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Desrespeito: Fenaban prefere insultos ao diálogo

Na tarde desta quarta-feira, 29 de setembro, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) publicou um comunicado à imprensa informando que, “diante da radicalização do movimento sindical”, “a entidade e os bancos manifestam sua firme intenção de adotar todas as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências e postos bancários”. A Fenaban acusa os bancários de abandonar as mesas de negociação e os sindicatos de terceirizar as paralisações, fazendo uma greve “abusiva e injustificada”.

A entidade patronal também diz “aceita discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados. Mas não pode aceitar um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos, que nos últimos anos tem recorrido à tática de interromper o diálogo, sem tentar uma aproximação de números na mesa de negociações”. Por fim, a Fenaban lista todas as conquistas dos bancários, alegando que se trata da categoria com a melhor convenção coletiva de trabalho do país.

Infelizmente, a Fenaban não coloca em seu comunicado que a minuta com as reivindicações dos bancários para 2010 foi entregue no dia 11 de agosto, há quase 2 meses. Nem que a categoria foi obrigada a esperar quatro rodadas de negociação para, então, ouvir que o índice de reajuste pleiteado (11%) é “exageradamente alto” e que os banqueiros estão dispostos somente a repor a inflação de 4,29% – os mesmos banqueiros que lucraram mais de R$ 21,7 bilhões no primeiro semestre de 2010. Ao informar que o movimento sindical “radicalizou”, a entidade patronal não cita que negou prontamente todas as demandas da categoria por mais saúde, melhores condições de trabalho e mais segurança.

Os bancários não abandonaram a mesa de negociação. Pelo contrário, diante da provocação dos banqueiros, o Comando Nacional ainda enviou um ofício solicitando à Fenaban que apresentasse uma nova proposta antes das assembleias, marcadas para o dia 28 de setembro. A greve nacional dos bancários também não pode ser classificada como “injustificada”. Ela é uma decisão democrática de milhares de trabalhadores, referendada pelas assembleias. Só em Curitiba e região, cerca de 1.200 bancários compareceram à assembleia para rejeitar por unanimidade a proposta patronal e votar pelo início imediato da paralisação por tempo indeterminado.

Por fim, a Fenaban precisa comunicar também que, ano a ano, o desrespeito ao direito de greve e as práticas antissindicais por parte dos bancos só aumentam. Ou será que respeitar seus funcionários é obrigá-los a trabalhar em quaisquer circunstâncias? Todos os anos, o HSBC obriga os bancários a entrar nos centros administrativos em Curitiba, transportando-os para dentro de seus locais de trabalho com helicópteros. O banco inglês também é famoso por estocar lasanhas em seus congeladores para que os trabalhadores não precisem fazer horário de almoço ou possam trabalhar durante as madrugadas. Os bancos também têm recorrido à Justiça do Trabalho, obrigando seus funcionários a lavrar atas notariais em cartórios (que alegam serem impedidos pelos Sindicatos de trabalhar). Isso sem contar o uso deturpado dos interditos proibitórios, que chegam a pedir o pagamento de honorários assistenciais, e as contingências absurdas.

Nesta campanha salarial, mais do que reajuste, os bancários estão lutando por mais respeito e dignidade. É preciso lembrar que esta é uma das categorias mais adoecidas do país, que sofre cotidianamente com as metas abusivas – que para os banqueiros são “metas atingíveis” – e com o assédio moral, fruto da violência organizacional. A categoria está certa de que um outro banco é possível e necessário, em que as pessoas estejam em primeiro lugar. E é por isso que vamos continuar lutando!

Por: Sindicato dos Bancários de Curitiba e região.

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Assembleia de avaliação da greve será nesta sexta (01)

Na manhã desta quarta-feira, 29 de setembro, os 12 maiores centros administrativos de Curitiba e região, que concentram cerca de 8,4 mil bancários, amanheceram fechados. Outras 235 agências também não abriram, somando mais 6 mil funcionários mobilizados. Os números são do primeiro dia da greve nacional da categoria. “Os dados comprovam que os trabalhadores estão unidos na defesa dos seus direitos. E que não aceitaremos calados o descaso dos banqueiros”, avalia Otávio Dias, presidente dos Sindicatos dos Bancários de Curitiba e região.

Histórico – O Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta de reivindicações da categoria no dia 11 de agosto. No dia 24 daquele mês, foi realizada a primeira rodada de negociação, que definiu o calendário de reuniões e iniciou os debates. Durante o mês de setembro, foram discutidas as reivindicações relativas a Saúde e Condições de Trabalho, Emprego e Remuneração. “Apesar dos representantes dos trabalhadores terem apresentado as demandas com seriedade, a Fenaban só atravancou as negociações dizendo ‘nãos’ sistemáticos”, relata Otávio Dias.

Após muita pressão, enfim, a classe patronal se comprometeu a apresentar uma proposta no dia 22 de setembro. “Contudo, o que nós vimos na última reunião foi uma provocação”, critica o presidente do Sindicato. A Fenaban propôs como reajuste apenas a reposição da inflação de 4,29% (segundo o INPC), afirmou estar disposta a manter a regra da PLR do ano passado (90% do salário mais parcela de R$ 1.024) e simplesmente ignorou as reivindicações por mais saúde e melhores condições de trabalho.

Diante disso, cerca de 1.200 bancários de Curitiba e região compareceram à assembleia no dia 28 de setembro. A proposta da Fenaban foi rejeitada por unanimidade e a greve por tempo indeterminado aprovada por ampla maioria. “Os banqueiros qualificaram nossa reivindicação de 11% como ‘exageradamente alta’. Mas, exageradamente alto é o lucro de R$ 21,7 bilhões que os seis maiores bancos tiveram no primeiro semestre de 2010. Exageradamente altos são as metas abusivas e o assédio moral”, ressaltou o presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão.

