz Legal é um programa que atende a 2,5 mil jovens no estado do Rio com metodologia, material didático e conteúdo pedagógico desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho e aplicado pela equipe de educadores, assistentes sociais e pedagogos do Ciee-RJ.

Por Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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