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Sindicatos debatem questões comuns entre categorias

Planejamento contou com participação de metalúrgicos, químicos e professores que devem integrar, ao lado dos bancários, Fórum Político Sindical de São Paulo

São Paulo – Unir esforços para enfrentar desafios. A luta comum aos trabalhadores de diferentes categorias foi pauta de uma das mesas da manhã desta terça-feira 29, no Planejamento da Gestão 2011-2014 do Sindicato.

Com a participação de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da Apeoesp e dos Químicos de São Paulo foram debatidas questões comuns e fundamentais à luta dos empregados das diversas categorias profissionais, como o fim da terceirização, a organização por local de trabalho, a participação dos jovens, a igualdade de direitos e de oportunidades.

A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, coordenou a mesa e saudou a participação dos dirigentes sindicais, destacando a importância da unidade entre as diferentes categorias. “Precisamos discutir relações mais democráticas com representação nos locais de trabalho, emprego decente, mobilidade, educação, questões que permeiam todas as categorias”, afirmou a dirigente, anunciando a criação de um Fórum Político Sindical da cidade de São Paulo. “Nossa atuação como Sindicato Cidadão vai além das questões corporativas. Temos problemas comuns e juntos podemos fazer avançar direitos tanto no mundo do trabalho quanto na cidadania, para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.”

Metalúrgicos – O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Tadeu Morais, relatou que sua entidade representa 280 mil metalúrgicos de 12 mil empresas e negocia com muitos sindicatos patronais. Criaram, em seu último congresso, a Secretaria da Juventude – para ampliar a participação e conscientizar esse segmento – e a Secretaria das Mulheres – que são 33% da categoria, mas sofrem com salários mais baixos.

Tadeu explicou que os trabalhadores de sua base têm muitos problemas de mobilidade: “A grande maioria atua na Grande São Paulo, região onde o deslocamento é imenso”. O dirigente manifestou também preocupação com a proibição de entrada dos caminhões na capital. “A tendência é essas empresas saírem de São Paulo e irem para o interior”. A desindustrialização já causou baixas: até alguns anos atrás a base era composta por mais de 600 mil metalúrgicos. “Política do PSDB é esvaziar São Paulo”, criticou o dirigente.

Outro problema comum aos metalúrgicos é a rotatividade, “muito grande na categoria”. Tadeu informou que há deficiência de investimento na formação profissional.

A terceirização é outro grave problema. “Temos de manter nossa luta coletiva, no Congresso Nacional, e dentro das empresas. E investir no debate sobre o trabalho decente. Se nossas categorias sofrem com a terceirização, na construção civil já tem até quinteirização.”

Professores – Atendendo 180 mil professores das redes municipais e estaduais de ensino de São Paulo, o representante da Apeoesp, Douglas Izzo, destacou que o estado – que tem 230 mil docentes –, é um “laboratório do neoliberalismo”. E explicou que desde o final da década de 1980 o governo tucano investe em privatizações. “Na educação, essa política de 20 anos do PSDB no serviço público reduziu o tamanho do Estado, do aporte de recursos.”

Para tanto, o governo estadual tomou algumas medidas, a maior parte delas já revertida pela mobilização dos professores. Um exemplo foi a supressão de disciplinas fundamentais para a formação crítica em sala de aula, como filosofia e sociologia. Outro, a redução no número de aulas nos períodos noturno e diurno. Derrubar essas determinações do governo estadual resultou, também, na geração de mais postos de trabalho.

A progressão continuada, prejudicial ao aprendizado da forma como foi estabelecida, foi colocada na ordem do dia dos debates políticos. “O estado mais rico da federação tem uma escola sucateada em que o aluno entra, mas não aprende”, ressaltou Douglas Izzo, lembrando que a grande luta agora deve ser pelo Plano Nacional de Educação, “com aplicação de 10% do PIB em educação para romper com problemas estruturais e graves questões educacionais da sociedade brasileira.”

Químicos – “Os problemas dos trabalhadores são comuns e quanto mais articulados estiverem suas lideranças, melhores serão suas conquistas”, afirmou Osvaldo da Silva Bezerra, o Pipoca, coordenador político do Sindicato dos Químicos de São Paulo.

O dirigente lembrou outro problema comum às diferentes categorias, como as dificuldades com filiação em função da rotatividade.

“Temos mais de 80% dos 82 mil trabalhadores concentrados em 2 mil locais de trabalho e há grande presença em empresas pequenas. As mulheres recebem menos que os homens nas mesmas funções”, descreveu.

