A participação dos trabalhadores bancários nas mobilizações desde o início da Campanha Nacional Unificada demonstram a força e a união de toda a categoria. Para fazer valer os seus direitos, bancários de todo o país têm demonstrado o interesse e o comprometimento em lutar pelas conquistas justas dos trabalhadores, negadas até agora pelos banqueiros.
Nos últimos anos, a massiva mobilização de todos os que trabalham nos bancos tem contribuído para tornar a Campanha Salarial dos bancários uma das melhores e mais produtivas campanhas em todo o Brasil.
Neste ano, a intransigência do sindicato patronal e o cerceamento dos direitos reivindicados pelo Comando Nacional na mesa de negociação vão exigir ainda mais união e participação de todos os trabalhadores. Para o presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão, o tamanho das conquistas vai depender da força da mobilização. “Com esta postura da Fenaban só conquistaremos o que reivindicamos com muita luta, união e dedicação”, garante.
O festival de “nãos” apresentados até agora pela Fenaban demonstra que as próximas semanas serão duras. “Os banqueiros sempre nos provocam. Sabem muito bem de sua enorme lucratividade com a política de juros altos. Sabem de nossas carências e de nossas necessidades, assim como tem a correta percepção de que somos vitais na condução de suas empresas. No entanto, como todo capitalista, são teleguiados pela “ânsia de lucro” e pela ganância. Nos provocam para testar a nossa capacidade de resistir a tudo isso. Tentam nos domesticar, mas não conseguem. Resistimos sempre”, explica Gilberto Reck, secretário de bancos públicos da FETEC-CUT-PR.
Segundo Gilberto, os trabalhadores devem deixar bem claro para a sociedade de que não são os empregos e salários a causa dessa imensa crise financeira, mas sim as altas taxas de juros vigentes. ”Pelo contrário, nossos empregos e salários é que garantem o crescimento do mercado interno, pois com salários valorizados garantimos o nível de atividade econômica, que por sua vez, garante uma boa arrecadação fiscal para o governo”, explica.
Para Alcione Cristiano de Macedo, secretário de bancos privados da FETEC-CUT-PR, os banqueiros têm tratado os trabalhadores com desprezo. Para ele, a participação de todos os trabalhadores nas assembleias é fundamental para o sucesso da mobilização. “Independente do banco que você trabalha, todos devem estar unidos e participar das assembleias. Precisamos atender ao chamado dos Sindicatos para demonstrar para os patrões que não vamos abaixar a cabeça diante de tanto menosprezo. Devemos fortalecer ainda mais esta Campanha”, ressalta.
Gilberto Reck conclama os trabalhadores a participarem das mobilizações desta Campanha Nacional Unificada. “Nada nos deixa mais em paz com nossas consciências, do que saber que nossas lutas sem tréguas contra a exploração capitalista tem como objetivo construir um mundo melhor, mais justo e solidário para as novas gerações que vão viver e habitar nosso planeta. Contribuir para uma sociedade consciente, livre da alienação em cujas malhas insistem em nos prender. Rompam os grilhões da escravidão da mídia. Não aceitem essa situação de extrema desigualdade que vigora na humanidade. Lutemos por um novo modelo de desenvolvimento, que respeite o homem e a natureza”, enaltece.
Por Cícero Bittencourt.
FETEC-CUT-PR