Avaliação – O Sindicato dos Bancários de Curitiba e região convoca todos os bancários para a assembleia de avaliação da greve da Campanha Nacional 2010. Além de organizar os próximos passos da mobilização, os representantes dos trabalhadores irão informar sobre possíveis novidades nas negociações.

Assembleia de avaliação da Campanha Nacional 2010

Data: sexta-feira, 01 de outubro de 2010

Horário: 17h30 (primeira convocação) e 18h00 (segunda convocação)
Local: Espaço Cultural e Esportivo (Rua Piquiri, 380, Curitiba-PR)

Por: Renata Ortega.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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Mais de 17 mil bancários estão em greve no Paraná; e os motivos da greve dos trabalhadores bancários

Mais de 17 mil bancários estão em greve no Paraná

Dos 23600 trabalhadores bancários da base da FETEC-CUT-PR, mais de 17 mil trabalhadores aderiram à greve por tempo indeterminado. Os trabalhadores são da base dos Sindicatos dos Bancários de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo e Umuarama, Assis Chateaubriand e respectivas regiões.

São 14450 bancários de Curitiba e região parados, distribuídos por 235 agências e 12 centros administrativos, e 2629 das demais bases, com 152 agências fechadas. Na capital e em Umuarama, 80% da categoria está em greve. Em Toledo e Guarapuava são 70% dos trabalhadores com os braços cruzados.

Confira o número de agências fechadas no Estado:

Apucarana e região – 21 agências estão fechadas, com 345 trabalhadores em greve.

Arapoti e região – os trabalhadores definiram estado de greve e realizam nova assembleia na próxima segunda-feira (04/10).

Campo Mourão e região – 8 agências estão fechadas, com 160 trabalhadores em greve.

Cornélio Procópio e região – 11 agências estão fechadas, com 210 trabalhadores em greve.

Curitiba e região – 235 agências estão fechadas, além de 12 centros administrativos paralisados, com 14450 trabalhadores em greve.

Guarapuava e região – 22 agências estão fechadas, com 370 trabalhadores em greve.

Londrina e região – 24 agências estão fechadas, com 820 trabalhadores em greve.

Paranavaí e região – 9 agências estão fechadas.

Toledo e região – 21 agências estão fechadas, com 270 trabalhadores em greve.

Umuarama, Assis Chateaubriand e região – 36 agências estão fechadas, com 454 trabalhadores em greve.

Por Paula Padilha, jornalista.

FETEC-CUT-PR.

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FORTALECENDO A LUTA

Adesão dos bancários à Greve em Londrina e Região foi superior a 50%

O Sindicato de Londrina fechou agora à tarde o mapa do primeiro dia de Greve na cidade e municípios da base territorial da entidade, revelando que 1.081 bancários participaram da mobilização de hoje (29/09). Aderiram à Greve bancos privados, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal de Londrina, Rolândia, Cambé e Ibiporã.

“A participação foi excelente e amanhã o Sindicato vai trabalhar para ampliar este número, fortalecendo ainda mais a mobilização da categoria para pressionar avanços nas negociações com a Fenaban”, comemora Wanderley Crivellari. Segundo ele, o movimento foi tranqüilo, sem que fossem registrados incidentes nas agências.

“Os bancários estão conscientes de que só com a organização e pressão conseguiremos fazer com que os bancos mudem de posicionamento nas negociações deste ano. Por isso, se depender da gente a Greve vai longe”, avalia.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.vidabancaria.com.br.

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Cliente, entenda os motivos da greve dos bancários

Nós, bancários, estamos em greve em todo o país. Queremos explicar os nossos motivos, que são muitos:

1. Os banqueiros ganham dinheiro como ninguém neste país, mas desrespeitam tanto nós, trabalhadores, quanto os clientes e a sociedade brasileira.

2. Somente os cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa) tiveram lucro líquido de R$ 21,3 bilhões no primeiro semestre deste ano. No entanto, recusam-se a valorizar os pisos salariais dos bancários.

3. O lucro dos bancos cresceu na média 32% em relação ao ano passado. Mas eles não querem dar 11% de reajuste que reivindicamos.

4. Para atingir esses lucros absurdos, os bancos massacram os bancários. Nos obrigam a vender produtos aos clientes, mesmo que eles não precisem. Exigem metas cada vez maiores, impossíveis de serem cumpridas. Por causa do assédio moral e da pressão insuportável, os bancários estão adoecendo cada vez mais. Mas os banqueiros não querem discutir medidas para preservar a saúde dos trabalhadores.

5. Mesmo com esses ganhos, os bancos não querem investir mais em segurança para proteger bancários, vigilantes e clientes. Só de janeiro a setembro deste ano, 18 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos, por falta de segurança.

6. Os bancos demitem trabalhadores e quase não criam postos de trabalho. Não querem dar garantias para proteger o emprego nem contratar mais bancários para acabar com as filas e melhorar o atendimento aos clientes.

7. Os bancos aqui no Brasil cobram os juros e as tarifas bancárias mais altas do mundo. Eles só sugam e não oferecem nenhuma contrapartida à sociedade brasileira.

8. Por tudo isso os bancários estão em greve. Exigimos respeito. E acreditamos que um outro banco é possível, que coloque as pessoas em primeiro lugar.

Pedimos desculpas se nosso movimento lhe causar algum transtorno, mas contamos com sua compreensão.

Outro banco é preciso, com as pessoas em primeiro lugar.

CONTRAF-CUT
FEDERAÇÕES E SINDICATOS DOS BANCÁRIOS

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