Nos Químicos, a tão importante representação nos locais de trabalho também ainda é muito deficiente. “A criação de um Fórum Político Sindical na cidade de São Paulo é fundamental para que nossa luta seja cada vez mais ampla”, completou Pipoca.

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Cláudia Motta – 29/11/2011

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Sindicatos unem forças contra tributação de IR na PLR

Dirigentes dos sindicatos dos bancários, metalúrgicos e químicos defendem revisão justa de tributação sobre trabalhadores

São Paulo – Em reunião na sede do Sindicato dirigentes sindicais convocaram a imprensa para explicar a luta dos trabalhadores pela isenção do imposto de renda na participação dos lucros e resultados. O encontro nesta terça 29 contou com a presença da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, do secretário de finanças da CUT, Vagner Freitas, do presidente dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, do presidente dos Químicos de São Paulo, Osvaldo da Silva Bezerra, dos Químicos do ABC, Paulo Lage, e do vice-presidente dos Metalúrgicos de São Paulo, Tadeu Morais.

“Levaremos a Brasília as milhares de assinaturas recolhidas junto aos trabalhadores que pressionam pela redução do imposto no PLR. Esperamos conseguir os resultados nesse encontro. Se não conseguirmos, teremos uma agenda de mobilizações”, explicou Sérgio Nobre. “É papel dos sindicatos de ponta transformar uma demanda dos trabalhadores, mesmo que extrapole os interesses sindicais, em reivindicações junto à sociedade e ao poder público”, completou Vagner Freitas, da CUT.

Nesta quinta 1, bancários, químicos, metalúrgicos, Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Contraf seguirão para a capital federal para entregar as assinaturas coletadas da campanha “PLR sem imposto”. Está previsto para o início da tarde um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Marcos Maia (PT-RS), onde será cobrada agilidade na votação dos projetos dos deputados federais Ricardo Berzoini e Vicentinho, ambos do PT-SP. Em seguida, os dirigentes reúnem-se com ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Liberando os trabalhadores do pagamento do imposto, mais dinheiro estará circulando na economia, fortalecendo o círculo virtuoso de produção e renda que dá base para nossa economia interna e vem protegendo nosso país das crises internacionais”, observa Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

A proposta que será apresentada em Brasília prevê a isenção do imposto de renda em PLRs de até R$ 8 mil reais anuais. A partir disso e até R$ 12 mil a alíquota seria de 7,5%. Entre R$ 12.000,01 até R$ 16,2 mil o desconto previsto é de 15%. De R$ 16.200,01 até R$ 20.250,00 a cobrança seria de 22,5% e a partir desse valor a alíquota de IRPF seria de 27,5%.

Injustiça tributária – De acordo com a presidenta do Sindicato, enquanto os acionistas da empresa recebem seus dividendos com isenção de IRPF os trabalhadores são penalizados, tendo que contribuir com parte da PLR, que tem as mesmas características dos dividendos. “Se um investidor da Bolsa de Valores receber dividendos de R$ 4 mil não pagará imposto de renda. Mas se um trabalhador recebe o mesmo valor em PLR, paga R$ 376,05, uma alíquota efetiva de 9,4%. Isso é uma injustiça tributária.”

Juvandia Moreira apresentou uma simulação de impacto da proposta em relação ao atualmente praticado. Considerando setores como “Bancos”, “Petróleo e Gás”, “Elétricas e Urbanas”, “Montadoras do ABC” e “Montadoras Outras” o governo arrecadou R$ 1,86 bilhão. “Se fosse praticado a correção proposta pelos sindicatos a arrecadação seria de R$ 251,2 milhões, o que significa uma injeção de cerca de R$1,6 bilhão na economia”, enumera a presidenta do Sindicato.

Selic – Durante a coletiva a dirigente enfatizou também a importância da queda da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que acontece nesta terça 29 e quarta 30. Segundo a presidenta do Sindicato, cada redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, representa uma economia de R$ 8,5 bilhões na dívida total.

“O montante a ser economizado pelo governo poderia ser revertidos em investimento públicos em saúde, educação, habitação. E os bancos têm de fazer a parte deles, reduzindo a taxa de juros real. As instituições financeiras têm de repassar essa redução no crédito pessoal, no cartão de crédito, no cheque especial e no financiamento”, disse Juvandia Moreira.

Mobilização – Está previsto para esta quarta, 30 de novembro, um ato na rodovia Anchieta. A mobilização pretende reunir 10 mil trabalhadores a partir das 8h da, entre os quilômetros 23,5 e 19 da estrada. “Nossa intenção é chamar à atenção da sociedade para essa injustiça que aflige os trabalhadores”, explicou Sérgio Nobre.

Marcelo Santos – 29/11/2011

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