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Lula, Dilma e a velha mídia

O esporte preferido da mídia é fazer comparações da Dilma com o Lula. Sem coragem para reconhecer que se chocaram contra o país – que deu a Lula 87% de apoio e apenas 4%b de rejeição no final de um mandato que teve toda a velha mídia contra – essa mídia busca se recolocar, encontrar razões para não ser tão uniformemente opositora a tudo o que governo faz. O melhor atalho que encontraram é o de dizer que as coisas ruins, que criticavam, vinham do estilo do Lula, que Dilma deixaria de lado.

Juntam temas de política exterior, tratamento da imprensa, rigor nas finanças públicas, menos discurso e mais capacidade executiva, etc., etc. Como se fosse um outro governo, de outro bloco de forças, com linhas politica e econômica distinta. Quase como se a oposição tivesse ganho. Ao invés de reconhecer seus erros brutais, tratam de alegar que é a realidade que é outra.

Como se o modelo econômico e social – âmago do governo – fosse distinto. Como se a composição do governo fosse substancialmente outra, como partidos novos tivessem ingressado e outros saído do governo. Apelam para o refrão de que “o estllo é o homem” (ou a mulher), como se a crítica fundamental que faziam ao Lula fosse de estilo.

No essencial, a participação do Estado na economia está consolidada e, se diferença houver, é para estendê-la. Os ministérios econômicos e sociais são mais coerentes entre si, tendo sido trocados ministros de pastas importantes – como comunicação, saúde e desenvolvimento – para reafirmar a hegemonia do modelo de continuidade com o governo Lula.

A política externa de priorização das alianças regionais e dos processos de integração foi reiterada na primeira viagem da Dilma ao exterior, à Argentina, assim como no acento no fortalecimento dos processos latino-americanos, como a ênfase na aproximação com o novo governo colombiano e a contribuição ao novo processo de libertação de reféns comprova.

O acerto das contas publicas se faz na lógica do compromisso do governo da Dilma de estabelecimento de taxas de juros de 2% ao final do mandato, alinhadas com as taxas internacionais, golpeando frontalmente o eixo do principal problema econômica que temos: as taxas de juros reais mais altas do mundo, que atraem o capital especulativo. A negociação do salário mínimo se faz com o apoio do Lula. A intangibilidade dos investimentos do PAC já tinha sido reafirmada pelo Lula no final do ano passado.

Muda o estilo, ênfases, certamente. Mas nunca o Brasil teve um governo de tanta continuidade como este, desde que se realizam eleições minimamente democráticas. A velha mídia busca pretextos para falar mal de Lula, no elogio a Dilma, tentando além disso jogar um contra o outro. A mesma imprensa que não se cansou de dizer que ela era um poste, que não existiria sozinha na campanha sem o Lula, etc., etc., agora avança na direção oposta, buscando diferenças e antagonismos onde não existem.

Postado por Emir Sader às 05:47.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTO www.cartamaior.com.br.

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Lula diz que divide sucessos e fracassos com Dilma

Brasília – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reconduzido ao cargo de presidente de honra do PT hoje (10) durante evento de comemoração dos 31 anos do partido. A presidenta Dilma Rousseff também esteve no evento, mas chegou apenas depois que Lula discursou. Na ocasião, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, criticou o que chamou de uma tentativa de criar uma cisão no partido entre os “lulistas” e os “dilmistas”.

“Eu apenas não estou no governo, mas sou governo quanto qualquer companheiro que está no governo. O sucesso da Dilma é o meu sucesso, o fracasso da Dilma é o meu fracasso. Minha relação política com a Dilma é indissociável, nos bons e nos maus momentos. Nós acreditávamos nela quando eles diziam que ela era um poste”, disse Lula.

Em seu discurso, Lula lembrou da história do partido desde sua criação até a chegada ao poder. Ele citou a época dos escândalos do mensalão, quando “nós desconfiávamos de nós mesmos”. “A história haverá de mostrar que não houve campanha mais infame contra um partido do que a feita contra o PT em 2005. Nesse momento eu quero dizer para vocês que temos que ter clareza de quem são nossos aliados e nossos adversários, mas ainda mais clareza de que quando um companheiro nosso estiver com problemas e a gente estiver na dúvida, na dúvida, a gente tem que estar com o companheiro”, afirmou.

Como presidente de honra do partido, Lula também disse que é necessário começar a discutir os planos para as eleições municipais de 2012. “Sabemos que tem muita cidade em jogo em 2012 e precisamos começar já a arrumar as alianças que nós vamos fazer”.

Lula prometeu que vai continuar “andando pelo país” porque, segundo ele, “político que tem medo do povo não deve ser político”. O ex-presidente disse que quer construir um memorial sobre as lutas sociais do país e falou da necessidade de se aprovar uma lei definitiva para o reajuste do salário mínimo.“Não pode ser o cenário para todo ano aparecer gente para ser mais herói do que o outro. Vamos brigar pelo salário máximo e deixar o mínimo na lei, aprovado no Congresso Nacional”, defendeu.

Já a presidenta Dilma Rousseff, que chegou no final da festa para o “parabéns”, cortou o bolo junto com Lula e outros integrantes do partido e foi embora em seguida, sem discursar. Dutra e Lula lembraram do ex-vice-presidente José Alencar, que voltou a ser internado para tratar de uma peritonite, como uma ausência sentida na festa de 31 anos do PT. Também estiveram na cerimônia ex-presidentes da legenda como José Dirceu e Ricardo Berzoini, além de governadores eleitos pelo partido como Tarso Genro (RS), Agnelo Queiroz (DF) e Tião Viana (AC).

Por Amanda Cieglinski – Repórter da Agência Brasil. Edição: Lana Cristina.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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